Camilo FR
Sobre o bobo coração
Onde está aquela gota d’água
que calmamente desliza por você?
por acaso tem ela pressa
de chegar e suplantar o alvorecer?
Ao olhar e ver-te aqui
quase a ponto de esmurecer
nada mais do que fechar os olhos
é o que faço para sentir seu ser
Por isso a palidez da face
é o maior brilho da eternidade
e assim terminam esse versos
já embebidos de saudade.
Do início
Desde longe posso já ouvir
Passos, olhares e acenos
Uma vastidão de ternura
Se apodera de meus momentos
Situações simples e cotidianas
Na mais bela magia se mostram
E os ventos batem minha porta
E em júbilo me levantam
A espera não existe
Na sincronia das mentes
Quando o mais belo e puro
Insiste estar presente
E nem o mais caduco sábio
Poderia tentar entender
O que está a aflorar
De mim por você.
Ah... eu adoro o amor...
Sentimento bem sentido,
Que toma de súbito os corações distraídos,
Que imerge os olhos e os sentidos.
Ah... eu detesto o amor...
Sentimento mesquinho,
que nos faz pequeninos,
tolos e incoerentes do seu verdadeiro sentido de ser.
Será o amor dos poetas uma boa coisa?
Serei eu um poeta?
Existe o amor ou existe o amar?
Não, o amor não é desse mundo!
Einstein é relativo. O amor, absoluto.
Vida é curta. O amor, não tem fim.
Razão é lúcida. O amor, translúcido.
Bem, aqui começa o amor.