Bianca Gregorio
Eu pensei que tinha te esquecido. Que tinha superado. Mas não, quando te vi com aquele sorriso lindo todas as lembranças voltaram e meu coração se apertou ao perceber que você não é mais meu..
Sempre achei triste a história de procurar a tampa da panela, porque se só existe uma tampa pra cada panela do mundo, então que saco… As chances de uma metade encontrar a outra em alguma esquina desse mundão seriam desmotivadoras. A brincadeira seria daquelas que, de tão difíceis, nem dá vontade de brincar. Prefiro então dizer que somos como queijo e goiabada. Diferente da panela que perde sua funcionalidade sem sua devida tampa, essa mistura gastronômica somente potencializa o lado bom dos ingredientes. O queijo sem o doce ainda continua incrível. O doce sem o queijo ainda é sensacional. Mas a junção dos dois cria um sabor absolutamente novo, que surge cada vez em que você morde um tequinho de cada. A junção não faz deles menos importantes, mas exalta o que cada um tem de bom. Se separados eles caem bem, juntos dá vontade de lamber os dedos.
Então, digo sem peso que encontrei minha goiabada. Não que outros doces não serviriam – o queijo é bom com doce de abóbora, de figo, de carambola. Mas, pra mim, é especialmente bom com a goiabada. E pra isso, eu não preciso deixar de ser salgada e nem você de ser doce. Nossos sabores se completam.
Por favor, não brinca comigo não. Não aguentaria mais uma decepção, já não sou tão forte quanto pareço. Se for pra entrar na minha vida entre para ficar e pra fazer bem, to cansada de visitas rápidas que me trazem só lágrimas. Estou cansada de sempre perder as pessoas, estou cansada de passar madrugadas chorando. Por favor, me diga que tudo isso não é brincadeira, diga que é real e que não vai terminar com um coração partido. Diga que posso ficar livre pra te amar, que posso me sentir segura pra isso. Por favor não me deixe por qualquer coisa, não briga comigo por qualquer coisa. Fica comigo, tipo de agora para sempre!
Sua monotonia me deixa inquieta, mas sem pressa tudo vai acontecendo. Mesmo sem entender, sem ter um por que, tudo vai dar certo! E se eu não te ter, vou tentar te esquecer e se isso eu não conseguir fazer, vou morrer aos poucos sem ao menos querer perceber! A saudade me corrói quando não te vejo ou falo contigo, quero ser mais que amiga, mas se é assim que queres serás atendida, não haverão partidas, nem adeuses, muito menos despedidas, apenas um até logo de quem não se encontra em si e sim, perdida.
Eu pensei em escrever sobre nós. Bem, quer dizer, sobre você eu. Até porque o termo “nós” não combina com a gente. Até hoje eu me pergunto porque deixamos de existir. Tem tantas perguntas sem respostas. Inúmeras. É tenho um turbilhão de sentimentos. Se é que você me entende. Como assim? Se é que você me entende? Da onde foi que eu pude tirar isso? Você nem deve saber o verdadeiro significado da palavra sentir. Minha vida ta uma verdadeira bagunça graças à você. E o pior é que tu não fez nenhum esforço pra isso. Nenhum. A culpa foi toda minha.
Hoje acordei disposta a amar e acreditar outra vez.. Faz mal? Talvez, mas acho que o amor merece uma segunda chance.
Você tem me transformado no rascunho da sua redação. Tem me corrigido, me apagado e feito o que quer de mim. Você tem mudado minhas palavras, meu padrão e minhas atitudes. Vem me amassando quando não estou boa, me rasgado para fazer outra e ainda quer que eu fique uma história linda e implacável. Mas, quanto isso custou? quanto tem custado pra mim? Isso você não sabe. Você nunca sabe. Não sabe nada.
Eu poderia ter jogado na cara dele todas as promessas que me fez e não foram cumpridas, poderia também deixar bem claro que só ele me fez tão bem de uma maneira tão simples, poderia ter falado que por “nós” eu largaria tudo, mas eu estou cansada dessa mesmice cansada de tanto falar e não ter nenhum resultado. E eu, que nunca fui de pedir para que as pessoas ficassem comigo, não seria agora, que eu iria pedir. E não, isso não é um ato de orgulho ou egoísmo, mas, sim um ato que comprova que tenho vergonha na cara. Eu nem acredito que em vez de te pedir pra ficar, eu te disse “tchau”. . Doeu, e continua doendo e muito, mas eu tenho certeza de que foi a melhor decisão que poderia ter tomado.
Ei, sabia que eu ainda estou mal? pois é ainda não superei o que a gente passou, ainda não superei os “eu te amo” não superei as noites acordadas falando contigo, ainda não superei os dias em que te acordava só pra ouvir sua voz sonolenta e também não superei conversas que duravam o dia todo, sms fofos, sorrisos encantadores. Resumindo, não superei o fato de você entrar na minha vida e sair assim, como se nada fosse real. Como se tudo fosse apenas palavras jogadas. Você disse que me amava, e agora não ama mais, assim tão fácil, tão rápido. E em questão de semanas já ama outra a ponto de fazer coisas que nunca imaginei que faria por mim nem por ninguém. E me sinto uma idiota por ter acredito nas palavras, por ter acreditado em tudo, e eu realmente queria que fosse real, queria que o amor fosse real, que “a gente” fosse real, e os nossos planos? e tudo o que a gente sonhava? onde foi parar? nada acaba assim tão rápido. E sim, hoje me arrependo de ter conversado contigo pela primeira vez. Me arrependo de ter me apegado, me arrependo de ter te amado, e de ainda te amar. Se pudesse voltar ao tempo pode ter certeza que você não iria nunca entrar na minha vida como entrou. Seria somente mais um contato no meu telefone. E você estaria ai e eu aqui, sem sofrimentos, sem choros, sem nada disso, sem nada de noites sem dormir. Tudo estaria “bem” sem você
Não sei o quão estranho seria se eu pedisse pra algo que já foi embora ficar em minha vida. Mas sei que alguma parte sua ainda existe em mim, e se eu estiver certa, quero que ela fique.
Sou pessoa que adora sumir, surtar, ir embora então voltar e aparecer do nada, sou sem avisos prévios. Se fico é porque quero. Eu encurto conversas bestas e estendo meus bons dramas. Digo o que ninguém espera e talvez salvo uma noite, mas também posso estragar uma semana inteira só pelo prazer de me sentir má e tirar essas cobranças pesadas de mim. Acho todo mundo meio feio, meio estranho, meio errado, meio desinteressante, meio falso, meio bobo, meio burro, meio sem alma. E espero ainda ser salva pelo meio “bom” de todo mundo, e quem sabe isso me tire essa sensação de ser manca por andar assim, encontrando defeitos em tudo. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas será que tem jeito de ser assim?
Ta tão difícil de esquecer, ainda me mato de ciumes, ainda morro de saudades e ainda desejo tudo de volta.. Qual o meu problema? Tantas pessoas no mundo e eu querendo logo quem não me quer, tantos momentos novos prontinhos para serem criados e eu aqui querendo o que já passou, o que não deu certo, o que eu queria e não aconteceu. É tão idiota eu ainda te amar.
“ E eu sempre vou ser um assunto inacabado, uma historia mal contada, uma novela sem desfecho, um livro pela metade no conto da sua vida. A gente sempre vai voltar atrás porque o fim nunca chega, e eu vou embora dizendo que não quero nada, nunca, e volto querendo mais um pouquinho.Você se cansa dessa minha indecisão e eu acho que você é o pior erro que eu insisto em cometer. Só que ninguém dá um ponto final nessa comédia meio romantica porque nunca encontrei outra pessoa que entendesse essa minha vontade de ter o mundo nas mãos ,e me deixa triste saber que não dá nem no corpo inteiro… E nenhuma outra garota jamais te quis do meu jeito intenso porque sabia, só pela música que você estava escutando, que esse mundo tão grande, te deixou pequeno.
Mas é que eu tenho aquela mania idiota de me agarrar a beiradinha da lembrança e não esquecer de nada, absolutamente nada. Tenho aquela mania de imaginar mundos e fazer deles minha realidade, viver sempre em uma fantasia. Tenho aquela mania de chorar quietinha e sorrir com os olhos, escrever coisas que ninguém vai ler, escutar música de madrugada, esperar uma ligação que nunca se completará, acredito em anjos, leio livro deitada na rede. Tenho mania de desarrumar o guarda-roupa só para achar algo que eu tenho certeza que não está ali, mania de escolher palavras erradas para me expressar, e querer ir embora sem ter nenhum destino planejado.