Breno H. Contente

Somos aves
Presos em uma gaiola chamada mente
E o princípio benevolente
Nos convida porta a fora

Os arquétipos são as chaves
das profundezas do inconsciente
Tudo está dentro da gente
Mas saiba que a noite antecede a aurora

Seja fênix renasça das próprias cinzas
Coragem é necessária
Seja ousado transborde a luz

Pois se é o misoneísmo quem o conduz
Serás sempre uma águia
Que teima ser um avestruz.

Em infinitas possibilidades
Anseia-se a liberdade
Para compor sua própria música

Em uma escala subatômica muda-se a percepção
Transforma todas as coisas
Somente numa coisa única

Cada segundo uma nota
Cada nota uma cor
A dor é uma experiência quando há distância da essência
No cinema da mente busque ser o diretor

Mas se perdemos o controle do barco
Pensamos que somos fracos
Ignoramos a onda probabilística

Até que percebamos que somos a própria água
O pensamento é a prancha
E que tudo se resume em aprender a ser surfista.

Quando há compreensão metafórica, é inevitável a quebra paradigmática.

⁠Ninguém fica triste quando pedras são quebradas para que sejam transformadas em britas, há de se ficar feliz por saber que com britas pode-se construir grandiosas fortalezas.

⁠Todo paradoxo traz consigo a semente de um novo paradigma. Um planta, poucos regam, muitos pisam no solo, mas depois que cresce, vira árvore e dá frutos, a maioria corre pra colher.