Carolina Assis

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Quando o peito apertou pela primeira vez, talvez ela tenha sorrido, não sei dizer. Mas suponho tal acontecimento, pois ter seu interior totalmente revirado por outra pessoa depois de tanto tempo sem qualquer tipo de movimento lá dentro, era realmente algo inesperado. Contudo já se esperava. Não por ser comum, ou até mesmo inevitável, mas pelo gosto de querer. E ela queria. Queria sentir de novo toda aquela emoção de insetos voadores em seu corpo toda vez que a musica de chamada tocava, queria ouvia a voz de alguém e fechar os olhos e sorrir, simplesmente por ser aquela voz, queria pensar tanto em alguma pessoa que o rosto ficaria marcado em sua cabeça. Ela queria, realmente queria. Mas ela nunca soube ao certo o que, não poderia descrever seus desejos, porque dentro de todos eles havia o receio. Receio de qualquer garota que escolhe ir adiante por outro alguém. Admiro tal disposição por simplesmente pensar na possibilidade do tempo de acertar as coisas, à de ter muita paciência quem recorre a ele, e a de ser muito corajoso quem senta e espera. Mas o tempo não muda nada por si só, o tempo nem ao menos cura algo, apenas desloca o incurável do centro das atenções. E ela agora queria ser esse centro dele. Não era algo egoísta, era algo puro. Perguntava-se o que poderia ser feito em relação ao que sentia, pois na verdade, não sabia o que era. Não sabia se estava crescendo porque deveria ser assim, ou porque ela se permitia, mas não lutava contra. Cogitava, é claro, essa possibilidade. Mas era apenas cogitação. Não durava muito. Afinal, tinha-se o risco, mas o que era algo nessa vida sem riscos? O que é uma subida se não possibilidade de cair? Qual seria a graça de voar se não houvesse chão? Esses questionamentos, ele não sabia. Não podemos julga-lo, ela também não sabe ainda. Não totalmente. E talvez nunca venha a saber. Sabe-se como são essas coisas, na verdade nunca se sabe nada. Inesperado.

Tão de repente que se eu não estivesse a espera não teria notado. Não, certamente não esperava, não por isso, não por algo tão diferente, tão único, tão... tão meu. Mas por algo eu tinha anseio. Nunca soube dizer, tão pouco interessa agora. Tudo que interessa é você e o modo como faz tudo sempre chegar a seu nome. Não de propósito, posso sentir quando se engana em fazer tudo do jeito certo, e como se esforça para errar. Mas você cansa. Sempre achei um defeito seu, você cansar rápido demais. Você cansa de desistir... E sempre volta. Seu defeito hoje é minha maior qualidade. Meu sangue frio não se acomoda em sentir sua falta, mas sempre sente, mesmo sendo eu que vou embora. Porque eu sempre vou. Sou covarde. Você me chamou certa vez assim quando não quis te ver, porque estava te esquecendo. mentira. Nunca cheguei nem perto da decisão de te esquecer. Não porque o amor é grande. Grandes amores se esquecem também. Mas porque ele me completa, ele me faz feliz. E eu gosto de ser feliz. Gosto também de você e de como exerce sua tarefa com exatidão. Como traz cores a dias sombrios, nascer do sol em noites escuras, e estrelas em céu negro. Porque na realidade minha estrela sempre foi você. Brilhando lá longe, mas para mim. Cuidando de mim. Do jeito grosseiro e brusco de ser, sempre cuidou, sempre quis ser melhor. Lembro-me da noite que disse suspirando que brigava comigo sempre para me fazer alguém melhor. Achei lindo, não porque de fato é algo belo, mas porque foi sincero. e Você sabe, sempre fui apaixonada por sinceridades... E por você.

Eu não penso assim, só você pensa assim.

Quem não expande seus horizontes, ao mesmo tempo pratica a ignorância, e quem é ignorante não só tem a mente fechada, como não passa de um tolo.

Voltei para casa aquele dia pensando que enfim, tudo se ajeitaria. Nunca havia visto seus olhos brilharem tanto por ter me visto, mesmo que eu já esteja acostumada com um certo brilho na minha presença, daquela vez foi diferente... E foi a ultima. Agora sempre que me lembro desse pensamento eu sorrio, mesmo com uma pontada e dor no peito, devido a ironia cruel que esse nosso encontro e sua imagem nele nos trouxe. Você não sabia que acabará ali, nem eu. E quase posso ter a certeza que foi justamente essa falta de conhecimento que deu toda a beleza da situação. Não sei em que ponto começamos a nos perder, e as vezes penso que o problema foi que nunca nos encontramos de verdade. A realidade é que você já fazia falta antes mesmo de aparecer na minha vida. Por que não faria justo agora? E faz. Muita. Mas é só. É só falta de tudo que me proporcionou e de toda sua presença que consumia todos meus dias. A necessidade de você para meus sorrisos foi embora junto com o seu. E isso me fez lembrar que eu aprendi a ser forte com você, e ao mesmo tempo estar ao seu lado e querer ser fraca para que fosse necessária sua proteção. Mas nunca foi, nunca fomos encaixados porque eu não sou um encaixe, e só agora percebo isso. Mas ainda assim você foi a melhor aproximação de tal definição. E eu ainda te espero secretamente, porque você me ensinou que tudo muda a todo momento. Inclusive nossas formas. Ontem não encaixamos por faltas de peças, mas isso foi ontem...

Quando aconteceu foi fácil, como todas as outras vezes. E olha meu amigo, que não foram poucas, mas em todas elas havia luz, tinha uma certa beleza escondida, uma paz esperando ser pega. E pegávamos, éramos tão bons em reconciliarmos quanto éramos em deixarmos um ao outro, talvez até melhor. Não dessa vez. Não me lembro realmente de tudo que senti, porque a realidade é que não senti nada, você foi -confesso, que de uma maneira mais turbulenta - mas foi. E você havia ido outras vezes. Você havia voltado... Você não voltou. E me deixou ouvindo todos os dias de todos que voltaria. Deixou-me sem espera, porque sabia de alguma forma louca e inconsciente que eu não esperaria. No fundo era isso o tempo todo, e eu sabia. Sabíamos. Não sofri, isso é bem verdade, mas senti uma falta absurda da sua voz no telefone e das suas visitas surpresas. Ainda sinto, e duvido que deixarei de sentir. Mas tenho que admitir como as coisas se tornaram fáceis, e acredite, odeio admitir isso, porque é o mesmo que dizer que sua volta deixaria tudo mais complicado. De novo. Sabe meu amigo, talvez meu mundo seja melhor se não retornares, mas não será totalmente meu mundo sem você nele. E disso, você sempre soube.

Aceito te não porque me deste escolha, mas por conter tudo aquilo que me instiga a sonhar e a crer, mesmo sabendo que no fundo eu só te queira por saber que sou capaz de querer alguém e aceitar, ou aceitar por querer. Na realidade posso sentir a meus impulsos sendo viáveis a seu favor assim como suas verdades são meus direitos. Mesmo você não tendo direito algum de dizer a verdade. Até porque, te aceitei com suas mentiras, e você com as minhas. Menti o tempo todo que nunca te aceitaria. Não posso imaginar te querendo sem tudo isso. Mesmo que eu te queira de todas as formas.

De alguma forma pude perceber que quando penso em te esquecer fico apavorada. Não por não conseguir, justamente o contrario. Eu sei que conseguirei. E isso me traz desespero, de ser capaz de esquecer o único que amei verdadeiramente. E não digo entre os homens por quem me apaixonei, mas de todo o circulo de pessoas que envolvem minha vida, você é único que aceitei total entrega do que sempre temi. Porque se um dia eu me for, ou simplesmente aceitar que você se vá, sentirei não apenas sua falta, mas falta de mim mesma. Sentirei falta de como me sinto ao seu lado, de como você me faz sorrir e de suas mãos quentes. Sentirei falta dos seus olhos brilhando quando fala de algo que gosta e de como os deposita sobre o meu. Sentirei falta de quando você chega exausto para me encontrar e o modo como eu arrumo seu cabelo. Sentirei falta da sua mania de mudar de assunto quando percebe que estou incomodada com algo que disse e de como toca meu braço para chamar minha atenção. Sentirei falta da sua voz ao celular sempre que sinto sua falta, de como me liga para saber como estou, onde estou, e sentirei mais falta ainda, das desculpas que arruma para me ligar. Sentirei falta inclusive de seus gritos quando não atendo o celular ou apenas demoro para atender. Sentirei falta dos seus palavrões quando não te respondo algo rápido, dos seus insultos impulsivos e de suas desculpas gaguejadas, e do seu jeito desconsertado de dizer que gosta de mim. Sentirei falta ainda mais dos seus gestos mostrando que não consegue ficar sem minha presença, e de como sempre arrumas novas maneiras de dizer que também não consigo ficar sem a sua. E sentirei falta da sua, sua constante e imensa presença que ocupa todas minhas saudades do mundo todo, das palavras quando preciso e das mensagens dizendo que esta vindo me ver. Sentirei falta das musicas no fundo do telefone que cantava para mim, mesmo não dizendo que era para mim e dos seus argumentos mal formados quando esta com ciume ou quando quer derrubar o meu. Sentirei, inclusive, muita falta das suas historias de garotas, que me rendiam boas gargalhadas, e sua mania de não dar certo com nenhuma e sempre voltar para mim. Sentirei falta de como somos nós mesmo um com o outro e de como nos conhecemos, das discussões sem sentido que usamos apenas para podermos fazermos as pazes, porque sempre gostamos das nossas reconciliações. Sentirei falta de como gosto de você, embora sendo você, e de como me dou bem com isso. Sentirei falta do seu cabelo em meu rosto quando se apoia em mim, e da sombra que me faz quando esta sol. Sentirei falta dos seus braços se arrepiando quando te toco, e mais ainda das suas controversas para arrumar outra explicação para isso. Sentirei falta do seu sorriso e da alegria que ele me traz. E eu gostaria que soubesse, que essa pequena resenha não poderia chegar ao alcance da falta que tudo que leva seu nome me faria. Porque hoje, em mim, você é tudo que me constroe. Mesmo que eu me esqueça disso as vezes. Alias... Sentirei falta de como você sempre me lembra isso tudo.

escobri a pouco tempo que nada que eu faça adiantara algo se não for para ser agora. E olha que isto é algo belo, pois acredito que realmente não seja agora. Passei a confiar extremamente na capacidade da minha vida se ajeitar pelo simples fato de eu acreditar nisso. Não que eu tivesse opções, as poucas que tinha foram jogadas ao vento junto com aquele cansaço de esperar. Pensei que fosse algo comum. Que a demora viria com o desestimento, e que eu desistiria. Já fiz isso outras vezes. Se for só isso logo vai passar.... Não passou. Desculpa se eu enlouqueço às vezes, é que esse é meu jeito louco de te amar. Desculpa se sou péssimas em demonstrações, e se um dia acreditei que você era bom em nota-las. Mas eu sei o meu lugar, eu me vi no seus olhos, e me senti em seu peito. Eu sei que é você. Mesmo com tudo, com todos os dias, com todas as batalhas, com todos os ferimentos, e incertezas. Sei que é você. Sei porque você sabe que sou eu. Agora... ou mais tarde meu amor.