C. J. Tudor
O que nos molda nem sempre são nossas conquistas, mas nossas omissões. Não as mentiras; simplesmente as verdades que não contamos.
Nós achamos que queremos respostas. Mas o que realmente queremos são as respostas certas. É a natureza humana. Fazemos perguntas que, esperamos, nos tragam a verdade que queremos ouvir. O problema é que você não pode escolher suas verdades. A verdade tem o hábito de simplesmente ser a verdade. A única escolha real que você tem é acreditar ou não.
Há algumas coisas na vida que você pode alterar - seu peso, sua aparência, até mesmo seu nome -, mas há outras nas quais desejar, tentar e trabalhar duro não faz diferença nenhuma. Essas coisas são as que nos moldam. Não as coisas que podemos mudar, mas aquelas que não podemos.
Ser um adulto é apenas uma ilusão. Afinal de contas, não tenho certeza se algum de nós realmente cresce.
Amigos de verdade estão sempre lá, aconteça o que acontecer. Amigos de verdade são pessoas que amam e odeiam na mesma medida, mas que fazem parte de você tanto quanto você mesmo.
Estar desaparecido é diferente de estar morto. De certa forma, é pior. A morte oferece um fim. A morte dá permissao para o luto. Para fazer um funeral, acender velas e deixar flores num túmulo. Para seguir em frente.
Estar desaparecido é estar num limbo. Preso num lugar estranho e desolado onde a esperança brilha fraca no horizonte, e o desespero e a angústia espreitam como abutres.
O trabalho duro e o sucesso dos outros só as relembrava dos próprios fracassos e escolhas ruins.
Cada gesto se tornava tão robótico naquele mundo artificial que você começava a agir como uma máquina meio desgastada e sem manutenção, realizando cada tarefa com o mínimo de energia necessária, o cérebro distante. Em ponto morto. Ligada, mas não por completo.
A não ser que algo forçasse você a despertar. Algo incomum, algo fora da rotina.
O pote de ouro no fim do arco-íris. A grama mais verde do vizinho. Mas, na maioria das vezes, o ouro era falso e a grama era artificial.
Todos somos capazes de praticar o bem e o mal. Poucos mostramos nossa verdadeira face para o mundo. Por medo de que o mundo a veja e comece a gritar.
A vida não é justa. Pessoas comuns nem sempre são justiçadas.
Nós falamos sobre a vida como se fosse uma espécie de elixir mágico. Mas a vida é uma viagem demorada por uma estrada que leva à morte. Não importa quantos desvios você pegue, mais cedo ou mais tarde todos chegaremos ao mesmo destino. A única diferença é a duração da jornada.
Mas enquanto há alguém procurando por você, você nunca está realmente perdida. Só não foi encontrada ainda.
Nunca volte. É o que todos sempre dizem. As coisas vão ter mudado. Elas não vão estar mais do jeito que você lembra. Deixe o passado no passado. Mas é claro que é mais fácil dizer do que fazer. O passado tem o hábito de se repetir nas pessoas. Como um curry ruim.