Caroline Cenatti
"À um amigo querido.Tudo na vida é muito fácil de descrever, até que chega o dia que a gente percebe que não se tem controle de nada, não podemos controlar o tempo e nem fazer a hora passar mais rápido ou com maior lentidão. Não podemos tomar nossas atitudes sabendo que as pessoas vão embora antes que nós digamos Tchau. Não podemos controlar o direito da vida e nem o da morte, muito menos de fazer reviver. Parece que alguns momentos vem pra sugerir que o mundo está desabando e nós não sabemos pra onde ir, por isso cada vez que derramar suas lágrimas ao chão, expresse o que sente por oração. Porque afinal você não tinha o direito de controlar,a hora da partida. A lacuna vai ser eterna, e hoje se abriu, mas pode ter certeza que o seu papel você cumpriu, o seu amor estava ali. O que pudia ter sido feito você fez, e o que não se pode controlar,estava nas mãos de Deus. E sem dúvida ele sabe a hora de tudo e todos os momentos são dele,por isso conversa com ele, porque se ele tirou ele é fiel pra suprir toda necessidade que você vier sentir. O dia tava lindo mas o tempo fechou do nada, isso também não poderia ser evitado, o direito de vida não está em nossas mãos. Tem momentos que nos fazem pensar, será que tá na hora de ir ou ficar ? Será que a vida nessa hora continua, melhora ou piora. Mas as respostas também não estão em nossas mãos. O que se sabe é, aquele que já caiu, se levantou. Cada um que hoje chora, amanhã vai sorrir. O corpo só se cura se o espírito tiver em paz, fica em paz meu amigo querido.Porque não importa aonde esteja, estarão sempre conosco, afinal o coração guarda o que ele viveu. As pessoas que amamos não morrem apenas partem antes de nós,elas fazem morada nas nossas lembranças eternamente. Hoje eu posso imaginar teu sorriso, e sei que ele não está em sua face mas posso te dizer com toda certeza mesmo que não seja hoje, ainda breve te verei sorrindo, te digo também que por esses tempos quando olhar pro lado irá me encontrar pra dar a mão e caminhar em uma direção que não te faça lembrar as pegadas que ficaram em outra dimensão."