Brenner Oliveira

Tenho vício de perguntas, tenho sede de respostas.

Posso ter me esquecido de ligar as noites de outono a ti, posso ter te visto pouco, te visto muito pouco e, ainda sim, te amei.

Em meio as guerras que travo em mim, posso consagrar-te vencedora.

Tu sempre me foste dúvida, esta é minha maior certeza. Não vou negar que penso em ti, pois penso. E ensaidamente defronte ao espelho, faço caras e bocas tentando achar a mais indiferente possível para te mostrar quando, pelo acaso, reencontrares tu.

Tu tens um jeito só seu de afagar meu rosto cansado, e alimentar meus sonhos descansados.

E se tu não és nada, não precisas se envergonhar por ser nada. Para mim tu és tudo..."

Tu te tornas, novamente, saudade em mim. Tu de que eras. Tu de que sonhaste. Tu de que mataste. De tantas inquietações que vivo, me doei ao prazer de não mais silenciaste tu, porque tu me és ferida. Cicatrizada.

Tudo era embaçado. Minha cabeça estava cheia de pensamentos entediados de seu nome.

Mas sou fraco, e por esta fraqueza, tu me ganhas sempre.