Carlos Egberto Vital Pereira
TRIBUTO A ELE:
(Carlos Egberto Vital Pereira)
A mansidão do seu falar
Impunha
Serenidade no olhar
A meiguice de seu ser
Emblematiza a velocidade
De sua existência terrena,
Qual cometa a sucumbir
No universo a fio.
A pureza de seus desígnios
Denunciava
A sutileza de seus carinhos
A amplitude de sua de formação umbilical
Explicitava sua aura ao místico
Ao espiritual
A mesma velocidade
Que te deu vida material,
Como um asteroide
A macular a órbita do planeta
Verteu de nosso convívio
A alegria das manhãs dominicais
De tua substancial companhia.
Não entendo o mau hábito de chamarem técnico de futebol de professor, se a grande maioria sequer foram alunos.
Os hipócritas também são politicamente “corretos”. No entanto, na sua intimidade, traem, mentem, usam drogas, são promíscuos e medrosos.
Quando minha pequena nicoly acaricia meu rosto dizendo meu vô é lindo, mente inconsciente, no afã de externar o sentimento de amor verdadeiro. Peculiar, apenas do sentimento infantil.
Deus deu o livre arbítrio ao homem, para que ele decida-se entre o bem, e o mal, o bom, e o ruim, se o presente não te agrada, e o passado não serve, prepara-te para o futuro de uma nova opção.
A lealdade é principio básico de civilidade, companheirismo, hombridade, honestidade e cumplicidade, sobretudo, é nutriente indispensável ao bom caráter.
Os homens de verdade, mostram seu rosto diante de suas atitudes, aqueles que usam mascaras, ou se abstém de alguma forma, não devem ser mantidos entre os bons...
Os invejáveis projetos muitas vezes nascem pequeninos, no entanto, se agigantam na existência de união entre seus idealizadores, e sucumbem na presença vaidosa dos quais...
Os invejosos tentam de maneira tenebrosa menosprezar o trabalho de outrem, como álibi de sua própria incompetência.
O poder emana do povo, do contrario é efêmero e inaplicável, ademais, fere de morte a soberania do voto popular.
CONTROVÉRSIAS
(Carlos Egberto Vital Pereira)
Eu penso que és o que sou
Porque o que sois eu já fui
O tempo passou de repente
E hoje eu penso que fui
O que pensas, não serás amanhã...
Só pensando que és o que sou
Tu serás o que pensas ser hoje.
INDECISÃO
Será que sou o que penso
Falo ou escrevo?
Será que sou eu? Mesmo...
Ou não sei se sou o que penso
Que sou.
Se não penso o que falo
E não falo o que escrevo
Às vezes penso que falo
O que penso
E escrevo o que penso
Que sou.
INCÓGNITA
Eu brado dentro de mim
Onde encontro a solidão
Descolorindo o carmim
Do meu triste coração
A tristeza é o caminho
Que eu trilho sem noção
Traduzindo a incoerência
De minha efêmera razão
Meu sentimento indefeso, confuso
Se esquiva da paixão
Que tenta fazer morada
No meu eu sem compaixão
Após as léguas tiranas
De tristeza e solidão
Aporto minha incerteza
De que sou, o que não fui ontem
Abrandando o coração.
O sábio que bem sabia
O que saber
Soube saber que sabendo
Ser sábio
Sabiamente, seria salutar
Sua sóbria
Sapiência...
BEM OU MAL
Não sei se sou bom ou mal...
Vivo ou morto
Se aporto ou voo
Se desejo ou renego
Se desato ou fico
Se bom, inexisto
Quando não tô presente
Na presença do bem e do mal
Será que o bem não é vil?
Ou, o mal infinitamente são?
SOLIDÃO:
Na escrivaninha do quarto
Encontro-me com a solidão
Que me aflige e me inspira
A escrever em versos
Tudo, tudo...
Que a razão e a lógica humana nos suprimem
E deixa embalar o ego a suprimir a razão
Como se um nobre a reprimir seus vassalos,
O poeta exibe-se
Na certeza de que seus pensamentos
Percorreram os quadrantes do universo
Qual Morfeu, filho do sono e da noite
A percorrer o planeta num instante a fio.