Benjamim Marques
Caminha comigo e te prometo,
Independentemente da direcção,
Nunca largarei a tua mão.
Sorri para mim e me esqueço,
De todo o choro e sofrimento,
Que provem deste sentimento.
Abraça-me e te segredo,
Palavras de benevolência,
Que procuram a tua clemência.
Queria-te abraçar,
As nossas mãos entrelaçar,
O teu corpo contra o meu,
E o meu olhar cruzar no teu.
Nunca esquecerei esse olhar,
E como me fazia sonhar,
A forma que me animava,
Quando deprimido estava.
Penso no teu sorriso,
Para mim, o paraíso,
Nunca mais o terei,
Mas jamais o esquecerei.
Tanto é o meu desejo,
De sentir o teu beijo,
Sonho com o teu carinho,
Mas acordo sempre sozinho.
Foste tanto para mim,
Um amor quase sem fim,
Mas tanto te desiludi,
Que por fim te perdi!
Quando se ama, o tempo não cura, a distancia não acalma e as lágrimas não limpam, essa dor que te esmaga..
Quero ser mais, ser único e especial, quero dar mais de mim, ser menos meu e mais de alguém, quero chegar ao incansável e conhecer o inimaginável.. então lá quero me perder e encontrar um novo eu!
Amor, uma palavra, um sonho ou talvez uma ideologia. Muitos dirão que é fantasia, outros a razão da sua vida. Para mim, é algo genuíno e incomparável, é um sentimento de admiração e orgulho, de humildade e generosidade, de confiança e entrega. É algo indescritível e inimaginável, inexplicável e contagiante, arrebatador e extasiante. No amor o fácil, torna-se complicado e o impossível parece alcançável. É uma força que nos puxa para lá da razão, para lá da certeza. Quem o sente não quer perde-lo, e quem perdeu não quer esquece-lo, pois um amor, mesmo perdido, nunca desvanece, deixa em nós marcas que jamais o tempo apaga, a nossa individualidade fica para sempre adulterada. Graças a ele, moldamos a forma como pensamos, sentimos e agimos, esse amor, vivido de corpo e alma, é capaz de melhorar os mais difíceis aspectos da nossa personalidade.
Insónia,
Que coisa é esta,
Que não deixa dormir?
Procuro uma explicação,
Mas nada parece surgir.
Ideias,
Nenhuma me resta,
Talvez seja este cansaço,
Ou apenas a aflição,
Das saudades dum abraço.
Escrevo,
Para ver se adormeço,
Não parece resultar,
Pois continuo a escrever,
Este texto de embalar.
Penso,
E fingo que esqueço,
O motivo desta escrita,
Mas só queria resolver,
Esta insónia maldita.
Não te posso prometer riqueza, luxo ou sucesso.. Não te posso garantir aventura, loucura ou extravagância.. Apenas te posso prometer um ombro para chorares, a predisposição para escutar os teus desabafos, a sinceridade de um conselho para as tuas dúvidas.. e principalmente o desejo eterno de colocar um sorriso nos teus lábios, afinal de contas a tua felicidade é o principal motivo da minha!
Primeiro, o desespero,
Um grito difícil de acreditar,
Um choro que mais parece exagero,
Mas impossível de evitar.
Uma revolta para com o mundo,
Que me fez enlouquecer,
Por este sentimento tão profundo,
Que só a morte fará esquecer.
Depois, a frustração,
Dia após dia o esperar,
Que me dê este coração,
Um propósito por que lutar.
O acordar sem vivacidade,
Pela mágoa desta ferida,
Que provoca uma infelicidade,
Que já passa despercebida.
Por fim, a resignação,
O valorizar daquilo que está para vir,
Por mais que fique a sensação,
Que tanto mais poderia ali existir.
Aprendi a escrever em vez de chorar.. Para mim escrever é terapia, é um peso que sai de cá de dentro.. um desabafo da alma!
Limpa as lágrimas, afasta as mágoas e luta pelo possível, o impossível, esse, deixa o no recanto do teu coração, na imaginação dos teus sonhos, para que um dia possas de novo tentar, tornar o impensável realidade.
Mas afinal qual o sentido da vida? No fim de contas, o que nos fará pensar se seguimos o caminho correcto?
Para mim é sabermos que sentirão a nossa falta, que as ligações que criamos, fizeram diferença na vida dos que nos rodeiam. Sabermos que as nossas acções, os nossos sacrifícios, tiveram significado para aqueles que nos são mais próximos.
Afinal de contas viver é dar tudo pelo outro, por amor, por amizade ou por compaixão. Através da marca que deixamos nessas pessoas, deixamos também uma marca neste mundo que um dia abandonaremos.
Um dia conheci uma menina, o seu sorriso era magico, tudo brilhava ao vê la sorrir, a sua alegria era contagiante, sincera e única, ela revelava um amor pela vida, que fazia qualquer um pensar, que segredo esconde ela para tornar tudo tão simples!?
Tive a sorte de a conhecer, de a ter a meu lado, de ter o melhor que ela tinha para oferecer. O seu olhar transformava tudo que havia em mim, quando
era triste fazia me querer muda-lo, quando era um olhar de desilusão fazia me sentir envergonhado, quando era apaixonado tudo parecia belo, quando era feliz fazia me sentir realizado. O seu toque era arrepiante, fazia querer parar tudo e sentir aquela sensação para sempre. O seu abraço era acolhedor, calmante, mais que um abraço era um aperto que me aquecia a alma.
Sentir o seu corpo gelado junto ao meu, não há forma de descreve-lo, aquece-la juntinha a mim trazia uma sensação de paz, de amor, uma sensação de tal forma extasiante que quando ela dizia: "Já é tarde tenho de ir..", não conseguia largar, queria a ali, no silêncio daquela cama, para toda a noite, para toda a vida.
Adorava vê-la dormir, acarinha-la enquanto ela, como quem sente que está ali alguém para a mimar, se aconchegava juntinha a mim. E até a forma como ela ressonava e ás vezes se babava me apaixonava, vê-la a acordar desajeitada, envergonhada enquanto dizia: "Estava a ressonar bebé?" , nesse momento adorava olha-la nos olhos e timidamente lançar lhe um sorriso, beija-la e pensar para mim: "Amo te mesmo assim, és perfeita para mim.".
Surpreende-la e ver a sua expressão tímida e desajeitada, sem saber o que dizer ou o que fazer, fazia me corar, ficar tão desajeitado como a vira ficar, esses momentos faziam me nunca querer deixar de ver a sua reacção ao surpreende-la. Adorava ouvir la dizer: "Oh bebé!", para o bem e para o mal, tinha se tornado a nossa forma única de dizer, Eu Amo-te tanto.
Ela, era o mundo para mim, ali tão pertinho de mim fazia me sentir que tinha tudo o que alguma vez necessitava. A tristeza que me assombra por não a ter mais, faz me derramar muitas lágrimas de arrependimento, por sentir que por ela, devia ter dado mais, devia ter feito tudo o que parecia impossível, porque ela merecia, porque por ela nada era demais e tanto era o meu desejo de tudo lhe dar.
Nunca esquecerei essa menina de olhar doce, e quando penso nela, depois de derramar uma lágrima, nunca deixarei de lançar um sorriso, porque para alem da saudade fica a alegria de um dia a ter tido.
Vivo sem sentido,
e neste mundo ando perdido,
pois sinto-me culpado,
pelo amor me ter escapado.
Nunca esqueço o sentimento,
da tristeza daquele momento,
momento em que tudo acabou,
e a minha vida se desmoronou.
Vagueio no mundo desde então,
sem conseguir esquecer esta paixão,
fazendo por vezes uma lágrima escorrer,
por tanto eu desejar te rever.
Tento esconder me na recordação,
que tenho presente no coração,
como posso algo ignorar,
se nela penso dia e noite sem cessar?
Imagino o que seria,
se melhor mostrasse o que sentia,
mas agora está acabado,
e tudo faz parte do passado.
Tudo me lembra de ti,
e de como um dia me senti,
por dizer que me amavas,
muito mais do que esperavas.
Por vezes eu sorrio,
por vezes fico triste e frio,
nem tudo no namoro teve sentido,
mas o melhor foi ter acontecido.
Fingo estar a superar,
quando na verdade quero chorar,
por um amor ter perdido,
que jamais será esquecido.
Feliz daquele que não se sabe que feliz é,
Daquele que vive com um contentamento inocente na alma,
Um contentamento despercebido, que foge à razão,
Um contentamento vivido inconscientemente.
Na vida por vezes há certos momentos, momentos que poderiam ter sido muito mais aproveitados, explorados. Mas a vida manda-nos por outros caminhos, e a cada passo dado por esse caminho mais nos afastamos daquele momento, até que um dia passa a recordação, e aí sonhamos com o que poderia ter sido e não foi, o que poderia ter sido dito mas ficou no silêncio do olhar.. Um sonho daquilo que desejava mos que não se perdesse, daquele momento, que agora é lembrança e que deixa saudade.