Bruno Franco Lourenço

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⁠A melhor parte de mim.


E se for por otimismo que escrevo esses delitos a você
Não me culpe por ser insensato, apenas sinta que há verdade nas entrelinhas.
Se hoje me faço como um garoto, é porque crio frases sob palavras.
Também respiro o ar puro e impuro dos céus, pois sou de carne.
E mesmo que seja efêmero todo esse vigor estarrecido pela dúvida,
não importa, portanto, que me beije logo na matinê como um novo amante.
Caso contrário irei aprender a voar pelas curvas do seu corpo
e deitarei de manso sobre seu colo, igual a um bicho indefeso.
Coloca-me ao seu lado, a parte de tudo o que é vivo
E me escolte da maneira mais sutil, que seja infinita aos sonhos.
E que me ame quando for possível, nem que seja de mentira.
E quando amadurecer não se esqueça de buscar-me ainda garoto.

⁠No buraco do seu jardim


Mesmo que tudo esteja escuro eu nunca me esquecerei das flores do seu jardim. Enterro minhas memórias. Torno-me um estrangeiro para cavar um buraco no seu jardim, onde caibam minhas mágoas.
Gritei uma vez e ninguém ouviu.
Atravessando a fronteira da vida e da morte só para ver se alcançava o seu jardim.
No oceano existem pessoas mortas, mas também existem pessoas vivas. Coisas estranhas acontecem com quem está sozinho.
Meu sonho é parar de sonhar, memórias são de dar saudades.
Tristeza é a única palavra que aprendi no buraco do seu jardim.