Bartolomeu Araújo Guimarães, Roberto.
A loucura,
"Nos mares dos sonhos, um infinito qualquer; Os grandes mistérios da vida são conhecimentos ofertados, dados à quem quiser.
Lástimas e prantos são formas de alegria, risos e danças são formas de agonia.
Como pode a vida ser tão doce, um doce de um amargo tamanho? Como a felicidade pode ser tão tênue, fruto de uma tristeza ou sentimento tacanho?
Se ter a verdade é parecer ser irreal, logo é fruto de uma inverdade, mentiras em que não tem igual.
Estar preso num sonho, sonho de um infinito qualquer, aonde o certo parece estar errado, e o errado é o que há de mister.
Se é loucura não sei, eu só sei que é surreal, algo tão extraordinário que beira ao sobrenatural... Sou louco, pois enxergo a verdade através da mentira, e isto também, é um mar de sonhos aonde a vida gira, e gira, e gira..."
Anônimo.
"Existem pessoas que tocam a gente, outras até que nos tocam o coração. Mas existem aqueles que vão mais além, e conseguem tocar a nossa alma; A estes, chamamos de AMIGOS, pois alcançaram um lugar aonde poucos conseguiram chegar..."
O ciclo da vida
Abri os meus olhos, ainda o firmamento carregava um pouco da escuridão da noite que se dissipava, linda aurora. Contemplei um céu cinzento, chuvoso, frio... Olhei para a paisagem que estava diante da minha visão e fiquei a observar o cair da chuva, gotículas de água velozes que precipitavam-se ao chão e escoavam pela arestas das calçadas e pelas partes não pavimentadas. Aquela água de chuva serpenteava pelas ruas e valetas, alagavam, transpunham, invadiam espaços antes vazios... Somos todos iguais!
O confortante barulho da chuva, proveniente do atrito da água ao solo pareciam que queriam me ensinar algo, suas vozes clamavam desde minha alma, e continuavam a falar... Falavam do segredo da vida, do viver, e da morte e do renascimento. Percebi naquele exato momento, que a vida é como a chuva em seu ciclo infinito, interminável... Somos todos iguais!
Senti-me de todo feliz em observar e entender a beleza que a natureza me fazia compreender: e falava comigo o quão importante é viver... E me veio o entendimento: Somos todos iguais!
viemos do alto como a chuva passamos por aqui, e vivemos povoando espaços vazios, transformando paisagens, hora trazendo vida, hora trazendo morte e destruição. Após percorrer longos e incessantes caminhos, evaporamos como num sopro leve suave, impetuoso, subimos novamente ao nosso lugar de origem, como a água que retorna aos céus. Enquanto caminhamos pela terra, assim como a água, somos selecionados, classificados, temos nossas características expostas através do grau e conteúdo. Acolhidos, moldados, transformados pelo destino e pelas nossas próprias escolhas, Ainda somos todos água, iguais na essência e ao mesmo tempo tão diferentes na forma, alguns engarrafados outros de poças de lama outros de fontes limpas outros de fontes contaminadas...
Grande mistério é este, sermos tão iguais á água, e que poucos sabem e compreendem que tudo faz parte de um enigma tão grande quanto o próprio universo, ou tão simples quanto a simples observação filosófica de uma chuva. Pois a verdade é que enquanto caímos ou subimos estamos e somos, todos iguais. Somos todos iguais, somos todos iguais. Eu, você e as águas da chuva. Somos todos iguais