Bruna Vasco
Eu achava o amor tão lindo, até olhar pra trás e me achar ridícula por ter amado tanto. Joguei pedra em minha própria cruz e de coração apedrejado, até hoje pago pelo meu pecado. Carrego meus amores nas costas. E pesa, e dói. E eu, que já suportava dor demais enquanto amava, sinto doer insuportavelmente a incerteza de não saber que sentimento é mesmo esse. Será que foi mesmo amor? Mesmo, mesmo? Quer a verdade? Ninguém sabe o que é o amor. Dizem por aí que sentir já é o bastante para reconhecê-lo. Eu sinto e já senti muito, mas até hoje não sei exatamente o que. Essa coisa que nos enche de vida e machuca sem dó, é contraditória demais para ser uma certeza. Por isso, não dou mais nome ao que trago no coração. Pelas dores que já sofri, agradeço; porque é um milagre eu ainda ter um.
Eu realmente não consigo idealizar alguém apaixonado por mim. Eu não consigo imaginar alguém pensando em mim antes de dormir, ou contando para os seus amigos sobre mim com um sorriso bobo. Eu não consigo imaginar ninguém nas nuvens porque eu disse um “oi” ou qualquer coisa assim. Não consigo imaginar alguém sorrindo para a tela do computador quando a gente está conversando. Sei lá, só não consigo.
Eu só quero que você me entenda. Ou pelo menos finja que irá me entender. Sei que sou uma pessoa completamente complicada, difícil de lhe dar, conviver. Mas por favor, não vá embora, fique aqui comigo. Sinto-me uma pessoa melhor quando estou com você.
Ele é um abraço para a minha alma, um beijo para o meu coração. O doce para os meus olhos e inspiração para a minha arte, ele é a minha esperança em meio a escuridão, as estrelas em meu céu, enfim, ele é tudo. Tudo o que eu sempre quis.