Bruno Vieira Conte
Navegando vou,
em meu barquinho amarelo estou.
Procurando por ventos que
me levem
para outros mares,
para outros lugares.
Quero estar onde possa pensar.
Onde outros ares
possa respirar.
Onde meu coração
possa novamente se acalentar.
Saudade palavra que só existe em nossa língua
Saudade uma sensação ímpar
Saudade um sentimento quase indescritível
Saudade uma vontade de ter comigo o que não posso
Tenho saudade de pessoas
Tenho saudade de lugares
Tenho saudade de momentos
Tenho saudade de sentimentos
Quando a saudade bate
É porque ainda me lembro
Quando me lembro,
Posso rir ou chorar
Tudo depende da lembrança
Tudo depende da saudade
Tenho absoluta certeza e todos irão concordar comigo que aquilo que as pessoas mais buscam, ou exclusivamente buscam, nessa vida é a chamada felicidade.
E o que é a felicidade ? O que faz uma pessoa ser feliz ?
A felicidade é relativa, para alguns o que trás felicidade é o dinheiro, carro novo, o time de coração, para outros boas amizades, a família, ajudar ao próximo, o trabalho que realiza, o amor, enfim uma infinidade de coisas, e também a combinação de muitas ou todas as que eu citei e não citei. Aquilo que torna as pessoas felizes também pode variar a cada momento ao longo da vida.
O fato é que a felicidade é uma realização exclusivamente pessoal, o que me torna feliz ou infeliz muito provavelmente não causa os mesmos efeitos em você ou em quem quer seja.
Sendo assim ninguém tem o direito de dizer a ninguém nesse mundo o que fará a pessoa feliz ou infeliz e como essa pessoa deve, ou não, buscar a felicidade.
Cada um deve fazer sua própria escolha de felicidade e buscá-la arduamente.
Nessa busca pode haver percalços e até mudanças de destino, mas quem tem de supera-los e/ou redefini-los é cada pessoa, e sozinha.
E por quê?
Porque cada uma só tem uma vida e só ela a vive, só ela a sente, só ela a desfruta (tanto nas benesses quanto nos males), e assim sendo deve saber bem o que lhe trará a felicidade, durante certos momentos da vida e também lá no seu final.
O Mundo começou a ficar como está quando tudo era na base do escambo e um camaradinha achou que o quilo de uvas dele valia mais que o quilo de maçã do outro.
Por que não pular de um barco que está notoriamente afundando, quando o capitão do barco está perdido em têm pessoas no barco colocando água de fora para dentro ?
Há uma grande dificuldade em fazer críticas à elite econômica do país, pela falta de uma distribuição mais justa da renda, porque aquela pessoa que tem um carro popular financiado em cinco anos, que paga o financiamento em trinta anos de um apartamento de no máximo 40 m2, que tem um plano de saúde que não lhe dá quase direito a nada além de internação nas enfermarias de poucos hospitais e que trabalha como PJ (sem direito trabalhistas), mas cumprindo uma jornada estabelecida pela "tomadora de seus serviços", essa pessoa acha que faz parte da "elite" e que as críticas são para ela também.
Então, esta pessoa defende com unhas e dentes privilégios que ela pensa serem seus, mas que não são ou então os defende mesmo sabendo que não são seus, na esperança de que um dia possam ser, mas se esquece que vivemos em uma sociedade onde poucos têm a oportunidade de ascenderem socialmente justamente porque aqueles verdadeiramente privilegiados não abrem mão do que têm para, quem sabe, diminuirmos a desigualdade social.
É um círculo vicioso mantido pela falta de consciência de classe de uns e a falta de empatia de outros.