Carol Constantino.

“O amor, à o amor. Ele é tão complicado e indefinido. Não entendo como haja tanto texto, tanta frase, tanta musica definindo ele, se ele é incomum, inconstante. Ele pode ser vilão ou mocinho. Frio o calor. Ele é uma mudança constante. O amor pode ser ódio, carinho, calor, cuidado, raiva… O amor tem esse poder, pode ferir ou curar.”

“A morte é tão comum, tão normal. E mesmo sabendo que é algo inevitável, não nos acostumamos, não esperamos. E ela não deixa de chocar, de machucar, de doer. Ela fica lá te atormentando. Te lembrando de tudo que passou com aquela pessoa e de tudo que ainda poderia passar se não fosse ela. Se ela não chegasse e destruísse os corações de todos que rodeavam o morto. Ela vem e deixa o ‘e se’ plantado na nossa cabeça, então, paremos de teme-la e comecemos a aproveitar a vida, as pessoas enquanto elas ainda estão aqui. Enquanto a morte não chega. Enquanto ainda podemos deixar os ‘e se’ em aberto, afinal ainda podemos mudar as coisas. Porque depois da devastação, quando se olha pro lado e não vê mais aquele pai carinhoso que te fez, aquela mãe maravilhosa que te guardou sempre com ela, aquele tio que te cuidou, aquele irmão que te irritou, aquele amigo que te acompanhou, aquele filho que te desobedeceu, todos que estiveram ali, que te mostraram a felicidade, a raiva, o carinho, o amor, a amizade, o companheirismo… tudo, que viveu, que sorriu, que chorou, que abraçou, mas que agora não ta mais ali, não se pode tocar, olhar, abraçar, beijar, que só tem lembranças, fotos e aquelas coisas bobas e que antes pareciam insignificantes agora tem todo um valor.”

E aqueles que queriam acabar contigo, nem fazem a diferença, afinal, que luta pode ser mais devastadora que uma interna?

Vazio. Oco. Sem cor. O coração passa a ser somente um órgão. O casamento da noite com a lua e as estrelas fica nebuloso. O Sol não sorri. O arco íris perde a cor. O sorriso, a verdade, O olhar perde o foco. O sonho vira pesadelo, o pior de todos. O amor, vira indiferença. Meu corpo, minha vida, meu espelho, meu dia, tudo está nessa metamorfose. Dai bate a solidão. Os sentimentos que lutei meses para afastar, reaparecem. As dores se confundem, somam uma com a outra e te destrói, E aqueles que queriam acabar contigo, nem fazem a diferença, afinal, que luta pode ser mais devastadora que uma interna?

Pois eu tenho uma nova confidente. Que posso confiar. Que NUNCA vai me decepcionar. Que SEMPRE vai estar comigo. Que sabe TUDO sobre mim e sei que NADA que não queira que saibam vai sair dela. Sei que nunca vai me abandonar. Sei que nada pode abalar minha relação com ela. Não tem intriga que vai conseguir que desconfie dela. Sabe porque? Porque essa pessoa sou eu.

Quantas mentiras, nossa! Não cansa? Já não deu? Enganou todo mundo e ainda continua com mentiras? Pra que? Não se sente culpado pela dor que já causou a tantas e tantas pessoas? Não te afeta isso? Ou é frio demais pra sentir? Você vive falando de amor, você ama? Você sabe amar? Não, não. Você não sabe… Você não tem ideia do sentido dessa palavra e a desperdiça assim. Fala sempre que pode. Fala em demasia. Mas ta ai, só fala. Sentir? Ah meu querido. Duvido muito. Como pode sentir? Como pode dizer que é real? Mas não decide seu rumo. Quem ama, ama um. Nunca da mesma maneira. Porque o amor é incerto. Você diz que ama. Não sente, não vive, não compreende e não semeia o amor. Lagrimas é tudo que sabe distribuir. Lagrimas e mais lagrimas. Lagrimas de ilusão. Porque não se ama algo que não existe. Não se ama o da boca pra fora.

Sabe aquelas coisas que você não conta pra ninguém. Que guarda a sete chaves. Que tenta esconder até de si mesmo, mas que não consegue. Porque está ali. Te machucando, te cortando, te ferindo, te rasgando de dentro pra fora. Você tenta dividir. Tenta falar. Mas sabe que não serão bem interpretadas. Sabe que só vai servir pra gerar mais conflitos ai dentro. Elas vão sufocando, né? Tanto que chega a escorrer pelos olhos. E tudo. Tudo mesmo pode piorar as coisas. Você chora. Você sofre. Mas e ai? O que adianta. Isso continua guardado ai. Não sai. Só piora. Só aumenta. Vê a mentira de “Com o tempo tudo melhora”. Vê tudo, mas ainda assim não consegue se livrar das malditas. Elas atormentam, atormentam e atormentam. Até parece que nasceram pra atormentar.

Dói ver que só pra mim foi real. Dói ver que só marcou em mim. Dói, machuca, machuca muito. Então tudo foi em vão? Não teve valor algum? Nada para se ganhar naquilo, alem da dor. Dor essa que não passa e que a cada instante aumenta mais. Porque dói? Porque tudo parece uma faca esmagando um coração cheio de amor, amor esse que derrama, mais uma vez em vão. Que derrama por besteira. Por idiotice. A dor não tem esse direito de invadir e dilacerar tudo aquilo que demorou horas, dias, meses, anos para cicatrizarem. Que foram jogados fora por culpa dessa dor idiota. Mas também, ninguém mandou errar de novo. Amar de novo. Sofrer de novo. Amor deveria se chamar ador. Muito mais certo. Muito mai direto. Simples. E preventivo.

Lágrimas, lágrimas, lágrimas. Idiotas. Impertinentes. Como são terríveis, como são insistentes, persistentes. Mas deve ter um motivo pra tanta insistência. Deve ter. Só pode ter. elas não seriam cruéis atoa. Não fariam por pura frieza. Elas querem algo por trás disso tudo. Elas querem que cresça. Amadureça e aprenda a conviver e reverter seus problemas. Elas apesar de cruéis, são só o pai bravo e brigão que querem proteger seus filhos. Ou talvez a falta deles, que não ensinaram e que o mundo agora ensina.

“O tempo é curto demais pra se perder esperando algo inalcançável.”

Pai

Normalmente quando se pensa em pai vem na mente aquele pai herói, aquele que todos admiram e que todos queriam como pai. Afinal, toda criança sonha em dizer “meu pai é o melhor pai do mundo”. Umas crianças tem tudo e não desejam mais que um ‘melhor pai do mundo’. Pai cuida. Pai da carinho. Pai tem ciumes. Pai protege. Pai ama. Pai chora por filho. Pai é pai. Já os adolescentes querem aquele pai gente boa, liberal. Adultos só querem um pai, sem condições. Idosos, só queriam ainda tem um pai. Cara a palavra ‘pai’ é tão poderosa, tão imponente. Ruim é ver que tudo ai escrito não existe como um dia existiu. Hoje tudo é banal, tudo é deixado de lado, tudo é esquecido. Pai hoje em dia não é mais pai e filho não é mais filho.

E é assim todas as vezes que me vem a mente. Minhas lagrimas enchem meus olhos. Vez ou outra uma escapa. E por segundos, consigo ter alguma felicidade, que logo é tomada por tristeza, por lembranças que as fazem triste. Eu não sei mais o que fazer. Não sei o que esperar. Não sei se deixo tudo rolar ou se corro atras e puxo papo, sei la. É tudo tão confuso quando se trata de nós, que passou a ser você/eu com a barra, que nos separa, nos afasta. Barra essa que nao sei se um dia cai. Se um dia some. Se um dia para de atrapalhar. Barra essa que é persistente e não conseguiu deixar espaço entre nos por muito tempo. Barra essa que destrói sonhos, expectativas, sorrisos.

Para! Para! Para! Lagrimas insistentes e idiotas. Olha pra frente e segue seu rumo, não deixe as lagrimas te derrubarem como já derrubaram um dia. Não pensa no passado por mais feliz, alegre ou inesquecível que tenha sido. Olha pra frente. Não esqueça, apenas deixe adormecida enquanto o amor estiver ai. Isso é um alerta de perigo. Não chore. Não sinta. Não se apaixone. Não ame. Não se confunda. Porque se não vai chorar, vai doer, vai machucar e te derrubar. Não se deixe cair. Eres tão forte e já subiu tanto. Não perca isso, suba! Siga! Tenha outros objetivos. Tenha outros caminhos. Não fique ai esperando a dor, aquela que já foi sentida. Aquela que já te destruiu, aquela que jurou nunca mais sentir, aquela insistente, aquela que te persegue. SIGA!

Eu tive um erro. Acho que o pior de todos, o mais doloroso e cruel. Mas me contento em saber que esse erro foi prejudicial só a mim. Ser fria não é ser forte. Ser fria é ter medo. É não saber o que esperar e preferir não esperar, pra não sofrer. Mas essa é a maior enganação que se pode ter, você sendo fria, não solta os sentimentos, não deixa transparecer. E caramba! Como uma lagrima derramada pode ser confortante, como um abraço apertado pode te fazer feliz, mas as pessoas preferem endurecer, achando que vai ser mais fácil, engano delas. tudo só piora, porque a partir do momento que se põe a armadura pra não ser atingida, a armadura impede que você se livre também dos seus conflitos internos e prender aquilo é um caminho sem volta, onde suas, dores e medos nunca deixam de te atormentar. Diferente seria se você só simplesmente deixasse sentir, deixasse transparecer.

Ta chegando um momento que vejo que grande parte dos ‘pra sempre’ , ‘nunca vou te deixar’ ou o ‘pra todas as horas’ era só mais uma mentira contada, mais uma ilusão.

É engraçada a forma que as pessoas te tratam como segunda opção, mas na hora do vamos ver quem ta ali pra segurar a barra é ela.

O fim chegou ao ponto de ser inevitável. Ta sendo como uma granada, pronta pra explodir, só esperando o momento chegar e sinto que estamos nos últimos segundos para a explosão acontecer.

Você conseguiu, acabou com tudo. Levou embora meu amor, minha felicidade. Tirou o que havia de bom em mim. Acabou, zerou comigo. Meu coração eu já não sinto bater, meu sorriso não sinto se abrir. Você acabou comigo, com o meu eu. Com a minha vontade de viver. E o pior, não consigo te tirar da minha vida. Não consigo deletar essa parte de história feliz com o final trágico. Quantas lagrimas já correram o meu rosto, quantos sorrisos eu deixei de dar? Quanto me fez perder? Acho que tudo, porque acabou com minha graça. Minha alegria de viver. Trouxe de volta a pessoa fria de volta.

As pessoas estão preocupada demais com as minhas ‘doiduras’ e nem elas sabem que essa é minha forma de fugir da minha realidade ‘doida’.

E ta sendo assim, você vai me perdendo a cada segundo. A cada instante chegam mais perto de conquistarem meu amor. Você chegou e roubou todos os meus sorrisos, mas com o tempo foram vindo outro e mais outros que também os tinham. Foi perdendo o meu coração. E hoje não sei se ainda resta algo pra você do que antes existia aqui dentro. Sabe? Eu já sofri, chorei, sorri e amei contigo, mas você não faz meu coração disparar ou meu corpo tremer só de estar perto. Não me faz pensar em você por horas e horas. Eu paro e relembro alguns momentos que desde deles você foi me perdendo. Nenhum de nós vimos, mas agora vejo claramente o efeito que cada um tem sobre mim. Você precisa de muito pra me balançar, ele só de chegar perto e dar um sorriso já me faz perder todo equilíbrio, todo meu lado racional. É tão confuso os efeitos que tem sobre mim. Contigo não tem aquela intensidade, que tem com ele. Contigo não tem aquele fogo. Aquele medo de magoar, de não superar as expectativas. Não tenho mais certeza de nada. Minha cabeça ta um nó, eu estou um nó. Não sei pra onde ir, o que fazer, como fazer…

E eu pensando que já tinha me acostumado com a ideia. Que todo esse tempo serviu para me preparar. Mas estava enganada. Isso só mostrou a minha fraqueza. O meu ponto franco. O meu tombo. Acho que tudo que queriam conseguiram, e o pior foi por sua culpa que tudo passou, por sua culpa que não tivemos o pra sempre. Por sua culpa! E que me achei a pior pessoa do mundo quando estive com outro, nossa aquilo não foi nem um terço do que fez comigo… E eu lá me deixando pra baixo, me sentindo mal. E você? Como se sentiu esse tempo todo? Como foi pra você me fazer de besta? Gostou? Se vingou direitinho? Espero que tenha valido a pena, pois as lágrimas que arrancou de mim não foram poucas. Acho que conseguiu o que queria, né? Afinal até desapareceu…

Qual meu problema? Não sei, talvez o amor. Era bom quando tudo começou… Mudou? Não, ele só se mostrou. Se ainda amo? Demais

Eu não sei o que fazer. Não sei como seguir. Muito menos que caminho seguir. Se viro a esquerda. Se faço a curva. Só sei que não posso estacionar. Esse carro não pode parar.

É assim mesmo… Aos poucos sendo abandonada por todos. Toda vez que penso que já aprendi a lidar com a dor da perda, vem algo que me mostra o contrário. Toda vez que penso que não tenho mais nada a perder, vem alguém e me deixa me mostrando novamente a mesma coisa, Toda vez que penso que não tenho mais forças pra lutar, vem alguém e me dá forças. Mas toda vez esse alguém some, me deixa. E como meu coração fica? Não sei. Depois de tudo não sei nem se terei um coração… Meu corpo sobrevive, mas minha mente pede, clama a morte. Acho que darei o que ela quer. Será a mais fácil e melhor decisão já tomada. Se brincar a única certa. Eu sou sempre o apoio das pessoas, me acostumei com isso. Mas e eu? Quem apoia? Que segura? Quem levanta? Quem seca minhas lágrimas? Quem escuta meus chiliques? Quem me conforta? Quem? Eu não sou forte sozinha! Também preciso de um apoio. Também preciso de um alguém que fiquei, não posso fica toda hora mudando de apoio, porque a cada apoio trocada eu vou tombando e daqui a pouco eu já estarei jogada ao mar, afundando na escuridão. E a cada declínio rumo ao mar vou ficando mais fria, como um escudo, um guincho que me segura para não cair, não afundar.