Caio Gabriel G. P. da Silva
Minh'alma pálida, meu corpo nu, dócil.
Verdadeiro como o verão islandês, puro, livre.
Nada me atormenta, nem mesmo a mais brava tormenta, nem a tromba d'água, nem as palavras, nem as amarras.
Nada sufoca, nada queima, nada. Nada toca, nada sente.
Meio vão. Meio, vazio...
Sorrir mesmo quando triste, já sei... Mas esquecer que estou ainda é difícil.
E a tristeza, às vezes, me parece uma piscina que, enquanto erguido estou bem, mas se por acaso afundar, morro afogado.
Nunca me apaixonei pelo que era belo
Mas sim pelo que era puro
Nunca me arrependi de ter amado
Acredito que eu talvez seja maduro/maturo
O suficiente pra perceber
Que tudo que mais quero na minha vida
É ter todos os "vocês"
Não como amantes, nem desprovidos de amor
Quero amar todos sem ter dor bem depois
e bem antes
Antes mesmo de nos termos como amigos
Já desejava que vivessem a vida
A vida toda comigo...
Eu vivo uma constante dor de cabeça
E não há remédio que a cure...
Na verdade há sim
Mas requer que eu bem, bem longe procure
Longe daqui, num lugar pacífico
Mais longe ainda, de preferencia dentro de um ecoante precipício.
Onde há silencio e há de haver paz
Uma coisa que eu procuro, não acho e ninguém traz
Então eu resumo tudo num simples ato
Escondo meu sorriso
E me fecho ao tato.