Carlos Enrique
Se me perguntarem, digo para qualquer um, bato no peito, falo firme: já te esqueci. Ostento o clichê do amor próprio: não posso amar quem não me ama. Mas por dentro o coração não se engana, e por implicância bate forte só em falar seu nome.
Confesso que sua lembrança ainda faz presença, mas não perturba meu sono, e nos meus sonhos por hora não tem ninguém ao meu lado, sigo meu instinto de braços dados com meus medos, mas uma vez ou outro alguém me enche de esperanças e me prova que para sorrir basta permitir, logo ser feliz é questão de escolha.
Não devo tentar te esquecer, a cada tentativa de me convencer que você já passou, eu estou provando que ainda está aqui. Os sentimentos quando não regados secam na alma e dão lugares a lembranças melhores de quem te encaixou no mesmo lado do peito que o seu. As lembranças são eternizadas o sentimento delas não, logo esquecer é questão de tempo.
Não espere que no fim desse parágrafo você vá achar uma conclusão perfeita, esquecer é um ato imperfeito, é um desapegar daquilo que não deu certo, é um adeus não consentido para aquilo que um dia foi certeza, é abrir mão daquilo que se quer, para achar aquilo que se pode. E só para não dizer que eu não te avisei: eu já te esqueci…
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Saudade é um sentimento difícil de se medir em palavras, porque por mais que saudade não seja de exatas, as batidas do coração sincronizam a espera. Se sei que tu vens, o coração dispara, mas se não, ele para. E apesar da dor, saudade não mata, mas bem que eu queria matá-la.
Toda saudade que fica no peito morre na alma de quem sonhou no reencontro, morre no abraço que não veio, na lembrança que não volta a ser verdade, na vontade que nunca vai se tornar lembrança.
Eu poderia escolher nunca mais sentir saudades, mas teria que abrir mão de momentos únicos e de pessoas inesquecíveis. A saudade é a arte do vivido que quer morar no eterno, batendo por ai em nossos corações.
Que saudade não seja sinônimo de sofrimento, mas significância que dividimos momentos, que criamos histórias, que tivemos amores. Que podem não ter se tornado eternos, mas que foram eternizados em nossas lembranças.
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Que eu nunca perca meu desejo de sonhar, mas que não me esqueça que para realizar é preciso agir.
Que eu caia quantas vezes for preciso, mas que eu sempre levante, não para provar que sou melhor que alguém, mas para provar que sou maior que minhas fraquezas.
Que eu nunca perca meus ideais, mesmo que digam que são irreais, nem todos entendem e respeitam os anseios da alma.
Que eu me arrependa varias vezes, mas que eu nunca me canse de tentar.
Que eu tenha mil palavras para dizer, mas que eu apenas diga aquelas que vão fazer bem a alguém.
Que se caia, que se irrite, que se chore, mas que a felicidade nunca se demore… aliás ela sempre esta conosco, basta saber olhar…
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O amor está entre o ‘eu’ e o ‘você’, pois o amor só acontece no nós. O amor não precisa de reciprocidade para existir, mas precisa de reciprocidade para se manter vivo. Viva a intensidade do momento sem se prender a ele, vai ser nos meios termos da vida, que você vai encontrar seu termo essencial.
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O amor está entre o ‘ir’ e o ‘ficar’ pois é no percurso que você descobre se vale a pena caminhar ao lado do outro.
O amor está entre a paixão e a amizade, pois é entre os beijos ardentes e a confidência de sentimentos que você descobre se vai valer a pena passar o resto de sua vida ao lado de alguém.
O amor está entre os versos e o refrão, pois é quando você nota que independente da melodia que toca, seu parceiro vai sempre estar a dançar contigo.
O amor está entre as seis da manhã e a meia noite, pois sabe que mesmo nos piores dias, o sono vai ser melhor se seu sonho estiver dormindo ao seu lado.
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Mas esse sorriso no rosto tem sim, nome e sobrenome, até endereço eu te conto, mas não é amor, pelo menos ainda não. Não sou a favor de vestir a paixão de amor, prefiro que ela nasça de dentro, para que aos poucos eu possa decifra-la, degustando desse momento ímpar de transformar os medos em sonhos.
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Difícil acreditar donde essa humanidade foi parar, na qual demonstrar sentimento é se humilhar.
Ajudar? É burrice nada em troca vai ganhar.
Ta com saudade? Quer me encontrar? Que crise, é desesperado certo que vai encalhar.
Ta me tratando bem, quer me namorar. Até parece que boa educação é só para quem quer relacionar.
Pra que tanta dedicação ele jamais vai te amar, como que amor fosse algo que se pudesse negar.
Deixou ir na festa, é chifre na certa, confiança não convêm, Facebook, Twitter todas as senhas ela tem.
Perdoar? Coisa de fraco, amai o próximo já digo é fato.
Mesmo que queira, e queira muito, não corra atrás, sendo difícil vai ganhar muito mais.
Ela é legal, mas vou manter contato com mais três, se tudo der certo escolho a melhor para essa vez.
Com tanta desconfiança, amor virou coisa de criança, porque adulto mesmo é ter uma lista cheia de gente vazia.
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Que se perca a vida, mas que eu não me perca nela, que nunca deixe de acreditar nos sonhos, nas histórias, no amor. Por que depois que se deixa de sonhar, se deixa de viver.
Que eu nunca perca minha essência, mesmo que o mundo tente deturpá-la e dizer que é fantasioso acreditar nas utopias do caminho, e que não existam amores e amados perfeitos, sim, amores e amados! Amor é um sentimento par, pois quando se torna impar não é amor é solidão a dois.
Que as lágrimas no caminho não me faça temer novas aventuras, mas que me faça sábio o suficiente para não repetir os erros, e que a cada lágrima, que não saia apenas água, saia também qualquer sentimento de angústia, e desamor.
Que eu continue acreditando em mim, no mundo, nas pessoas, pois algumas delas podem não estar acreditando em si. Não apostar na gente, é deixar de viver… Acredite ninguém precisa morrer.