Carlos Eduardo de Brito Aragão
"O mundo está de ponta cabeça, completamente do avesso.
Será o começo do fim ou o fim para um novo recomeço?"
"Ah, quem me dera,
Se todo dia fosse Natal!
As pessoas se uniriam
Para conquistar a paz e vencer o mal!"
"Me inspiro em Deus, na vida, na natureza.
Em tudo o que vejo encontro beleza.
No sol a brilhar e a aquecer com seus raios,
Na chuva que molha e sacia a terra,
Na criança que brinca sem pensar em nada,
No viajante que anda sem rumo na estrada."
"Chega o Natal,
A cidade se enche de luz.
Todos querem comprar presentes,
Mas esquecem do principal:
O aniversário de Jesus."
"Mundo, mundo, vasto mundo!
Sociedade tão injusta!
Tem gente nadando em riqueza
Tem gente se afogando em pobreza.
Minha gente, até quando?
Até quando, minha gente?
Está na hora de mudar:
É urgente!"
"Ave Maria! Santa Maria!
Que os homens cuidem da terra,
Lutem pela paz e não façam guerra!
Mostrai aos homens que o que traz a luz
É o amor de Jesus!
Mostrai que quem ama o seu irmão,
Está cumprindo a grande missão.
Missão que Cristo nos deixou,
Pra enchermos esse mundo de amor!"
"No entanto,
Para quê saber o que é o amor?
Se eu posso senti-lo e vivê-lo!
Experimentar do seu mel!
Sentir um pedaço do céu!"
"Sim, Ribeirão, tu és um coração!
Coração de Pinguim,
Com teu chope
Que agrada paladares,
O teu agronegócio
E tuas pesquisas científicas."
"Mas se não fosse Deus a me inspirar,
O lápis não sairia do lugar
E o papel ficaria em branco,
Pois sem Deus nada se pode realizar."
"Se não fosse o agricultor
A mexer com a terra,
Prepará-la com o arado,
Com o suor e com carinho,
Como poderíamos saborear
Os frutos que são colhidos
E por nós obtidos
Para matar a nossa fome?"
"É preciso parar de reclamar
E agir fazendo a sua parte.
Ajudar o próximo, orar, fazer o bem,
Deixar de lado o comodismo.
Pois a paz começa em nós,
Dentro de cada lar."
"O padre é o profeta dos novos tempos,
Está sempre a serviço de Jesus.
Conduz o rebanho que lhe foi confiado,
Apontando o caminho da salvação.
Para que no fim do túnel
Encontremos a luz."
"Viva o folclore!
E que a era da informática
Não venha apagar
Aquilo que vem do povo.
Viva a cultura popular!"
"Oh, rico que lambe o beiço!
Com a mesa farta de comida.
O que sobra para ti
É o que falta para mim."
"Não quero esmola.
Quero ganhar com o meu suor!
Oh, emprego! Onde estás?
Sem estudo, para onde vou?"
"Enquanto não vira pó,
Essa corja de malfeitores
Não para de fazer o mal.
A fome que me mata aos poucos,
O emprego que não encontro,
É culpa da omissão dessas bestas feras."
"O livro ajuda a formar pessoas críticas
Que lutam por seus direitos.
Mas muita gente não gosta de ler,
Acha muito chato:
Prefere internet e TV."
"Embora não possas me ouvir, menina,
É preciso falar:
Que com a bomba atômica mostrou-se o poder.
Mas também ficou evidente,
A que ponto chega o homem
Para conseguir o que quer:
Mata pessoas inocentes,
Destrói a história de um povo.
E a tecnologia criada para o bem da humanidade
Transforma-se em arma de guerra,
Fazendo da vida um palco de atrocidades."
"Menina, por que não me ouves?
Esses ouvidos que ouviram cantigas
Que teus pais cantavam,
Hoje se encontram inúteis.
Aniquilados pela destruição da guerra."
"O país verde e amarelo
É um país de guerreiros,
De gente que luta e não se cansa,
Que faz da fé uma fortaleza.
Faça chuva ou faça sol,
A mesma fé permanece."
"Brava gente brasileira!
Que nunca foge à luta!
Esse povo tão sofrido
Que faz da luta o seu gemido,
É quem pode mudar a história
E trazer ao Brasil momentos de glória."
Acordar, se arrumar, tomar café, trabalhar, correr.
Trânsito, buzina, cansaço.
Chegar em casa, assistir à TV.
E o pôr do sol,
Alguém parou pra ver?