Bruno Fuzari
Aceitar uma simples resposta sem questionar sua veracidade nos faz tolos. Questionar é abrir a mente para ver as outras margens. É evitar que você possa ser manipulado por uma mentira.
Angustiante é estar na mesma época de anos anteriores relembrando momentos que dificilmente voltarão.
Quando criança, não nos avisaram que iríamos passar por vários momentos tristes e angustiantes. Infelizmente temos/tivemos que aprendê-los da maneira mais difícil ao longo da vida.
Devemos nos moldar de acordo com a própria vontade e não como as pessoas desejam. Visar agradar a todos relaciona-se mais com uma escravidão do que com uma felicidade em si. Nota-se que a felicidade é subjetiva. Então estejamos felizes para nós e não para os outros.
Não se deve julgar uma informação como mentira somente porque ela é difícil de ser entendida ou explicada.
Desprezar as diferentes óticas de entendimento do mundo, sem ao menos conhecê-las satisfatoriamente, por achar que a opinião pessoal é a mais válida, é viver cativo da própria consciência.
Um dos grandes defeitos dos seres humanos é não pensar que as pessoas a sua volta também passam por necessidades, elas têm suas dificuldades, problemas, sentimentos e, acima de tudo, suas vidas particulares. Cada cidadão é único e com ideias individuais. Por isso releve a fala e o comportamento diante delas. É preciso haver respeito.
A inteligência
É evidente que não existem pessoas mais inteligentes que outras, somente há indivíduos dotados de facilidades diferentes das dos demais. Todavia, de um modo geral, a meu ver, a inteligência pode ser metaforizada a uma pedra bruta com dimensões iguais para cada ser humano. Nela, todos os cidadãos estão encarregados de fazer uma mesma escultura que gerará um produto exatamente igual no final.
A diferença encontrada em nossa sociedade é que uns esculpem mais que outros, isto é, possuem maior trabalho cerebral, seja por obrigação, seja por escolha. De qualquer forma, muitos olham ao seu redor e mentalizam: “Ele(a) é mais inteligente que eu, vou abandonar o barco”; “Não preciso dessa informação na minha vida”; o que é um erro!
A sede pela informação e o desejo intenso de alcançar determinado objetivo (não confunda com ganância), são essenciais à humanidade. Não devemos virar as costas para o conhecimento, mas abraçá-lo, pois à proporção que trabalhamos na escultura, mais nos tornamos aptos a debater diversos assuntos, enriquecendo-os, e a aperfeiçoar o do próprio anseio. Como diz Donald Miller: “Na era da informação, ignorância é uma escolha”.
Conhecimento = Poder
A socialização de crianças carentes não deve ser focada em maior parte no esporte ou na música, por exemplo, e sim na educação escolar. O que molda uma pessoa de modo mais rápido e eficiente se chama conhecimento, principalmente o conhecimento de mundo.
Infelizmente, é colocado na mente do brasileiro que "pobre (ou até mesmo todas as classes) não precisa(m) estudar." Isso é um tremendo erro que aliena desde cedo a população brasileira que acaba buscando saída em outros caminhos, muitas vezes mais árduos. Com isso, grande parte de nossa população se torna leiga e fácil de ser manipulada por políticos.
A influência do conhecimento é tão poderosa que na época do Brasil Colônia o estudo era desencorajado. Covardia esta a fim de facilitar a exploração dos recursos naturais de nossa pátria, porquanto, como dito, um povo ignorante é presa capturada.
A demora da percepção da importância da informação, se houver, causa prejuízos muitas vezes irreversíveis, complicando a vida do indivíduo. Fato esse que leva a uma vida de lamentações, que provavelmente poderia ter sido evitada nas possíveis oportunidades relacionadas aos estudos.
Em suma, a mentalidade de habitantes de determinadas comunidades carentes (ou até burguesas) devem ser reformuladas ao decorrer das gerações. É preciso que haja maiores divulgações da importância do conhecimento, pois, por incrível que pareça, estudar, em geral, é o caminho mais fácil para uma vida de reconhecimento social (bom emprego, respeito, conceito, etc.).
Quanto mais conhecimento, menos problemas, menos dificuldades, menos equívocos, menos mentira, menos ilusões, menos sofrimentos e mais felicidade.
O corpo é uma carcaça. O que realmente dá vida ao ser humano, como conhecemos, é o sistema nervoso em conjunto com o marcapasso cardíaco.
A arte de transformar ideias em palavras, estabelecendo frases com coesão e coerência, é fantástica.
Não existem dons do ponto de vista de talento atribuído logo ao nascer. Na realidade, existem habilidades desenvolvidas ao longo do tempo que são relativamente bem dependentes dos meios que nos cercam.
O acesso a um novo universo de pensamentos diferentes sempre dependerá da nossa capacidade de saber ler e de saber ouvir.