Bárbara Swthel
Porque éramos nós
(Inspirado no romance de Elaine Araújo Brito)
Entre as margens do desejo e do dever,
nos encontramos, dois rios, a correr.
O silêncio gritava o que a vida calou,
e no espelho dos olhos, o amor despontou.
Eu, prisioneira de um lar sem calor,
você, refém de promessas de dor.
Nossos passos dançaram no tempo perdido,
um pacto selado no chão proibido.
Culpa e redenção, num laço apertado,
o ontem nos pesa, o hoje é roubado.
Mas entre os dedos, o toque é verdade,
um grito de alma, clamando liberdade.
Se fomos errantes ou amantes do instante,
quem pode julgar o que foi tão marcante?
Porque éramos nós, no caos e na paz,
um amor que rasga, mas nunca desfaz.
E no eco das escolhas, o que restará?
Uma memória do fogo que nunca se apagará.
Porque éramos nós, e mesmo no fim,
o amor será sempre a linha sem fim.
O Amor Que Renasce
Ah, que o mundo não seja o fim do amor,
Nem da esperança que pulsa em nós,
Que o sofrer não cale a doce voz
De quem insiste em crer na flor.
Se a paz não é amor, que seja o começo,
De um renascer que cura a dor,
Pois quem se fecha ao fogo e ao calor,
Perde no peito o único endereço.
Amar é querer, é ousar sentir,
É cair nas águas e aprender a nadar,
É errar, mas nunca desistir,
Que o amor renasce em seu bailar,
Pois mesmo que a dor parece persistir,
É no amor que a vida volta a brilhar.
O Peso de Amar Demais
Dizes que ama e cuida, com devoção,
Mas quem carrega esse amor na mão?
Se ao outro nega o espaço e o ar,
Que tipo de amor está a oferecer?
É belo querer bem, querer sempre perto,
Mas o amor precisa de um campo aberto.
Ele é sutil, é mão contínua,
Não algema, não impõe saída.
Cuidado e amor, tão fácil de confundir,
Mas quando o zelo aperta, faz o outro fugir.
Amor de verdade é brisa e brando toque,
Não o peso de um eterno bloqueio.
Dizer que alguém é a melhor coisa da vida
É leve no som, mas profundo na lida.
Será que quem ama também permite voar?
Ou teme que o outro se vá ao ar?
Reflete se o amor não sufoca o peito,
Se não é uma forma de querer do teu jeito.
Pois amor é um rio que sabe correr,
Não busca reter o que deve crescer.
Liberdade
Amor que prende, amarra e cega,
Que quer ter para si, e não sossega.
Confunde o zelo com a prisão,
Chama de amor o que é obsessão.
É querer ter em jaula o passarinho,
Roubar-lhe o voo, cortar-lhe o caminho.
E quando ele chora, implora o ar,
Diz que o sufoco é só por amar.
Esse amor de notas, de desespero,
É mais temor, é menos zelo.
Quem ama o outro sem opressão
Ama o mundo que há no coração.
Porque amor real é liberdade,
É saber que se fica pela vontade,
É cuidar sem algema, sem corrente,
Sem vigiar, sufocar a mente.
Quem ama deixa o ser alçado,
segura na mão, mas não faz nó.
E entende que amor de verdade,
É laço leve, não aprisiona em pó.
A Prisão da Ansiedade: Como se Libertar
A ansiedade pode ser uma prisão invisível, que prende a mente e tira a paz. Mas você não precisa viver assim. Vamos explorar juntos maneiras de entender e transformar essa sensação, trazendo um rompimento e um novo começo para sua vida. Dê o primeiro passo para a liberdade e permita-se descobrir que existe vida além das notas de ansiedade. Respire fundo e vem comigo nessa jornada!
Permita-se
Seja paciente com você,
como o rio que molda a pedra, sem pressa, sem temer.
Permita-se o descanso, o abraço da calma,
um sorriso leve, que aquece a alma.
Mire o horizonte, mesmo em dias cinzentos,
onde o sol escondido ainda guarda seus talentos.
Dê-se o mimo de uma pausa serena,
pois até o vento relacionado em sua cena.
Respire fundo, acolha o agora,
o tempo não corre, apenas se demora.
Você merece o toque suave do dia,
e o brilho constante de sua própria companhia.
Nos Meus Erros Há Vida
Amar minhas falhas, sem medo ou recebimento,
são marcas do caminho, trilhas que vieram.
Enxergar beleza no erro, no tropeço,
cada queda me ensina a ser mais denso.
Nos meus erros há vida, há aprendizado,
cada curva errada me deixa mais lapidado.
Cresço com eles, não fujo ou me escondo,
pois é na escuridão que encontro o meu fundo.
Evoluir com cada passo imperfeito,
desenhar novos rumores, sem medo, sem jeito.
Sou um mosaico de erros e acertos vívidos,
e, por isso, me amo, me aceito, sou íntegro.
Solte o Nó - Abra o Peito Sem Medo
Às vezes, a ansiedade pesa, nos afunda,
como águas profundas que puxam para a imunda.
Mas lembre-se, falar é luz, é respiro,
é o primeiro passo, o mais firme suspiro.
Desabafar é tirar o peso do peito,
é dizer ao silêncio que já não tem mais jeito.
Cada palavra é como âncora solta,
permitindo que o coração de novo se revolte.
Você não precisa carregar tudo sozinho,
há força em dividir, em pedir carinho.
Falar é o começo da leve subida,
é lembrar que, mesmo nas sombras, há vida.
Solte o nó, abra o peito, sem medo,
cada desabafo é um passo, é um enredo.
E assim, aos poucos, a luz vai crescendo,
e o que te afundava, você vai vencer.
A Dor Não É Sua Essência
Depressão, um peso que insiste em ficar,
uma sombra densa, difícil de afastar.
Mas lembre-se, mesmo no céu nublado,
existe o sol, escondido, mas dourado.
A pressão pode ter fim, não é para sempre,
há uma luz ao longo, mesmo que ausente.
Pequenos passos, um dia de cada vez,
mesmo que pareça difícil dessa vez.
Permita-se sentir, sem pressa de ir embora,
há força em se permitir viver cada hora.
Aceite o abrigo dos que ao seu lado estão,
há poder em pedir ajuda, em estender a mão.
A dor não é sua essência, é uma estação,
e todo inverno encontra sua nova canção.
Por isso, mantenha-se firme, há vida à espera,
e uma versão sua que floresce e impera.
"Mais motivador que não ter resultado? Saber que, no caos, fomos obrigados a descobrir forças que nem sabíamos ter. É aí que nasceram as maiores revoluções pessoais."
Um dia você vai se lembrar de todas aquelas vezes que tentei falar com você e você não me ouviu.
Vai se lembrar de quantas vezes eu te disse que sua atitude me magoou e você me ignorou.
Vai se lembrar de que eu avisei que estava te perdendo e você não acreditou.
Vai se lembrar de tudo de bom que fiz por você e você não deu valor...
Vai se lembrar das vezes em que desistiu para salvar nosso relacionamento, mesmo quando não tinha razão.
Vai se lembrar dos meus beijos, dos meus carinhos, da minha gargalhada, dos meus detalhes, do meu olhar, da minha forma de cuidar de você, de cuidar de você e te dizer "eu te amo", enquanto tocava o seu rosto. Você vai se lembrar das minhas piadas, da minha seletividade e até de tudo aquilo que você chamou de toxicidade em mim, para não aceitar seus erros.
Eu fiz de você uma prioridade e não fui prioridade para você.
Agora você vai ter que lidar com o meu silêncio e com a minha ausência, porque quando você deixa de pedir atenção e não tenta mais conversar, é porque já desistiu e não quer mais brigar...
E você pensa que eu amo do seu jeito , mas eu não quero mais esse jeito absurdo de amar.
Vai se lembrar de tudo o que fiz para ficar e de tudo o que você fez para mim fazer ir embora, e vai sentir minha falta.
Espelho, espelho meu
Descabelada ou bem certificada,
a essência é sempre respeitada.
Entre cremes, sonhos e perfumes,
a beleza vive nos seus costumes.
Cuide do rosto, da pele, do olhar,
pois o brilho vem de se amar.
Mas lembre-se, mulher, com todo fervor,
o mais belo cuidado é com seu interior.
Faça as unhas, escolha um batom,
mas ouça sua alma no tom que é bom.
Seja dança, silêncio ou um banho quente,
cuidar de si é estar presente.
Nem só de viver a verdade,
mas de maquiar sua própria realidade.
Descabelada ou em fina produção,
você é o centro de sua criação.
No Palco Dos Dias
A vida é breve, um toque, um suspiro,
um eco suave, um respiro sutil.
Entre sombras e luzes que surgem a surgir,
ela fez do sorriso seu jeito de existir.
No palco dos dias, dançou sem recebimento,
fez do caos poesia e do medo, esteio.
Cada riso que dava, plantava esperança,
tecendo no peito a força da criança.
Se o mundo era rude, insistiu em florir,
se a dor lhe batia, aprendeu a sentir.
Na leveza do riso, achou seu poder,
escolheu ser farol para quem quer viver.
A vida é curta, mas nunca vazia,
em cada manhã renasce a alegria.
E ao escolher sorrir, tão plena, tão sua,
mostrou que a luz também vem da rua.
Ser Inteiro, Ser Sereno
Amor não é capa, nem mágica solução,
é parceria leve, olhar com conexão.
Não molda o outro, mas deixa crescer,
um espaço seguro pra ambos florescer.
Autossabotagem é medo fantasiado,
uma voz que sussurra: "Fique parado."
Mas e se você tentar, mesmo sem certeza?
A vida recompensa quem escolhe a leveza.
Autoestima é treino, não surge do nada,
é falar consigo com fala delicada.
Solte as comparações, viva sua versão,
a grama é mais verde onde há dedicação.
Nos relacionamentos, somos laranjas completas,
não metades perdidas, mas almas discretas.
Juntas somamos risos, respeito e calor,
plantamos raízes e colhemos amor.
A vida é mais leve quando malas soltamos,
carregando apenas o que nos tornamos.
Entre erros e passos, seguimos em frente,
crescendo, vivendo, sendo resilientes.
Escrevo pra tocar, inspirar e acolher,
mostrar que é possível sentir, renascer.
Seja na poesia, ciência ou reflexão,
sou palavra que vive em busca de conexão.
Minha vida é a poesia, verso em construção,
um mosaico de sonhos, costurado à mão.
Entre rimas de luta e estrofes de amor,
sou palavra que sente, transforma e tem cor.
Estilhaço e Cristal
Eu sou caos em forma de frase,
tempestade que não se atrasa.
Escrevo com fogo, sem hesitar,
um vulcão que não sabe parar.
Invejo os que planejam com calma,
que moldam palavras como quem esculpe a alma.
Mas eu sou o instante, sou explosão,
sou verbo que pulsa direto do coração.
Enquanto arquitetam, eu já vivi,
já mergulhei fundo, já me perdi.
Meu impulso é arte, é visceral,
sou estilhaço, mas também sou cristal.
Amanhã Não
Ei, você, já fez o que podia?
Já deu seu melhor nessa dança do dia?
Amanhã é um mito, promessa vazia,
mas hoje é semente que vira poesia.
Não precisa ser grande, nem ser perfeito,
basta um passo dado com todo respeito.
A vida se move com ação no presente,
então vai lá, tenta, se faz diferente.
Esperar é um luxo que a alma não quer,
o tempo só anda pra frente, se é.
Então faça agora, do jeito que for,
pois cada esforço já é um louvor.
O Presente que Escapa: Entre Laços, Lapsos e o Agora
O presente é a agora que não se prende,
Um instante que escapa pelas frestas do tempo,
Como areia entre os dedos,
Invisível, ainda assim tangível.
É o segundo que te chama à atenção,
Mas que, ao ser percebido, já é passado.
O presente é uma oferta efêmera,
Um laço desfeito com o primeiro puxão.
Às vezes, ele chega embrulhado em papel de expectativa,
Com fitas de promessas que desatam lentamente,
Outras, é o silêncio de um dia comum,
Sem laços, sem pompa, apenas presença.
E há o presente irônico,
Que te prega peças com suas surpresas inesperadas,
Te dá o que não pediu,
Ou o que já tinha esquecido de desejar.
Há também o presente que vem das mãos cansadas,
Um ato de autocuidado num banho quente,
Num café tomado devagar,
Um gesto singelo de gentileza consigo mesmo.
Alguns presentes não cabem em caixas.
São momentos, são pessoas,
São olhares que falam mais do que palavras,
Ou aquele abraço que diz: “Estou aqui”.
E então, há o antipresente,
Aquele que, em vez de dar, tira,
Que se manifesta na ausência,
Não que não veio, não que não é.
Você enviou
O presente é também o tempo que desafiamos,
Quando adiamos nossos sonhos para um amanhã
Que, quando chega, já é tarde demais,
E nos resta só o arrependimento de não ter vivido o agora.
O presente é o paradoxo do real e do fugaz,
A certeza da incerteza,
O tesouro que se encontra no aqui,
Mas que só os atentos dão ver.
Então, o que é o presente?
É o agora, o efêmero, o toque de mãos,
O sorriso inesperado,
Ou o silêncio reconfortante da solidão.
O presente é o que você faz de si,
Um espelho do que decide aceitar ou rejeitar,
É o tempo que você olha de frente,
E espera que você o veja antes que ele passe.
Pode dar tudo errado, mas pelo menos terminei o ensino médio e a faculdade, tirei minha CNH e não engravidei!
Tinder: o Cardápio Humano
Deslize para esquerda, desprezo banal,
Deslize para direita, um toque tão raso e virtual.
Somos fotos, permissão, breves menções,
Corpos que competem por rápidas atenções.
Cardápio humano, desfile de rostos,
Desejos filtrados por algoritmos postos.
Quem somos, afinal, além do sorriso?
Máscaras perfeitas num jogo impreciso.
Superficialidade na palma da mão,
Emojis substituem o coração.
Conexão dupla, laço fugaz,
Como se o amor fosse algo que se fizesse.
O dedo deslizou, a alma não sente,
a Humanidade virando produto, indiferentemente.
Vazios preenchem vazios alheios,
Sem reflexo das telas, só espelhos.
E se, ao invés, parássemos para olhar,
além da carcaça, tentar enxergar?
Não somos cardápios, não somos fast-food,
Somos histórias, mundos a serem ouvidos.
Deslize pra dentro, mergulhe em si,
A cura talvez comece aí.
No silêncio do toque, na troca real,
Onde o amor não é deslize, mas algo vital.
Chama que Escreve: A Poetisa de Cabelos de Fogo
Ela tem fogo nos cabelos
uma chama que dança ao sol
e nas linhas de seus poemas
carrega o mundo em anzol
Com 23 primaveras vívidas
mas alma que parece mil
escreve sobre o que dói e encanta
fazendo da palavra um perfil
É poetisa de dias intensos
tecendo o que sente e vê
um turbilhão que vira verso
um universo em cada "por quê"
Ruiva, como a cor do pôr-do-sol
ela transforma a vida em arte
E quem lê, não esquece o brilho
pois seus poemas fazem parte
O Fogo Que Não Se Apaga
Ele me pediu calma,
mas não sabia
que meu caos era poesia.
Tentei me moldar,
mas sou vento,
sem argila.
Queria me entender,
mas sou oceano,
não piscina tranquila.
Achou que poderia me conter,
mas eu transbordo
em cada esquina.
Eu não sou linear,
sou curva,
sou chama,
sou ruína.
E quem quiser,
que dance com meu fogo,
sem apagar minha sina.