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Santo Agostinho
Aurélio Agostinho (Aurelius Augustinus), Agostinho de Hipona, Santo Agostinho, nasceu no dia 13 de Novembro de 354, em Tagaste, actual Souk Ahras, na Argélia.
Padre e bispo, escritor, filósofo, teólogo. Um dos poucos antigos de que se conhece a data de nascimento. Um dos poucos antigos a deixar uma autobiografia, as “Confissões”. Uma das mentes mais influentes da humanidade. Não foi só sobre a Idade Média que Agostinho pairou. Lutero, Calvino, Descartes, Kant, Hegel, os racionalismos em geral e mesmo os marxismos e utopias de todo o género, Camus, Hannah Arendt e Ratzinger, entre muitos outros, devem algo ao bispo de Norte de África. Foi há 1655 anos que nasceu.
Albert Camus, que com Nietzsche e Dostoiévski, formavam uma trindade de existencialistas (ou pré) que, estudantes, gostávamos de ler ou de dizer que líamos, nasceu no dia 7 de Novembro de 1913, um dia depois de Gandhi ter sido preso na África do Sul, quatro anos precisos antes de Lenine depor Kerenski, na Revolução que para o calendário ortodoxo (juliano) foi em Outubro.
Camus, no estudo da Filosofia/Teologia, era um existencialista aberto, não-cristão, ao contrário de Gabriel Marcel ou Karl Jaspers, mas representando um humanismo ateu dialogante, diferente do de Sartre.
A tese de doutoramento de Camus foi sobre Santo Agostinho. Nobel da Literatura em 1957 (três anos antes de morrer), escreveu “O estrangeiro”, “O mito de Sísifo. Ensaio sobre o absurdo”, “A peste”, “O homem revoltado”, entre outras obras.
Como isto anda tudo ligado, li ontem em “A Vertigem das Listas” (p. 309-310):
Eu lembro-me de que o protagonista de “O Estrangeiro” é Antoine (?) Meursault: foi frequentemente observado que ninguém se recorda do seu nome.