Carlos Nepomuceno (Nepô)
Quanto mais um determinado conceito está ligado à sobrevivência de alguém ou de um grupo, mais ele necessita ser mais preciso.
Não existe uma verdade científica, mas um conjunto de abordagens, uma mais fortes do que outras, pois, ao usarmos as explicações e sugestões de ação, nos permitem tomar decisões melhores.
Da forma como estamos definindo Inteligência Artificial hoje, tudo passa a ser Inteligência Artificial e nada é Inteligência Artificial.
Sabedoria é a capacidade que temos de lidar de forma mais saudável com a vida, deixando o que pouco importa de lado e nos concentrando no principal.
Poesia é a capacidade que temos de alargar a nossa visão sobre o mundo, através de conexões inusitadas sempre quebrando a lógica do vocabulário mais corrente.
Ser Sapiens é encarar a difícil missão de criar os nossos próprios paradigmas, questionando aqueles que nos formataram.
O que ocorre em sociedades mais verticais é uma baixa taxa de inovação que, no longo prazo, gera crises, pois os novos problemas passam a não ter soluções criativas.
Muito da desmotivação que sentimos na vida é fruto da sensação de que somos uma máquina que todo dia faz a mesma coisa.
Quanto mais gente tivermos no planeta, mais as mídias vão precisar se sofisticar para nos permitir criar modelos de cooperação mais sofisticados.
A revisão da mente primária pode ser um processo doloroso, mas é necessário para o crescimento e a evolução.
Uma pessoa pouco criativa é aquela que acredita que o que está armazenado na Mente Primária foi ela que armazenou.
Somos dependentes da inovação, da nossa capacidade de nos reinventar para poder viver, de forma mais adequada, com cada vez mais Sapiens no planeta.
Quanto mais um erro afeta a nossa qualidade de vida, mais grave ele é e, por causa disso, mais ele deve ser evitado.
As demais espécies praticam, ao longo da sua história, uma espécie de Inovação Instintiva e o Sapiens a Inovação Reflexiva.
Quando as pessoas resistem às mudanças, se esquecem de que a forma como vivemos hoje foi inventada no passado e também sofreu resistência.
Quando falamos em “fazer ciência” ou cienciar estamos procurando descobrir os padrões dos fenômenos para poder lidar melhor com eles.