Borges Mendes
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Dissabores juvenis
Despendido está meu coração
Derramado nos mares da imensa solidão
Fraqueado, me sinto desolado
Sem pretenções ou auspícios
Sou só mais um indivíduo
Linear está minha dor
De minha alma nada restou
Penuriado aos ventos
Esqueço-me no sofrimento
Fadigado pelo cotidiano
Na noite me dano
Bebendo da amargura
Sinto-me desumano
Engolindo a labuta
Rastejo a sombra da dúvida
Outrora me senti amado
Por ora, fraquejado
Lutas do convívio
Sento ao pé do moinho
Refletindo sobre o passado
Choro por me sentir desolado
Nada vale minhas ambições
Se de meus convívios sobrevém aflições
Refletindo aos céus
Peço à Deus que não seja tão cruel
Regressando aos poucos
Fujo do cotidiano
Tragando a dor
Zarpo sem amor