Benevides Garcia
"Pelos caminhos da noite
Em vão busco a mim mesmo
Dentro deste que hoje sou.
Entre espinhos, que ora vejo
à beira desta longa estrada
de rosas outrora enfeitada...
Neste caminho tristonho
povoado de vultos estranhos
embalde procuro minha sombra
naquele que um dia fui
neste que não sou mais..."
"E preciso construir pontes...
É preciso se acercar da alegria...
Viver alem da própria vida...
Ser viajante dos sonhos...
Ser feliz!...
in "Ainda há tempo..."
"Todas as noites são de silêncio quando tu não estás. Nas saudades que chegam há lembranças da tua ternura... Aquieto-me com a solidão, enquanto na quietude de algum lugar jaz um cofre esquecido onde guardas meu sonho e minha paz"
As pessoas que amamos são eternas.
Não morrem nunca.
Elas continuam vivas em nós,
junto à nossa alma e em nossos pensamentos.
O amor vagueia feito música pelos campos das colheitas verdes que perderam a memória dos dias de sol...
“Eu te procurei nas estrelas
E nos olhares dos viajantes...
Mas ficaste perdida
No meio da noite
E as coisas impossíveis
Te fizeram prisioneira
Dos pensamentos
Sem acordo, sem razão.
E havia perfume de rosas no ar...”
“Foi assim que comecei
a descobrir que
Felicidade é uma ave passageira,
que voa horizontes
no coração de poucos seres,
e que muda e se transmuda...”
“Quando fala o coração
não há necessidade de palavras.
O teu amor vive em mim
como verdade e silêncio...
Isto é toda felicidade
que se pode ter.”
“O dia amanheceu
com ares de poesia...
O sol amarelo
coloriu as flores do jardim.
Uma saudade inquieta
trouxe lembranças tuas...
... misturadas aos restos de paixão.”
É preciso se acercar da alegria...
Viver além da própria vida...
Ser viajante dos sonhos...
Ser feliz!...
“...venho de um lugar
Onde o tempo parou para descansar
E a poesia passeia pelos jardins
Nas asas das borboletas -
- E há música no ar...”
(in “Alegria ansiosa”)
“Depois da chuva
Abrirei minha janela para a alegria
E por uns momentos
Esquecerei das dores do mundo...
Depois...
A vida continua...”
“Onde terei deixado meus sonhos do amanhã
Se de mãos vazias
Esqueci de dar corda para o meu coração?...”
“Ainda há pouco estavas aqui
Tua voz cantava nos sonhos da vida
Teus passos faziam nossos caminhos...
E agora, onde andarás?
Onde brilhas a tua estrela?
Onde derramas o teu amor?”
Eu não sei ser sozinho
Há muito de mim pelos caminhos
Todas as lembranças que deixei pelos barrancos
Todo o meu amor que se perdeu entre os espinhos...
“Minha saudade parece infinita:
Ela vem de séculos.
Caminha por muitos cantos
E beija as almas nas lembranças doces...”