CarlosMachado67
Há um pensamento que diz que só devemos nos expressar desde que o temos para dizer seja mais importante que o silêncio. Ainda não encontrei algo para postar aqui que seja mais importante que esse espaço em branco. Aguardem.
Tudo se banaliza.
A nossa exposição habitual ao sofrimento de nosso semelhante, torna-nos insensíveis à sua dor. De início importamos a sua dor, com o passar do tempo, passamos a ver seu sofrimento como algo que não depende de nós e que não podemos resolver.
Tudo se banaliza.
Discute-se por questões religiosas a presença do crucifixo em repartições públicas, sob a alegação de o país ser laico.
Sou contra a exposição do Cristo crucificado, não por tal questão, mas pelo fato de que a exposição ao sofrimento torna as pessoas insensíveis ao sofrimento.
O que vemos no Crucifixo? Um homem crucificado depois de passar por um número exagerado de chibatadas pelos soldados romanos e ainda ter caminhado a muito custo pelas ruas carregando a própria cruz onde viria a ser crucificado. Essa imagem está exposta em muitas repartições públicas, não contando a atenção das pessoas que ali trabalham - algumas por ignorância do que representa, outras porque já se acostumaram com aquela pequena escultura e não lhe dão importância, chegando mesmo a fazer pequenas festinhas debaixo dessa imagem de sofrimento.
Corrupção gera corrupção.
De indignada nos primeiros informes sobre corrupção pela TV, grande parte da população se corrompeu ou passou a apoiar os corruptos. A corrupção passou a ser algo banal e aceita por grande parte da população que, a fim de se justificar, diz "se o governo de fulano de tal praticou atos ilícitos por que o governo de bertrano de tal não pode?" Não percebendo essa gente que um ato ilícito praticado por alguém não justifica outro por parte de ninguém. Os partidários do governo corrupto mais recente estão sempre pesquisando no governo do corrupto anterior, se este praticou os mesmos atos ilícitos. E assim a bola de neve vai crescendo em corrupção. E quem está fora quer entrar e praticar os mesmos atos ilícitos praticados por quem está investido de poder e é corrupto.
Tudo se banaliza. E a violência também.
Os meios de comunicação - principalmente a TV comercial que depende de audiência -, têm grande participação nessa banalização e no incremento da violência.
A divulgação televisiva de fatos envolvendo violência ao mesmo tempo que informa, ensina a uma grande parte da população novas formas de violência que não imaginavam e passam a praticar.
Conhecimentos são como ferramentas a nosso dispor; saber utilizá-las em momentos certos e delas tirar proveito constitui o que se chama inteligência.
Ser culto não significa ser inteligente. Da mesma forma, o não culto não é necessariamente desprovido de inteligência. Ambos podem ser inteligentes, desde que saibam utilizar o conhecimento que possuem no momento certo e dele tirar proveito.
Se Pedro diz a Paulo que Paulo está cometendo uma burrice, Pedro não está de forma alguma dizendo que Paulo é um burro, mas, pelo contrário, alertando-o de que seu grau de inteligência é incompatível com a atitude que está tomando.
(Defesa de um funcionário do Banco do Brasil que alertou uma gerente de que ela estava cometendo uma burrice e ela o processou, entendo que o funcionário a teria ofendido chamando-a de burra.)
Quem peca e é perdoado na confissão pode voltar a pecar. Quando o Papa pede aos padres que perdoem àquelas que cometeram o pecado do aborto, na prática está tornando o aborto como uma prática recorrente, pois um pecado sempre pode ser cometido novamente.
Primeiro foi o Papa pedindo que os padres fossem sensíveis e perdoassem - como se eles pudessem perdoar pecados - o pecado do aborto. Depois, aproveitando a deixa o STF que no Brasil também legisla, declarou que aborto até a terceira semana de gravidez não era crime. Por fim, o PSOL de maioria comunista e ateu, propõe que seja considerado não crime o aborto até décima segunda semana de gravidez... Os comunistas e ateus não seguem a religião católica, mas quando é conveniente aproveitam a oportunidade para fazer das suas.
Tudo isso em nome na saúde pública...
Se a Polícia Federal resolve alguma coisa, só o tempo dirá, mas se alguém se dispuser a entender o nome de cada operação, acabará descobrindo um pouco de cultura. Agora, é a vez da Operação Carne Fraca que melhor seria Operação Carne Podre.
Que adianta escrevermos um livro se não houver leitor para o livro? Que adianta para nós a tal liberdade de expressão, se não há que nos ouça?
Na ditadura militar havia mais liberdade de expressão do que nos governos petistas. Se havia repressão na ditadura era sinal de que a opinião pública era ouvida e reprimida. Nos dias atuais, sob a alegação de que manifestações é coisa típica de democracia, o governo se faz de surdo e não atende nada do que o povo reclama em manifestações. A ditadura continua, agora, surda e sem repressão.
Só espero que em 2019, ao fazer minha declaração de imposto de renda, não tenha o constrangimento de pagar imposto para um governo ladrão.
No Brasil, a mulher tem mais longevidade que o homem. No entanto, na hora de refazer a Previdência Social, elas reclamam e são atendidas para se aposentarem com menos tempo de contribuição que os homens, embora defendam que os direitos entre homens e mulheres sejam iguais.
O Papa está avacalhando a Igreja Católica com tantas canonizações. Dentro em breve o status de santo passará a ser irrelevante podendo perder em importância para o Oscar.
Deputado - empregado do povo escolhido por este, com base em currículos fictícios e que ao invés de defender os interesses de seu patrão que é o povo, trabalha em seu próprio interesse. Diferentemente de qualquer trabalhador é esse empregado que estabelece as normas como deseja executar seu trabalho, o seu salário, a forma de reajuste desse salário, trabalha quanto bem entende quando trabalha e passa o tempo todo enganando o patrão, passando a este a ideia de que está trabalhando para ele. O patrão pode ir à falência, mas seus salários são pagos em dia. Na maior parte do tempo estabelecido para seu trabalho ele falta ao trabalho e não dá conta de suas faltas ao patrão. O empregado criou para si um sistema de proteção que deixa o patrão de mãos amarradas para demiti-lo. Mesmo sabendo de suas falcatruas, o patrão não tem poder para mandar prendê-lo. E o deputado continua mentindo e iludindo o patrão e este continua aceitando suas mentiras e com frequência renova a cada quatro anos seu contrato de trabalho, sempre na esperança de que ele, apesar dos roubos e falcatruas ainda lhe pode ser útil.
Se o Juízo Final ocorrer em um inverno rigoroso, a condenação ao inferno, em um primeiro momento não chega a ser tão ruim.
"Quem tem boca vaia Roma" , isto é, o governo romano. Daí resultou foneticamente "Quem tem boca vai a Roma". Hoje, podemos repetir: "Quem tem boca vaia Temer".
"Tá legal. Eu aceito o argumento, mas não me altere o samba tanto assim".(Paulinho da Viola) Nem tudo que é legal é legal.