CARLOS HENRIQUE MUSASHI, Aracati, CE
Quando se é “queridinho”, não importa o quanto o erro seja absurdo – este será justificado. Já, o antipatizado, pela força da animosidade, não importa o quanto o quanto seja justo, irão encontrar uma mácula em sua boa ação apenas para desqualificá-lo, até o fato de tal pessoa existir já incomoda o antipatizante com seus comentários “geniais”.
Desqualificando-me diante dos meus o ardiloso justifica os seus... Geralmente apelando hipocritamente para os “vínculos morais” para silenciar alguém, mesmo que aquele, a quem tente desqualificar, assista razão nem que seja apenas de se pronunciar.
A expertise do racista velado é que ele pode falar de tudo em meio a um sorriso embutido num comentário discreto, expressando sua predileção por determinada cor de pele, altura e peso, “apelidar carinhosamente” quem difere destas características, inclusive superestimando capacidades cognitivas da “raça” qual aprecia, dando apenas a impressão de “não estar dizendo nada demais”, principalmente se forem características de sua herança genética, pois ainda vai soar como “paixão pela família”.
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A vida segue seu rumo, seu curso
E mesmo sem curso, sem nota, diploma ou graduação
A vida dá seu tom, sua nota, na clave de dó
É cada um com seu instrumento, tem outros tocando,
Mas você, com sua clarineta, na verdade está só.
Esse é o trabalho do homem fantástico...
Com todas as suas limitações, sem tempo pra vida
Dedicado ao vazio do espaço vazio
Pra conquistar seu espaço no mundo
Como apenas mais uma engrenagem do rico
Que é indiferente se ele, o trabalhador, morrer.
[CARLOS HENRIQUE MUSASHI - Aracati/CE]
Tosco, inconcebível ouvir que “servidor público é parasita”. Quem estuda, se esforça, perde noites de sono se dedicando a uma preparação em busca de uma vaga ou para executar bem o seu ofício, não pode se quer ser chamado de preguiçoso. Preguiçosos, corruptos, compram diplomas, metem em seus currículos e intenções, entram na vida pública como politiqueiros e outros tipos de oportunista (através de políticos sujos) para “ganha bem” e depois falar um monte de asneiras sobre quem realmente se esforçou.
Antes de, sem qualificação necessária, diagnosticarmos os outros é melhor buscarmos o autoconhecimento.
Somos tão exatos em corrigir até a fala de outrem enquanto engessamos a semântica, mas somos tão flexíveis com nós mesmo no ato de desqualificar os outros como sociais juízes ad hoc, qual ninguém solicitou o parecer.
Estude, empreenda, persiga seus sonhos... O negócio é continuar tentando. E, enquanto não chega a sua vez, aplauda quando alguém conseguir. Mas, se você já "conseguiu", não deboche de quem ainda está tentando.
O primeiro passo para uma mudança é aceitar-se, aceitar a situação como ela está e admitir que “não está bem” e, a partir da admissão de tal fato, pode-se começar uma mudança, pois só procuramos uma saída quando reconhecemos que estamos perdidos – parando de fugir de si mesmo e o segundo passo é procura ajuda e aceitá-la.
Não adianta posar de ‘star’ se, que nem satélite desprovido de luz própria, a vida alheia vive a orbitar, ao tempo que tenta o mundo de alguém se tornar.
Em qualquer grupo social onde “se escolhe a quem irão respeitar”, existem muitas maneiras de um anfitrião, e seus respectivos associados (ou parentes), “expulsarem” um visitante: uma delas é, mediante o doloso cinismo, deixar "claro" por atitudes e insinuações o quanto a presença deste é passiva de tratamento desrespeitoso, ignominio, de forma reiterada. A porta já está aberta, não irão diretamente mandá-lo se retirar, mas a deixa foi dada, mas é o respeito próprio que move as pernas de tal visita em direção a saída para, talvez, nunca mais voltar, bem como outros convites recusar.
Sentir medo, pra mim, é um exercício de autoconhecimento; e o maior destes medos é de mim mesmo, pois sou eu quem abre as portas aos sentimentos e respetivas reações de uma fera impiedosa e criativa, que reside dentro de mim, qual prefiro manter bem trancada, por isso procuro evitar pessoas que, desavisadas, tentam abrir esta jaula.
O orgulho é um sentimento baixo que nos faz desejar machucar outra pessoa; é ainda mais baixo quando nos divertimos com tal vingança. Mas o fundo do poço da alma é quando, sem motivo, o fazemos apenas por diversão.
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O Desespero botou a cara na rua
E estava tão feliz, pois matou a saudade
Do Medo e da Fome de quem tem
Sob os aplausos dos ditos “cidadãos de bem”.
E foi tanto brado e tanta festança
Do coro civil puxado pela D. Ignorância
Que afugentou personas non gratas
Como a Empatia, a Educação e a Tolerância.
Título de “doutor” é doce na boca do elitista, é uma questão "escrotal-afetiva", pois, para estes o "saco" de gente de relevância social e bom poder aquisitivo é como um travesseiro de penas de ganso - é mais macio e gostoso de amolegar.
Cérebro e mão: o que se sabe deve servir para o que se faz – partindo desta premissa pessoal, existem vários motivos pelos quais os cães, mesmo conhecidos como “o melhor amigo do homem”, não sejam capazes de “administrar” uma casa, ou qualquer outra coisa, mas apenas sejam a “guarda” e a alegria de seus donos.
Eu acredito que até os cães têm alma e sentimentos. Cães têm sua serventia, são condicionados por “voz de comendo” (“deita”, “rola”, “pega”, “junto...”), mas basta dizer: "xiii gato!", para estes ficarem alertas, descontrolados, rondando o perímetro para expulsar ostensivamente o seu "desafeto natural”, mesmo que o felino não esteja lá. A outro tipo basta dizer: "olha o comunista!" para estes outros perderem a compostura, mesmo que seu “inimigo natural” não represente qualquer ameaça. No entanto existem cães que, dependendo de seu dono ou adestrador, sabem se comportar e às vezes são engraçados. Repito, os cães são leiais aos seus donos, mas aos estranhos não. Agora… Imagina um cão desajustado administrando um país.
Existem diferenças pouco distintas entre a LEI, a JUSTIÇA e a COISA CERTA a ser feita; lei e a justiça caminham paralelamente separadas por um abismo, onde de vez em quando se encontram, mas a “coisa certa” a ser feita é algo flutuante, suspensor no ar, no vão deste abismo de incoerências e extrema hipocrisia. Justiça é o equilíbrio entre a lei a o que é correto e não um instrumento de vingança.
O IGNORANTE é tão perigoso quanto o MENTIROSO. O mentiroso semeia a mentira, o ignorante a cultiva, colhe e o ajuda a distribuir, às vezes, com maior determinação e ufanismo que o próprio mentiroso. A diferença é que um faz por maldade e o outro por pura ignorância. Conheço ignorantes saídos de boas faculdades.
Conhecer não é supor, conhecer é o bom hábito de saber do outro sem os dedos das idiossincrasias tendenciosas da má curiosidade que transformam o outro naquilo que queremos que os outros sejam diante de nossas intenções.
Só mesmo um idiota pra achar que perder a cabeça é mérito ou um imbecil pra achar bonito papo de bajulador.
Por trás de todo exagero existe sempre uma grande mentira, até porque o exagerado é um mentiroso em potencial.
O amor é frágil e dinâmico, porém reto como uma linha riscada com uma régua, nossos passos é que são sinuosos e inconstantes sobre esta linha.