Bianca Munhoz
Eu desejo um feliz Dia do Amigo para todos aqueles que estiveram comigo nos bons momentos e nos ruins também. Aos que mantiveram meus pés no chão, aos que me fizeram rir, aos que suportaram minhas manias e minhas chatices. Aos que não me deixaram, mesmo conhecendo todos os meus defeitos. É isso aí.
Poxa. Eu sei que não sou a única com problemas, mas é tão difícil respeitar meu silêncio? As pessoas vêem que eu não estou bem e insistem em tocar na ferida. Sem contar que exigem simpatia o tempo inteiro. Eu não posso fechar a cara ou ser grossa por um segundo que todos caem matando em cima de mim. É como se jogassem tijolos no meu ombro sem se importar com o peso que eu ia carregar. Por favor né.
Se eu gosto de vestidos, saltos e maquiagem? claro. Mas cabelo bagunçado, moletom gigante e música alta é muito mais a minha cara.
E essa confusão toda na minha cabeça? E minhas noites mal dormidas? E as lembranças? O que eu faço com tudo isso? Esquecer… é tão fácil falar.
Eu tento disfarçar o dia inteiro. Eu penso em milhares de outras coisas para me distrair, eu brinco com meus amigos, converso com eles e tudo passa. Mas quando as lembranças voltam, eu sinto como se eu não fosse esquecer mais, chega a doer. Aí eu me recordo dos nossos tempos tão perfeitos e harmônicos… mas sempre vem lembranças ruins também. E o pior é saber que você não se importa nem um pouco com isso, isso sim machuca.
Talvez eu te incomode mesmo. Talvez você realmente cansou de mim. Mas só talvez. Eu tenho tanto pra te falar, eu apenas não consigo. Mas e quando conseguir? Vai ser tarde demais né? Você normalmente não me esperaria. Você não me daria novamente suas mãos pra mim segurar com força. Eu gostaria de tentar de novo, mas acho que você não me incentivaria a continuar falando. Será que você também tem vontade de voltar as coisas como eram antes? Acho que não. Honestamente, eu queria muito que você chegasse, num susto e dissesse “você está errada. Eu nunca vou te deixar”. Mas é nessa hora que eu acordo.