Bento Qasual

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FELIZ CARPINEJAR

Feliz aniversário!
Dia dezessete de julho, minha vontade de comemorar era exatamente nula, zero e nada mais.
A negativa de comemorar o que não era para ser comemorado, afinal um ano a menos para se fazer tantas coisas, já era uma coisa comum dentro de minha mente, o difícil era só explicar aos parentes e amigos, pois minha vida parece sempre tão mais atraente aos olhos alheios.

O “Feliz Aniversário” já não é mais um desejo, é mais um cumprimento, uma força de expressão. Aniversários não são felizes, é o aviso de chegada dos cabelos brancos, das rugas, das responsabilidades e cobranças por empregos, compromissos, família e etc. Etc. Etc.

Em um desses dias dezessete de julho recebo de presente um livro desconhecido, atraente. Pelo tamanho já pensei que poderia lê-lo em poucos dias. Porém quando vi o titulo me senti ofendido.
Como pode essa insinuação tão mesquinha, deprimente, tão comum talvez. Uma rebeldia disfarçada com um toque de originalidade admito, afinal era a primeira vez que era ofendido através de um livro, mas mesmo assim só gosto de joguinho no flerte, fora isso insinuações são desnecessárias. Ou diga logo o que pretende ou cale-se, insinuar é covarde.
O livro que eu recebi de presente foi o “Canalha!” de Fabrício Carpinejar.
Se fora a dona do presente, ficou o presente. Amei o livro, já li três vezes. Não me arrependi pelo prejulgamento porque acredito que nem a dona do presente conhecia seu conteúdo.
Pensei em devolver o presente com “Mulher Perdigueira”, do mesmo autor, mas ela não merece tanto.

Bento.

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Móveis Usados.
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Outro dia me perguntaram se eu era feliz.
A minha resposta, por motivos que não sei ou talvez não almeje explicar eu não direi aqui.
Nós nascemos, vivemos e morremos, e nascer e morrer é a parte mais fácil.
O que eu não entendo é, porque somos obrigados a sermos felizes?
Onde é que está escrito que seremos felizes?
Alguém em algum lugar garantiu isso como é prometido um bom desempenho do seu computador novo, ou a economia de energia da sua geladeira nova?
A vida não tem manual de instruções assim como também não tem garantia.
Você não poderá reclamar com o fornecedor ou fabricante por que nada lhe é prometido. Então porque essa obrigação? Porque temos que ser felizes? Os aparelhos de TV deixam de existir quando o controle remoto quebra? Um armário deixa de ser armário quando aparenta defeito em uma gaveta? Quando nascemos temos cinqüenta por cento de chances de sermos felizes ou não, os cinqüenta por cento que não são param de funcionar ou são colocados a venda e substituídos por outros mais novos e de tecnologia superior?
Tudo bem, eu posso concordar que surge um pingo de inveja quando os móveis usados passam em frente às vitrines e vêem as ultimas novidades em felicidade dos outros cinqüenta por cento de móveis sendo disputados por uma odisséia de compradores e seus carnês de doze ou vinte e quatro vezes sem entrada, sendo anunciados por vendedores vestidos de Silvio Santos com microfones em mãos a contar as vantagens dos móveis felizes que acabaram de sair do forno.
Porém, ainda acredito que há espaço para aquela poltrona velha, com um calço em um dos pés e forro rasgado em algum canto de qualquer casa.

Bento.

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A Moça e o Quarto.
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A moça saberia a história de todos os livros na estante de cor de tantas as vezes que leu.
Saberia a grade da programação da TV e também a do cinema.
Vinte quatro horas para ela pareciam trezentos e sessenta e cinco dias em um só, sozinha inventava histórias narrando aos seus próprios ouvidos para distrair.
Só olhava para fora da janela quando ouvia a chuva, nesta hora lembrava-se de Rapunzel com suas tranças e sentia o estomago arder de tristeza, seu cabelo era curto demais pensava.
O final de semana parecia segundas-feiras e as segundas-feiras eram sempre piores, só não piores que o domingo.
Viajava pelo mundo pela tela do computador e adora visitar aquele café em Londres na Rua Westminster sem sair do quarto, podia até sentir o cheiro de café fresco.
E assim passavam os dias sem passar, um dia após o outro sem mesmo saber em qual deles estaria.
Farta de tudo isso a moça resolver fazer algo de diferente, apimentar um pouco seus dias, mudar a rota do relógio que só girava, girava e não levava a lugar algum.
Escreveu uma carta, praticou uma caligrafia diferente para que não soubessem que somente ela estivera ali, na carta havia ameaças e um pedido de resgate, era um auto-sequestro. Colocou algumas roupas na mochila apressada e forçou o batente da porta para que parecesse uma invasão, deixou a carta na mesa da cozinha e se foi em sentido ao centro da cidade. Lá procurou um hotel barato para ficar e instalou-se.

Alguns dias se passaram e a moça não recebeu sequer um telefonema no número de telefone que havia deixado na carta, nenhuma noticia na TV, nem nas rádios e nem na internet. Passaram-se mais alguns dias e já faziam quase um mês do seu desaparecimento e nada, apenas uma mensagem da operadora do celular novo dando as boas vindas.
Muito mais triste do que antes a moça resolveu ligar para a policia e denunciar seu auto-sequestro se passando por outra pessoa, uma que estivesse preocupada com sua situação, discou os números e no primeiro toque desligou o telefone.
De que iria adiantar? Mesmo que a achassem não teria ninguém esperando do lado de fora do hotel barato, nem ao menos um colo para chorar e contar sua história.
Voltou para sua casa.

Bento.

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O Pecador.
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Eu sempre procurei um bom lugar pra me esconder
De todo mal, que fiz.
Todas essas desculpas que eu uso pra me perdoar não faz sentido.
Nunca me dou razão quando eu discuto sobre o mal você que fez, pra mim.
Eu sinto-me culpado por deixar o meu destino em suas mãos, repetindo.
O mal que você fez, diariamente.
É como renascer pra morrer novamente.
Sei que não existo, não sou real
Sou como história sem um herói no final

Jamais irei me convencer de que o mundo não servirá mais, pra mim.
É tão comum faltar o ar pra respirar, lutar pra continuar não faz sentido
De que vale o ouro se teus olhos agora olham para outro. Em vez de mim.
Andar sobre as águas já não me impressiona eu quero transformar a água em vinho
Pra me embriagar, sei sou tão mortal
Sou como todo homem que causa o próprio mal
Eu bem que te avisei, sem você não há sorriso
Sou como a morte sem haver um paraíso.

Bento.

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A Verdade Virou Pecado. (O Pecador).
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Nós somos enganados desde cedo.
Primeiro somos enganados sobre o papai-noel e o coelho da páscoa.
Depois vem a mentira que nossos pais viverão para sempre, nos enganam quando dizem que todos os nossos sonhos serão possíveis como ser médico, advogado ou astronauta.
E por fim a pior e maior mentira de todas é que sempre devemos dizer a verdade, a todo custo. Vamos pensar nessa como a mentira original, enquanto estamos sendo enganados a vida segue seu ciclo sem problemas, mas quando finalmente a verdade nos é revelada as coisas mudam de figura.
A verdade perde todo o seu valor quando dela vem à tona os defeitos da vitima da verdade, a verdade faz mais vitimas que a mentira. Dizem que ninguém gosta de ser enganado, isso é outra mentira, nós amamos ser enganados, somos dependentes da mentira e a abstinência dela traz sérios riscos a nossa saúde mental, são incontáveis traumas psicológicos quando a mentira é revelada, por isso imploramos todos os dias por uma boa dose diária de mentiras e quando não as temos mentimos para nós mesmos, isso é a mentira canibal. Isso acontece quando nos é injetado doses de verdade em nossa corrente sanguínea.
Ora, o objetivo da verdade é nos desintoxicar da mentira como uma droga, como o efeito do álcool é curado pela glicose, e todos sabemos que quando isso acontece vem à ressaca. A ressaca da mentira causa mais dor de cabeça que a vodka, além dos distúrbios que já citei anteriormente.
A verdade traz nossos defeitos a tona e para quem ainda não sabe grande parte dos meus textos tem o intuito de trazer exatamente os defeitos, inseguranças entre outras coisas do autor, todo aquele blá, blá, blá citado nas mesas de bares quando estamos alcoolizados por escrito e dividido apenas com aqueles que desejam ouvir (ler), logo meus textos são feitos de verdades, minha verdade. Sendo assim não exija que eu minta, perderia todo o sentido da escrita, afinal qualquer um pode mentir, falar a verdade é mais complicado.
Eu me considero um amaldiçoado pela verdade, aquele que não tem opção a não ser falar a verdade não sei mentir, um mentiroso tem que ter boa memória e a minha é péssima.
A verdade é ereta, sublime e linear. A mentira é cheia de curvas, atalhos, placas de sinalizações, é preciso um mapa para se achar na mentira por isso não conseguimos mentir quando bêbados, nem dirigir.
Mas se querem minha opinião continuem mentindo, é melhor ser um puxa saco e enganar seus amigos do que ser um sincero convicto e ter que se desculpar com eles por falar a verdade.
A verdade virou pecado.

Bento.

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Chegou o Verão
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Você me lembra o verão.
Sua pele branquinha contrastando com seus cabelos castanhos, mas não muito.
Seus braços finos e longos me lembram partidas de frescobol de frente pro mar.
Suas pernas me convidam para um passeio na beira da praia na companhia do por sol e a leve brisa que vem do mar me confunde com o acariciar de suas mãos.
E ao olhar o seu rosto vejo as ondas que nascem para morrer logo depois, e renascem só para trazer alegria aos olhos que observam.
Tão rápido, mas tão marcante.

Bento

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Se eu parti seu coração, foi para guardar um pedaço seu comigo.

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O Fazedor de Gols do Amor.
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Washinton Clemente vestia a camisa dez do futuro campeão da série A3 do campeonato paulista, em sua camisa havia o nome Clézinho no meio de infinitos patrocinadores como a Padaria do João Aveia, o açougue Do Boi Ao Céu, até o mini mercado Horizonte.
O Estádio Manoel de Eutanásio estava cheio com seus três mil e novecentos torcedores do time da casa, mais algumas centenas dos visitantes.
O relógio marcava quarenta e dois minutos do segundo tempo da final do campeonato, Clézinho acabara de sofrer um pênalti, a bola estava na marca de cal, boa parte da torcida já comemorava, uma minoria roia a unha de apreensão, alguns jogadores do time de Clézinho se abraçavam, Clodoaldo Ernesto técnico do time da casa gritava com Clemente da beira do campo para acalmá-lo.
O goleiro do time adversário quase borrava as calças, ou melhor, o calção. Marcelo Paraíba era reserva e estava estreando justamente no jogo final. Paraíba sabia que poderia se consagrar pegando o pênalti , ou nunca mais sair do banco de reservas.
Clézinho com as mãos na cintura parecia não estar ali de tanta calma que aparentava, esperava só o arbitro apitar. Via que Paraíba estava nervoso pulando para lá e para cá tentando tirar sua atenção.
O arbitro apitou, era agora, o sinal avisando que Clézinho poderia sair do estádio como herói ou vilão. O primeiro passo.
Agora todos os torcedores levavam a mão à boca tentando achar uma pontinha de unha.
Segundo passo. Vários outros torcedores apertavam o radinho de pilha na orelha como se aquilo fosse ajudar a bola entrar.
Terceiro passo. Professor Clodoaldo estava de costas para o campo, não queria ver, iria saber sobre o gol ou não pela reação da torcida.
Quarto passo. Até os policias olhavam para o campo, afinal nenhum torcedor iria invadir o gramado nessa hora.
Quinto e ultimo passo. Clezinho agora estava a trinta centímetros da bola ele já sabia onde iria colocar a bola, Paraíba já tinha decidido que iria pular para o lado esquerdo do batedor.
Clezinho chutou, Paraíba pulou. Não se sabe quanto tempo a bola levou para chegar ao seu destino, mas todos já sabiam onde ela iria parar... Gooooollllll!

Agora todos estavam no vestiário, Clézinho era disputado a tapas pela imprensa local, o grande herói do jogo, campeão estadual, o cara que levou seu time para a série A2 do campeonato. Incontáveis Marias Chuteiras eram introduzidas no vestiário para apimentar ainda mais a comemoração, o preferido delas seguindo a lógica era o astro fazedor de gols em final de campeonato. Bebidas, charutos e mulheres.
Os cinco empresários que dividiam o passe do jogador vinham trazer noticias sobre novas propostas de times da primeira divisão e até alguns times da Ásia e Oriente Médio com nomes impronunciáveis.
Clezinho mantinha a mesma paz de espírito que tinha quando bateu o pênalti, ele só pensava em seu amigo de infância Renato, ou como ele costumava chamar traduzindo todo o afeto entre os dois: Amor.
Clézinho não via a hora de aquilo tudo terminar para encontrar seu amor e aí sim comemorar com quem realmente lhe entendia e amava.

Bento.

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Tudo Isso é Só Você.
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Sabe aquela alegria ao acordar uma hora mais cedo do necessário de manhã? É você.
Sabe aquela dançinha improvisada depois de terminar de falar com você? É você.
Sabe aquele sorriso bobo depois de fazer uma arte? É você.
E aquele caroço de feijão que o gato levou brincando até o canteiro de terra e a natureza se encarregou de dar vida a ele? Esse também é você.
Sabe aquela fotografia que toma minutos incontáveis da nossa atenção? É você garota.
E aquele beijo de despedida que era para durar dois segundos e acaba se transformando em vários beijos e puxões? É você, fato!
Aquele cheiro de chuva que dá vontade de cama e chocolate quente? É você também.
E quando acorda atrasado para ir trabalhar e descobre que é domingo? Evidente que é você.
Sabe quando achamos uma nota perdida no bolso da calça? É você.
Aquele gol de desempate aos quarenta e oito minutos do segundo tempo a favor do seu time do coração que faz gritar até engasgar? Esse é você.
Quando a joaninha pousa em seu ombro e você deseja que ela não saia de lá por um bom tempo? É você.
Sabe quando você descobre um chocolate no fundo da bolsa? Claro que é você.
E quando a rádio toca aquela musica que você adora? É você.
Quando descobrimos uma latinha de cerveja escondida no fundo da prateleira da geladeira, atrás da margarina? É você.
Aquele casal de velhinhos ainda apaixonados no banco da praça e você se pergunta se será assim com você também? É você com certeza.
Sabe aquele cheiro de café fresco que vem da casa do vizinho? É você sim.
Quando você entra na sala do cinema e descobre que a poltrona do meio na ultima fila esta vaga? É você.
E quando chega a hora de voltar para casa depois de um dia inteiro de trabalho e sabe que a pessoa dos seus sonhos esta te esperando para perguntar como foi seu dia? Esse sou eu.

Bento.

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Pestana (Cantiga de Ninar)
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Venha se juntar ao lado meu.
Quero conhecer o seu melhor.
Faça de conta que sou eu.
Aquele pedacinho de cipó.

Que te levará pra passear.
Na nossa floresta de algodão.
Perto do riacho de morango.
Com cobertura de limão.

Chame o passarinho lá do céu.
Convide o macaco pra dançar.
Vamos dividir os pirulitos.
Com nosso amigo tamanduá.

Só deixe as formigas pra depois.
Por que elas são muito gulosas.
Vão comer todo o chocolate.
Não sobrará nada pra minhoca.

Pegue o pedaçinho de cipó.
Está na hora de voltar pra casa.
O João Pestana já chegou.
Amanha é dia de escola.

Bento.

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Fotografias, Nada Mais...
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Todos os dias tenho feito minhas refeições na varanda.
Não que as estrelas falem comigo, é que me sinto mais próximo de você.
Todos os dias olho suas fotografias, como um mantra.
É como acordar, almoçar, trabalhar, jantar e dormir. E olhar suas fotografias...
Para isso não existem feriados.

Bento.

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Prozac é Outra Coisa...
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Pare tudo isso.
Ou então acelere de uma vez para chegar logo ao destino, ou quem sabe encontrar um muro pela frente que não dê tempo de frear, o que dá no mesmo.
Eu sei que sempre soube tudo sobre começo, meio e fim, mas só o que sei agora é que nada disso existe mais.
Talvez meus sonhos sejam tão malucos que será preciso dividi-los com outros, ou viver os dos outros. Talvez nem sonhe mais... Eu não sei nada sobre a paz, só conheço coisas que eu já pude experimentar.
Nunca entendi o sentido da frase: Menina dos olhos. Agora eu sei, mas isso não muda o fato de não saber nada sobre isso e ainda precisar parar, ou acelerar.
Eu desço neste ponto.
Adeus.

Bento.

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Tão Bela Até Corada.
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Não é que eu seja rápido demais, não é que eu seja ansioso demais, não é que eu seja impaciente, não é que eu não saiba esperar, nem pense que é fácil desistir, não é que eu tenha pressa.
É que é tão fácil gostar de você...

Bento.

Aquela Voz
(R. Bento)
Aquela voz me dizendo
Abra a janela para poder me ver
Eu ouvindo aquilo
Digo não abro, pois, não tenho porque
Ligo o radio bem alto
Essa maldita voz não me deixa dormir
Em tom suave ela diz:
Não adianta querido eu não vou desistir
Agora vê se entende
Eu só quero ficar sozinho no meu quarto
Mas vai ser impossível
Se você não consegue se manter calado
Só consigo pensar
Quem será o cretino e o que quer falar?
Com tristeza ele diz:
Só se abrir a janela conseguirá escutar
Refrão
Então com raiva eu abro e não vejo ninguém
A rua deserta e a brisa gelada
Me tocam o rosto me dão arrepios
Quando eu olho pra cama onde eu estava
Me vejo deitado com os olhos fechados
Com uma paz que há tempos havia perdido
Então eu percebo que a voz que eu ouvia
Era eu mesmo querendo entrar no paraíso.

Bento.

http://bentoolico.blogspot.com/2010/04/aquela-voz.html

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Canção ao Acaso
(R. Bento)
Então serei/ O mesmo cara que eu cansei/
De conviver/ Buscando a razão de viver/
Em outro alguém/ Pra me dizer como fazer/
Pra ser feliz/ E chegar onde nunca cheguei/
E dividir/ Os sonhos que eu tanto sonhei/
Pra me alertar/ Dizendo se esse sonho é real/
Então viver/ E só olhando a vida passar/
Sobreviver/ A espera do mundo girar/
E não girar/ Inerte nesse gélido fim/
Sem conseguir/ Olhar nos olhos da verdade/
E assumir/ A culpa pela flagelação/
Que eu me imponho/ Na punição de todos os meus erros/
Ir ao passado/ Atrás de respostas atuais/
Sem ver que sou/ Eu mesmo a solução dos problemas/
E aos poucos/ Matando o que sobrou de mim/
E falta pouco/ Pra que eu chegue nesse fim/
A cada passo/ A versos invadindo a cabeça/
Que eu repasso/ No quarto ao som do violão/
Sobre uma frase/ Que eu disse sem me perguntarem/
Que é você/ A coisa mais linda a minha vida/
Quando minhas mãos não puderem te tocar/
Quando minha boca não puder te beijar/
Quando seu sorriso não puder me alegrar/
Quando minha boca não puder te beijar/

Bento.

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Adeus.

Terminou.
O término de algo que não teve início
Foi um tira gosto
Uma entrada
Um pedaço de alguma coisa
O fim do início
Um sopro na ferida da carência
Um Declínio
Uma apologia ao proibido
Um suspiro
Foi um segundo
Um trago
Foi uma tira de jornal
Uma vida inteira de uma borboleta
Um fato consumado, inconsumado
Foi surpreendente
Incompreensivo
Sem explicação
Algo simplesmente confuso
Inacabado talvez
Destinado, quem sabe?
Foi precipitado, Provável
Um fio de esperança
Um ninho de poréns
Uma alegre tristeza
E Vice-versa
Foi um adeus programado
Um vestígio de alguma coisa
Talvez de um passado, um presente, um futuro
Sem futuro
Só presente
Sem passado
Um raio, um relâmpago
A orelha de um livro
Um raio, um relâmpago
Sem passado
Só presente
Sem futuro
Talvez de um passado, um presente, um futuro
Um vestígio de alguma coisa
Foi um adeus programado
E Vice-versa
Uma alegre tristeza
Um ninho de poréns
Um fio de esperança
Foi precipitado, Provável
Destinado, quem sabe?
Inacabado talvez
Algo simplesmente confuso
Sem explicação
Incompreensivo
Foi surpreendente
Um fato consumado, inconsumado
Uma vida inteira de uma borboleta
Foi uma tira de jornal
Um trago
Foi um segundo
Um suspiro
Uma apologia ao proibido
Um Declínio
Um sopro na ferida da carência
O fim do início
Um pedaço de alguma coisa
Uma entrada
Foi um tira gosto
O término de algo que não teve início
Terminou.
Adeus.

Domingo Chuvoso.


Por Que os domingos Chuvosos me lembram conchinha, filme e pipoca!!

Bento.

http://bentoolico.blogspot.com/2010/05/domingo-chuvoso.html

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O Povo.

O Povo É Deus
Mentira
O Povo É Pedra A Ser Lapidada
Quem Lapida? Deus
A Mente É Deus...
Mas A Mente Sábia
Pois A Mente Burra
É Povo A Ser Guiado

Bento.

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Vou Fazer Um Filme.

Vou Fazer Um Filme (R. Bento)
Vou sim, vou fazer um filme
Traduzir em imagens tudo isso que a gente esta vivendo
Mostrar, com senas de romance
As trocas de caricias que duram o dia inteiro
O cenária a cidade de São Paulo
Recriar o momento em que nós dois nos conhecemos
Compor, a trilha sonora
Com a musica que rolava no dia do primeiro beijo
Vou mesmo, vou escrever um livro
Narrando essa história de amor tão repentina
Vai ser um best-seller do romance
Eternizando esse casal a muitos séculos de vida
Na capa, nossa foto favorita
Na qual nós nos beijamos sem ligar se o mundo gira
Emocionar, casais que estão por vir
Rolando em suas paginas lagrimas de alegria
Vou mesmo, eu vou ter um filho
E contar pra ele o que eu estou sentindo agora
E torcer, para quando ele crescer
Poder então viver uma história como a nossa
Refrão
Penso em como tudo começou e não entendo
Incrível que eu tentei fugir porque eu tive medo
Culpa sua essa alegria toda que eu to vivendo.

Bento.

http://bentoolico.blogspot.com/2010/05/vou-fazer-um-filme.html

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Os Tempos Mudaram...
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Nos dias de hoje...

-Amor, anda logo com isso, vamos nos atrasar.

-Eu já estou terminando, calma.

-Eu tenho calma, quem não tem é o trânsito.

-Já estou quase terminando, só falta arrumar o cabelo.

Quinze minutos depois...

-Benzinho, a reserva do restaurante não dura para sempre. Se nos atrasarmos eles colocam outro no lugar.

-Poxa amor! Mais cinco minutinhos e nós saímos.

-Você disse a mesma coisa há dez minutos.

-É que você não entende, cabelo dá trabalho.

-Eu entendo, mas eu estou brigando por essa mesa há mais de seis meses.

-Pronto! Agora só arrumar a franja e estamos prontos para sair.

- Faz mais de meia hora que você está se arrumando. Meu Deus que demora.

-Já estou acabando...

-Paulo Henrique! Se você não sair da frente desse espelho agora eu vou ao restaurante sozinha.

-Tá bom, tá bom. Já terminei.

Bento.

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Ex Rico.
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Quando mais jovem eu podia ter tudo.
Bastava pensar, pedir com gana e vontade e eu sabia...
Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu alcançaria esse sonho.
É bem verdade que consegui uma parte desses desejos, os tive consumados e em alguns casos os desperdicei. Joguei-os fora como quem coloca o lixo para fora.
Tão mesquinho tão confiante de que poderia fazer e ter tudo.
O castigo enfim chegou e faz questão de mostrar que tudo que joguei fora foi melhor aproveitado por outras pessoas, assim como o lixo que é reciclado e se torna algo mais belo.
O valor que não dei, foi dado por outros.
Eu era rico e não sabia.
Agora vivo mendigando a vida.

Bento.

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O Beija-flor Sem Beijos. (Parte I)
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O Beija-flor sem Beijos.

Num lugar muito distante, onde a civilização não alcançara, aonde os homens não chegara com suas serras e não haviam arranha-céus, havia um Beija-Flor chamado Boris.
Ao contrario de seus irmãos Boris não podia voar, suas asas foram arrancadas por uma bruxa má que se disfarçou de anjo e nunca mais pode sentir o vento em sua face e penas.
Sendo assim Boris estava condenado a beijar apenas as flores terrestres, onde seu bico e patas pudessem alcançar.
Um dia em seu passeio pela floresta Boris andando com suas patas curtas beijava as flores ao seu alcance, algumas delas cooperavam com a deficiência de Boris e se inclinavam até o seu bico para que pudessem dividir o pólen, mas Boris já estava cansado de ficar aprisionado naqueles pequenos metros quadrados que suas patas podiam andar ele queria voar como seus irmãos, conhecer toda aquela imensidão de floresta que ainda não tinha desvendado.
Nesse dia Boris resolveu ir mais além, até que suas patas não pudessem mais agüentar. Boris muito cansado não desistia de andar e vislumbrar tantas plantas e flores que ele jamais havia visto, todas aquelas árvores imensas que ele não poderia alcançar, mas que agradavam seus olhos. Foi quando Boris ouviu uma voz suave, gostosa, que o fez parar a sua jornada e procurar de onde vinha aquilo que mais parecia uma canção.
Boris viu uma pequena rosa branca no alto de uma montanha, sozinha ali sem nenhuma outra flor ou planta para lhe fazer companhia, a rosa chamava por ele:

- Oi passarinho, tudo bem?

- Oi rosa branca. Tudo bem e você?

- Bem, como pode ver poderia estar melhor, afinal não há ninguém aqui perto de mim.

Boris notou que ao lado da rosa branca só havia pedras e terra, mas nenhuma outra flor.

- E porque esta sozinha nessa montanha?

- Ora, eu nasci aqui neste lugar tão alto, os passarinhos nunca se arriscam a vir tão longe. Sendo assim não posso distribuir meu pólen sozinha para que minhas irmãs possam nascer perto e me fazer companhia.

- Eu sei como é ficar sozinho, imagino que deve ser bem triste ficar aí.

- É... Mas você pode voar até aqui e me dar um beijo, assim resolvemos esse problema. Qual o seu nome?

- Meu nome é Boris e o seu?

- Meu nome é Branca. Prazer em conhecê-lo.

- Muito prazer Branca, mas infelizmente não poderei te ajudar. Eu não tenho asas, não consigo chegar tão alto. Por isso estou andando desde muito longe para chegar aqui.

- Puxa! Um passarinho sem asas? Como isso pode acontecer?

Boris então contou a história da bruxa má para Branca que ficou comovida. Triste por Boris e triste por ela que continuaria sozinha ali. Mas Branca teve uma idéia:

- Sinto muito por não ajudá-la.

- Tudo bem Boris... Mas já que não pode voar você pode vir me visitar todos os dias, assim fazemos companhia um ao outro.

Boris ficou tão animado com a idéia, que contou histórias, fez piadas, cantou e tantas outras coisas que fez para animar o dia daquela rosa sozinha. Todos os dias Boris voltava para perto de Branca para animá-la e mesmo nos dias de chuva se protegia com as folhas secas caídas no chão, tudo para não abandonar Branca.


Boris assistia todos os dias seus irmãos planejando suas rotas para descobrir mais e mais flores novas que pudessem beijar, ele via tudo aquilo e ao invés de entristecer-se como antes só conseguia pensar em Branca. Claro que o fato de não poder aproximar-se, de não poder beijá-la o deixava triste, mas só o fato de ter alguém que o esperava, que contava com sua presença, ter alguém que tinha o dia mais feliz só pelo fato dele existir já fazia de Boris o passarinho sem asas mais feliz do mundo. Porém, ouvindo os planos de seus irmãos percebeu que todos estavam planejando voar em direção da montanha que Branca se encontrava.
Os corações dos beija-flores batem quinhentas vezes mais rápidos que os dos humanos, mas o coraçãozinho de Boris agora era ainda mais rápido que as asas que um dia pertenceram ao seu corpo.
Boris correu ao encontro de Branca, Boris corria, pulava, caia e levantava-se, mas nunca parava de prosseguir, ele tinha que chegar até Branca antes de seus irmãos ou perderia o grande amor de sua vida.
Finalmente Boris chegou até Branca e viu seu sorriso ao vê-lo de longe, mas Boris só se preocupava em subir a montanha, tentava e caia, tentava e caia.
Seus finos ossos já pediam descanso, a corrida, a escalada e as quedas o machucavam e nem mesmo os gritos de Branca para contê-lo adiantavam.

-Pare Boris, o que esta fazendo? Você vai se machucar...

Boris não ouvia, ele tentava subir a montanha e rolava para baixo. Suas patas eram pequenas demais, além de muito cansadas e agora machucadas.

Finalmente Boris esgotou-se.

-Boris! O que está acontecendo?

-Os outros... Os outros beija-flores estão vindo para cá. Logo chegarão até aqui e beijarão aquela que eu amo tanto e quero para mim.

-Mas o que te faz pensar que eu deixarei que outro pássaro além daquele que mesmo sem asas e mesmo sem beijos consegue manter-me viva, alegre e cheirosa? Mais do que qualquer outra flor desta floresta.

-Mas Branca, é a natureza das flores serem beijadas...

-Querido Boris, é a natureza dos pássaros baterem suas asas e voarem e mesmo assim eu o vejo todos os dias fazendo o mesmo caminho passando por rochas, espinhos e predadores para chegar até mim. Mesmo assim vejo-o depois de todo esse caminho árduo chegando até aqui de sorriso aberto e disposição para fazer-me rir.
Ora Boris, essa é de longe a maior prova de amor que qualquer pássaro poderia me dar, é melhor que qualquer beijo e sei que um dia, um dia você conseguirá subir até aqui e finalmente me dar o maior e melhor beijo que uma rosa poderia pedir ao Criador.

Bento.

Inserida por BentoQasual

Como Que Escreve AMOR?
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Tenho costume de ler ao ir e voltar do trabalho dentro do ônibus, sempre mantenho um livro na mochila para abreviar a viagem e não gastar o sono da noite, vou intercalando os melhores livros e deixo os que menos me interessam para depois quando não houver opção, mas um em particular sempre se repete e nunca me canso dele.
Um dia desses peguei o livro de crônicas, já surrado e comecei a lê-lo e ao repeti-lo fiz de trás para frente , quando fui surpreendido por uma mulher sentada ao meu lado perguntando o porquê daquilo:
- Moço, me desculpe atrapalhar sua leitura, mas por que você começa a ler o livro pelo final?
Disse: - Não me incomoda de maneira alguma. Comecei a lê-lo pelo fim porque já o fiz três vezes e dessa vez resolvi fazer diferente para variar.
Percebi que é assim com o amor também, podemos nos reinventar e fazer com quê o mesmo conteúdo pareça diferente a cada dia. Tente beijar o amor como se fosse à primeira vez, com o mesmo carinho da primeira vez. Com o mesmo medo de não impressionar. Trate a saudade de horas como se estivessem passados anos e anos.
Afinal no amor quem vai escrever o final é você.

Bento.

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Dando de Ouvidos.
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Na mesa de bar rodeado de mulheres.
Via-se que qualquer homem ali presente já me odiava sem me conhecer, até os garçons me odiavam sem perceber.
Os músicos me odiavam em forma de canção.
Era possível ler os pensamentos através das feições, das rugas na testa, o ranger dos dentes misturava-se com o ritmo da musica, afinal: O que um moleque magricela como eu estaria fazendo numa mesa de bar com tantas mulheres?
Deixavam seus pares femininos a ver navios nas mesas, falando sozinhas para procurarem um motivo aparente para eu ser tão sortudo. O que eu tinha que eles ainda não possuíam?
Alguns pensavam: O que ele tem que eu ainda não comprei? O dinheiro em sua forma de sedução.
A maioria pensava: Preciso passar mais tempo na academia.
Alguns deles eu posso apostar que para diminuir o estrago da inveja machista que é normal nessa situação – a grama verde do vizinho parece sempre mais verde que a sua- diziam para si mesmo tentando em vão se convencer: Ele só pode ser gay!
Como na época da escola onde todo garoto que se infiltrava no grupo das luluzinhas era inevitavelmente eleito pela maioria, gay ou no português popular “Viado”, assim mesmo com “i” para não ser confundido com o animal. E em alguns casos era verdade. Eu mesmo compartilhava de tal opinião na época.
Só o que eles não percebiam é que não eram meus músculos que me ajudaram a estar naquela posição de macho alfa.
Muito menos eram meus carros importados e meu cartão de credito ilimitado que trouxeram tantas companhias femininas.
Definitivamente não era meu cargo influente na empresa que me garantiu um lugar naquela mesa. O que eu fiz para poder estar ali foi apenas abrir bem meus ouvidos, e prestar atenção ao desabafo feminino.
Pena para os bebedores de plantão presentes ali no bar que no meu caso eles estavam redondamente enganados, pois por mais sensível que eu possa ser. Por mais compreensível que eu procure ser. Jamais entenderei uma mulher como uma gay conseguiria. Mas não custa praticar...

Bento.

Dedica-se a: Jessica, Camila, Aline e Marcela.

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Zumbis das Horas
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Não a misericórdia para os amantes da vida.
Não se engane comigo, sou um apaixonado pelas coisas, as pequenas coisas da vida.
Alegro-me ao ver um mendigo no centro da cidade dançando ao som de uma boa musica, sem vergonha, sem se inibir por nós –Zumbis das Horas- chego a dizer que o invejo. Não pelo fato de não saber dançar, mas sim por não me lembrar da ultima vez que tive vontade de fazê-lo.
Alegrei-me ao ver uma pomba branca passar por mim e pousar adiante, talvez um sinal de tempos melhores. Me fez lembrar uma certa rosa branca que quando passar por mim gostaria que criasse raízes e me presenteasse com suas doces pétalas, porém eu, cravo que sou terei que me contentar com o sabor da chuva.

Bento.

http://bentoolico.blogspot.com/2011/03/zumbis-das-horas.html

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