Bruno C. Baptista Pinto
Tão chato ser um sujeito normal
Não me parece muito legal
Prefiro minha maluquice, do que viver nesse seu mundinho bastante sem sal
Eu escrevo, pois sinto minha alma liberta
Liberta de si mesma
Liberta da mesmice
Liberta da chatice
Se o meu pensar não pudesse escrever
O que seria do meu ser ?
Quando olho o mundo afora, minha alma chora
Chora por não suportar tanta maldade no olhar
Tanta falta de amar
Quando penso que tudo se findou
Ai me vem uma vontade louca de me apaixonar
Se tentares me derrubar, ao menos consiga
Pois se eu levantar, não serão minhas forças que irão te destruir
E sim a sua própria incapacidade
Nunca soube viver pela metade
Quando amo, me entrego por inteiro
Quando luto, deixo meu sangue no campo de batalha
Não consigo ser meio amigo, meio humano ou coisas gênero
Não gosto de meias palavras
Ou escrevo uma história por inteira
Ou prefiro nem começar a escrever
Mãe,
Aquela que o amor vem de dentro
Que você veio de dentro dela
Que ela nunca sairá de dentro de você
E você nunca sairá de dentro dela
Tão cansado de esperar
Começou a colocar seus prantos em escrita
Fez da lua seu único amigo
E deitou ao relento do tempo árduo ao anoitecer
As vezes a gente erra por medo de perder
Perde por medo de recomeçar
E se joga por medo de não viver
Já cansado de esperar
Começou colocar em prática sua escrita
Pintou o mundo com as cores que enxerga
Assim encontrou a paz
E em tantos desencontros
Não existe mais o eu
Não existe mais o nós
E muito menos o amanhã
O futuro você não quis seguir
E partiu
Partiu o meu ser em dois pedaços
E levou a metade consigo
Partiu sua vida e não consegue ter uma só vida novamente
Agora tudo passou
Tudo partiu
É o nós ficamos apenas no pretérito imperfeito
Impossibilidade de receber um presente
Com a certeza de não ter um futuro
Quando o tempo me faltou
Valorizei as voltas no ponteiro
Quando o ódio me tomou
Lutei por dias de paz
Quando pessoas me deixaram
Pude ver quão vulnerável é o ser humano
Mas em tantos "quando" da vida
Refleti que entre idas e vindas, tudo posso suportar
Porém, quando o amor se foi
Descobri que é impossível viver sem um sentimento tão nobre