Camila Senna
O destino te trouxe pra mim...
Me fez ser tua sem ao menos planejar ser... me fez refém dessa paixão que se tornou amor, e que por ser proibido virou prisão e solidão.
Um dia quem sabe, nossas ruas voltem a se encontrar... a vida é um mar de surpresas.
O tempo passa, o inesperado acontece... e o que tiver que ser será.
Não importa o tempo que passar a gente vai se encontrar, e de uma vez selar aquilo que ficou em aberto.
A vida é assim...
Tú és o presente mais lindo que dos céus ganhei.
Tú és a vida mais preciosa que em mim habitou... habita e habitarás para sempre.
Minha alma vaga no breu...
Os desamores da vida me fez ser sofrida...
Ah, quem dera fosse luz pra brilhar na sua Vida.
O amor se encontra em tudo,
dentro do meu nobre ser.
Eu caminho e exalo o cheiro desse amor pelos os quatro cantos da Terra.
Intensa, amorosa e carinhosa... vou eu, pelas estradas que conquistei e decifrei.
Há dias que sinto meu corpo e minha alma cansada.
Logo então...
sinto uma leve suave brisa tocar-me o rosto.
Penso ser Deus, me alimentando a alma e me trazendo calma...
Medo? Luto para vencê-lo a cada dia...
Não posso dar vazão a um sentimento que me constrange...
é como cair no mais profundo abismo...
Quero enfrentá-lo a cada instante...
a cada amanhecer...
a cada entardecer...
a cada anoitecer...
me sentindo livre, liberta e corajosa.
Galgar passos firmes, acreditando em minha força constante...
Caminhar com folhas de outono no chão...
Fins te tarde no portão...
Anoitecer em tuas mãos...
Flutuar de amor e paixão...
Adormecer com emoção...
Te amar sem limitação...
Ser amada sem dimensão...
Aqui estou eu a cantar, que tudo vai recomeçar...
E dessa vez é pra ficar, ao seu lado pra te amar...
Eu me perco ao te achar, de desejo em pleno o mar...
Felicidade venha me visitar...
e de uma vez por todas me fazer aflorar.
Meu espírito inquieto está...
a agonia toma conta da minha alegria.
Essa melancolia há de passar...
preciso de forças para aguentar.
Que o bom da vida irá chegar...
Amores passageiros são como chuva de verão...
Amores impossíveis são como chuva no sertão...
Amores duradouros enquanto dura a ilusão...
Amores verdadeiros? Ah, esse sim não se apaga não...
Tudo que é forte...
Minha natureza precisa de tudo que é forte...
É ou não é?
Fica ou não fica?
Quer ou não quer?
Sou aos extremos do fio de cabelo, até o dedão do pé...
Minha natureza é assim... eu me entrego!
Me despeço de ti, de mim!
O que foi saudade, vira maturidade...
A princesa
vira rainha...
A menina vira mulher...
A bela continua bela...
A estrada turva com várias curvas permito-me passar, para outro estágio em minha vida chegar...
Chegando! Lá vou eu, em meu futuro brilhar...
Quero me encontrar...
despedir-me de tudo que me afugenta a alma.
Me encontro presa em um casulo.
Observo meus dias passando...
o relógio é meu pior inimigo.
Sinto fome de amor, paz e brilho nos olhos...
Minha alma tem gritado por socorro
Se existe inferno, eu me encontro nele.
Renunciei-me...
abri mão, de tudo que um dia sonhei.
A menina imatura cresceu, eis aqui uma mulher...
ainda menina, só que mais madura.
Quero encontrar um caminho um lugar em busca de mim mesma.
Quero sentir-me viva, pronta, no ponto, desejo me possuir com toda exatidão.
O ímpeto do meu ser anseia liberdade...
vento no rosto...
gargalhadas sinceras...
espontaneidade...
Olhares sedentos sempre em busca de si mesmo, do outro, da vida...
Ao amanhecer, quero sol no meu jardim...
e que a as flores voltem a sair.
E a vida que anseio venha fluir em mim...
Te chamo por sonhos...
siga a trilha dos meus passos...
Decifrando-me o corpo me enchendo de paixão...
Vou me despir de tudo que seja casca...
quero ter asas para em teus pensamentos voar, e de uma vez habitar...
Me pegue em teus braços macios que eu te mostro o caminho...
caminho esse, que nunca mais se apagará...
Vem com tuas feras que eu te mostro vida bela...
Vem com teus desejos que eu te mostro o que te espera...
A vida que ficou, que fique...
Era noite de lua nova, da minha varanda, acendi um cigarro...
queria relaxar meu corpo e alma.
O dia tinha sido duro, os caminhos querendo se fechar, e eu queria só me isolar.
Foi quando de verdade, me deparei com aquele luar, que estava lindo de louvar...
E pude despertar pro meu caminhar, e não mais naufragar...
Resolvi naquela noite, não mais perpetuar, aquilo que não era pra me edificar.
Quero me elevar, me resguardar e não mais me sujeitar...
A vida que ficou, que fique...
É como se eu quisesse pegar um objeto inalcançável...
tem vidas e situações, que nada podemos fazer, a não ser crer.
Tudo começa a partir de nós, como posso querer para o outro, aquilo que nem ele quer para si?
Não posso mudar o passado recente e de outrora...
Quero ousar em meu cantar, em meu habitar, a vida que quero proclamar.
Vivendo os dias devagar sem ter pressa de acabar...
E os meus ascendentes, que me desculpem...
mas não quero estacionar, quero florescer e em largos caminhos passar...
Olhar para trás e de verdade apagar aquilo que pessoas tentaram findar.
E seguir a sonhar, com os meus anjos a me acompanhar...
Porque se estou nesta vida, a mesma, é para ser seguida, de cabeça erguida.
E ir além, amando e me dedicando, pois me quero bem!
Camila Senna*)
Ser mãe é ser poeta...
Ser mãe é ser coragem...
Ser mãe é ser abrigo...
Ser mãe é enlouquecer...
Ser mãe é ser pai se for preciso...
Ser mãe é chorar de alegria...
Ser mãe é morrer de saudade...
Ser mãe é ser eterna...
Pois não há nada, nesta vida, que a supera...
O trocar salivas, não é apenas um beijo.
Um beijo, não é apenas o trocar salivas.
É nossa língua fazendo amor.
Que o meu respirar livremente,
ninguém o tente sufocar.
Que o meu olhar forte para o mundo,
não o tentem findar.
Que o meu falar sem ensaiar,
ninguém o tente calar.
Que o meu sentir aguçado e sensível,
não o tentem enganar.
Que a auto-estima que eu conquistei,
ninguém a tente baixar.
Que a amizade sincera que tenho,
não a tentem comprar.
Que o meu agir impetuosamente,
ninguém o tente oprimir.
Que a alma desnuda que tenho
não a queiram vestir,
vesti-la de sujidade, fazendo ocultar
a nobreza em mim.
Que a liberdade que anseio a cada dia,
ninguém a tente impedir...
colocando espinhos nos meus caminhos...
e amarra nas minhas pernas.
Ainda que consigam, será por pouco tempo,
pois sempre haverá uma senda.
Que a paz que eu busco,
não ousem invadir.
Que a alegria que possuo,
ninguém a tente abater.
Que o amor que habita em mim,
sempre venha existir
se renovando a cada
alvorecer.
Já errei sim, mas quem não erra?
Me dou quantas chances eu quiser...
Estou sempre me permitindo aprender, a crescer.
Não vou me julgar e condenar porque você acha feio.
Porque se incomoda com meu jeito.
O mundo é mesmo assim!
Há pessoas, que como eu, são assumidamente erradas, mas quem é certo?
Impetuosa, mas quem é santo?
Ousada, ah... isso é para poucas!
Se você, se conforma com qualquer história, e qualquer desfecho, é uma pena!
Eu, mulher persistente que vive ousadamente...
Não vou, e não quero, ser figurante da minha própria vida.
Quero ser a atriz principal, quero conhecer o meu roteiro...
Estar por dentro do sim, e do não, mas com os pés no chão.
Eu não me resumo só no exterior...
O meu interior é maior que muitas coisas sem valor.
Eu quero viver assim...
Errando, aprendendo, errando de novo...
E persistentemente aprendendo e acertando.
Eu já não caibo mais nessa casa.
Tudo gigantesco ficou...
Meu corpo.
Minhas roupas.
Meus sonhos.
Minha alma, está grande em demasia, para um lugar tão pequeno.
Já não tem saída certa.
O relógio me oprime, perguntando: quando sairá daí?
Digo: Irei sair em breve, porque preciso existir.
Existir para mim, e para o mundo em si.
Me deixa aqui com minha moleza.
Hoje não quero ser gentileza.
Quero me isolar, curtir minha falta de criatividade.
Estou chata comigo mesma.
Se o agradável vier a minha procura, diz que estou grossura!
Amanhã eu volto com tudo, plena, sedenta, e com muita criatividade.
Tenho tanto dentro de mim, queria ser muitas.
Em meus devaneios, me pego a flutuar, e a imaginar a vida que está a me esperar...