Carolina Michels
“Um ano que começou com tantos empecilhos e obstáculos, se tornou o melhor que eu já vivi. Depois de tantas dificuldades e de parecer que nada daria certo, o universo conspirou para que eu estivesse errada. E que bom que ele fez! Não existem palavras suficientes para expressar o sentimento que nasce ao realizar sonhos. E eu, eu que sempre fui tão sonhadora consegui realizar alguns deles. Não me arrependo de não ter ido pra PUC quando passei ano passado, se não fosse isso, não teria conhecido pessoas incríveis e me aproximado de outras que antes não estavam tão presentes na minha vida. Sim, o ano teve seus defeitos, estudei como nunca, a ansiedade foi minha companheira inseparável, e os choros estiveram presentes com alguma frequência. Mas se isso tudo não tivesse ocorrido, não teria ganhado palavras tão carinhosas, abraços tão sinceros e pessoas tão encantadoras.
Realizei o maior sonho de todos, publiquei meu primeiro livro, e nossa, é como se fosse um filho, porque a gente que escreve, se dedica tanto e tem tanto carinho com as palavras e detalhes que sentimos que aquelas folhas de papel nasceram aqui de dentro, e elas realmente nasceram. Junto ao livro, tive parcerias incomparáveis, seja o Aguinaldo com a contra-capa, a Patrícia com a orelha ou o Couto com o prefácio. Além, claro, da editora e do meu anjinho Nélio. Mas a pessoa que mais me apoiou a vida inteira e principalmente esse ano, muitas vezes deixando de lado suas prioridades para colocar as minhas, foi a minha mãe. Eu te amo, mãe!
E agora, final do ano, ter conseguido o quarto lugar na ESPM e passar pra PUC na primeira chamada foram presentes tão grandes que meu peito enche e os olhos produzem lágrimas quando vejo que consegui. E agradecer a todos que tiveram ao meu lado nessa caminhada é quase impossível, nunca vai ser suficiente.
Apesar de tudo isso, encontro um porém que me assusta: a trilha que cada um de nós que compartilhamos momentos especiais,não só esse ano mas durante todo o colégio, vamos trilhar. Alguns eu sei que ficarão pra sempre, outros podem se afastar e tem até aqueles que podem se aproximar, mas os laços e amizades que construímos juntos nunca serão esquecidos e irão ficar na memória de cada um pela eternidade. Seja para contar aos filhos e netos o que vivemos, ou simplesmente para guardar conosco os tempos em que nossa maior preocupação era o vestibular e o autoconhecimento.
Por fim, histórias ainda serão escritas e espero ter coragem para saber lidar com elas, assim como desejo a todos vocês, que estiveram aqui,o mesmo sentimento. Porque a vida tá só começando!”
— Carolina Michels