Cariok
Era tudo branco
A lua da manhã,
Os lençois do dia,
A espuma do mar...
E você...
Você passou em brancas...
nuvens... pelo meu coração...
Se um dia você receber, outras flores
Que não sejam rosas...
Será por que as mesmas já não conseguem disfarçar...
Os segredos que levam por mim.
Sob a luz da manhã, encontrarei teus olhos num rápido movimento de quase vertigem...
O vento, embaraça teus cabelos entrelaçando-os sobre a tua boca e ainda assim eu ficarei perplexo ao olhar suas mãos deslisando no horizonte, por onde passam navios e deuses...
manhã no Leblom
Volta,
por que ainda que eu tenha te perdido...
Não tranquei meu coração,
Você ainda, pode deixar pão pelo caminho...
Aí os passarinhos te seguirão,
Pronto! você caiu no meu alçapão!
Armadilha de Amor
Dentro do meu coração, nem eu mesmo sei...
Os tantos guardados, que ali depositei.
Formam-se teias, sem aranhas...
Esperanças sem cor...
Mas coloridas lembranças...
Do que foi o nosso amor.
Polaroides da memória
Deixo as mágoas desta vida,
pra quem sempre detestei...
Afinal pra que servem as feridas...
Se nem eu mesmo sei.
Legado aos bestas
Rodoanel do coração
Translucida memória,
fotografia do tempo...
Apagada na história,
Do meu pensamento...
O passado é uma lanterna...
Que ilumina o meu caminho,
O presente me da pernas...
E eu não caminho sozinho.
Passa tempo, passa vento...
E o mundo a girar.
Na esquina do futuro...
Ainda hei de te encontrar.
A fila anda
Bem de perto eu te vejo,
mas não consigo te encontrar...
Vai que ainda eu te esqueço...
entra outro em teu lugar.
E a fila vai andando,
sem nem mesmo esperar...
Na batida do relógio,
Eu não devo é me atrasar!
Periscópio sensorial
Um coração azul,
traz mistérios infinitos...
sendo azul,
ao que parece...
Por conta de um meteorito.
Ajustado
Sinto pena dessa vida,
que um dia deve se acabar...
Por isso ando tão distraída,
Que acho que nem vou notar.
Pobrezinho
Cai do galho um passarinho,
eu fico com tanta dó...
pego ele de mansinho,
e enrolo no filó...