Caio Andrade
Saudades em Apertos: Um Amor Eterno.
Nosso aperto de mãos, laço que nos unia.
Firme e forte, um elo de amor profundo.
Em cada passo, na jornada que seguia,
Ajudando-a, cuidando, num mundo tão imundo.
Mas hoje, sinto falta desse aperto,
Um vazio no peito que me invade.
As saudades caminham, em meu deserto,
Lembranças de gestos, carinhos, verdade.
E assim, entre a falta e a recordação,
O amor perdura, além da dor presente.
Nosso aperto de mãos, eterna conexão,
Em cada gesto, um laço permanente, insistente.
Que nas estrelas mais brilhantes do céu noturno,
Minha mãe, encontre um lugar sereno e seguro.
Nos meus piores dias, sejas meu amparo,
Protegendo-me com teu amor eterno e puro.
O seu Carnaval.
No compasso da vida, um ano se foi,
Desde que o adeus à mamãe, doeu tão fundo em mim.
Entre o brilho do Carnaval, ecoam lembranças,
Das passadas de samba, nos tempos de bonança.
Não deixe o samba morrer, ela sempre dizia,
Na cadência dos passos, sua alma fluía.
Retalhos de cetim, na avenida a bailar,
Sua presença viva, em cada sorriso a brilhar.
Um ano se passou, desde que ela partiu,
Mas ainda é difícil, sentir que ela sumiu.
Recebi as chaves do meu apartamento, um novo lar,
Mas na casa dela, meu coração ainda a procurar.
Por trás do sorriso, uma dor silenciosa,
Mas uma rede de amor, tão calorosa.
Família, amigos e trabalho, um abraço constante,
Que me sustenta e me ergue, mesmo diante da dor flagrante.
Neste poema, minha mamãe vive, eterna inspiração,
No ritmo do samba, na batida do coração.
Um ano se passou, desde que ela partiu,
Mas seu amor, sua força, em mim nunca se extinguiu