poesia: há no que não está, está no que não é e é no que não há.
viver é herdar os mortos.
sem ter ido, desde que fui tenho sido.
escrever é entrar em casa.
ao norte, o medo de morrer, não nos deixa perceber que quem morre mata a morte.
amor que trata e cura não tem tarja nem bula.
olhares anoitecidos têm fome de horizonte.
entender que carrego segredos que ainda não me revelei.
oferecer o ócio às saudades e esperar que elas se deitem.
entender o que é preciso esquecer para não ter mais saudade de mim.
amar para adoçar a vida com sal escorrendo dos olhos.
o que me dói verdadeiramente nas espáduas é o peso de não ter asas.
Ajude-nos a manter vivo este espaço de descoberta e reflexão, onde palavras tocam corações e provocam mudanças reais.