Callonny;Cawan
Calitheya
Para conhecer como a conheço
Para conhecer como a deve conhecer
O vislumbre pungente deve você se abater
Se o silencio respeitar
Absorto na dor estar
Seu reino de profundezas há de perpetrar
Edificada sob alma atormentada
Faça moradia com seus similares
Muitos residem silenciosos em seu reino
Num ignorante estado conservador permanecem
Desiludida, as paredes de seu reino enegrecem
Provindo do odioso intento do suplício
Jorrando liquido repulsivo em logro enegrecido
Em formatos deformes o reino prossegue vivo
Sem movimentações estelares, sem aparente guia
Consciência é uma palavra esquecida há tempo insondável
Desnecessário ato de pensar, em seu reino desgosto não haverá
Uma fuga é impossível, usufruir da moradia há de tentar
Coberta fria e úmida serão suas conhecidas na macabra epifania
Sem glória genuína, erga-se abaixo, na santificada misantropia
Reine com Calitheya
Seu reino misantrópico é pura monotonia
Uma alegria traçada aos moldes de outra vida
Que não mais te quer, que não mais a quer
Qualquer um se torna valor em seu reino
Aprisionado na matéria mais que repulsiva
Incontáveis seres vivem em solitude
Desapegam-se de suas histórias
Sem um elo como guia, inertes ficam
Sem nova procura de uma guia
Torne-se rei ou rainha
De um novo mundo pautado a abominação
Os valores que já não existiam
Hão de perecer de vez, pois nunca existiram
Calitheya clama sempre, bem abaixo do brilho guia
O eterno reino, submerso na própria agonia
Será você o rei ou rainha ?