Caio Pedra

Encontrados 12 pensamentos de Caio Pedra

Meu ego roubou seus pertences, para que em cada canto do meu quarto haja uma lembrança sua.

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Ainda vejo nossa história em cada música que ouço. Minha vida e meus dias se resumem em olhar suas fotografias e te imaginar aqui de novo (como se já estivesse).

Quando perdi minha caneta favorita, perdi minha vontade de escrever.

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Preciso muito ter você, para depois escrever sobre nós.

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Há aqueles que me amam indiretamente, rondando...
Na conversa com minha mãe, quando passa na avenida ou naquele olhar no qual quase julgo indiferença.

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Já eu te amo naquela música
coração de flor de mandacarú
espinho de rosa preta esquecida
no ouvir dos passos de um casal brigando
e no bater das asas de um passarinho
que voa pela primeira vez
buscando abrigo no céu, imenso
e azul de um outono seco qualquer.

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Corpo e alma.
Descartes via dois em um
Aristóteles um
e eu vejo apenas em minha frente
sentido apenas pelos piscar de seus olhos
que me denunciam o iceberg de emoções aí dentro
a cor deles me dizendo pra ser forte
e aguentar os dias quentes
que os frios que juntos passaremos
aqui ou acolá
há de chegar

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A morte é uma música de fundo, lenta, tocada no piano e com notas minuciosamente escolhidas. Ninguém quer saber tocar. Ninguém está preparado para ouvir. Mas todo o mundo sabe, que em algum lugar, esse piano está parado, esperando um descuido, um momento inoportuno, ou alguém com perpétua coragem para dedilhar-lhe, deixando fluir sua música calma, e em câmera lenta, o momento se concretiza.

Inserida por caiopedra

E, no último instante, se deixar entrelaçar em Moraes, na hora íntima.
Até chegar ao ponto do meio do crucifixo
cheirar e deixar entrar as agonias de Fernando de Abreu.
Quando não houver mais esperança para os dias alentos
sofrer-se e deixar-se cair em tentação
mas livrai-nos do mal.
E que mal?
Mal... ora leva ao devaneio mais intenso
ora consome pela culpa.
Quando não há nada a dizer
deixar-se levar-se pelo sono dos mortos
que deixaram antes da hora íntima
horas menos despreocupadas com a privacidade.

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Ou incomoda ou desperta desprezo
Ver escrito memórias passadas
De tempos remotos e tão perversos
Na tela do pintor: A imagem de seu próprio existir

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Oito dos oito de dois mil e oito.

A beleza de quem consegue expressar suas energias mal direcionadas com as palavras, é arte de gente sábia.
Qualquer junção de palavras tolas, desamarradas, desconexas.. dá em poesia de mais requintada produção, merece livro e citação!
Escreva o que pensar, ou pense o que escrever, o poeta é aquele que deu lugar ao criativo no lugar onde paradoxalmente morara, também,a dor. E a dor não é o que insere o peta no campo criativo?
Em oito dos oito dos oito não aconteceu nada do qual o poeta - raro em essência - recorda. Mas por se fazer poeta, brincar com a desconexão das letras, se faz revelante.
8/8/8 e a memória do vazio.

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Não me lembro quanto tempo durou. Na verdade não fiz essa conta. Dia 18, duas coisas vieram à tona. Na primeira, me dei conta primeiramente que meu pai, mesmo morto, não abre mão de viver no que eu poderia intitular "inconsciente impulsionado à submergir". Na segunda, eu me dei conta de que sou único responsável pelos quase-desfechos das histórias que caí como cai a chuva na terra dessa vida. Único foi exagero, claro. É bom que eu pense assim. Dói agora, mas num amanhã que nem sequer apareceu ainda no horizonte, vai espairecer e sumir como a fumaça do último cigarro de cada dia. Tá desconfortável, mas estou aprendendo a sublimar. Ou eu desista dessa merda e diga logo onde estive(ponto paradoxal de continuação)

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