Barão de Itararé
Barão de Itararé nasceu na cidade de Rio Grande, no interior do Rio Grande do Sul, no dia 29 de janeiro de 1895. Em 1906 ingressou no colégio Nossa Senhora da Conceição, em São Leopoldo. Em 1909, já escrevia para seu jornal manuscrito intitulado “Capim Seco”. Após deixar o colégio, ingressou na Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Em 1980, durante as férias, sofreu um derrame que o obrigou a abandonar a faculdade.
Começou a escrever artigos e sonetos para jornais e revistas. Em 1925 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como articulista no jornal O Globo e em seguida ingressou no jornal “A Manhã”. Nesse mesmo ano, estreia na primeira página, com seus sonetos de humor, geralmente com temas políticos. Em 1926 começou a escrever a coluna “A Manhã Tem Mais”, sob o pseudônimo de “Apporelly”.
Com o sucesso da coluna, no dia 13 de maio de 1926, abandonou e emprego e fundou o próprio jornal “A Manha” (sem o til), um tabloide de circulação nacional. Em 1929 o jornal circulava como encarte do jornal "Diário da Noite" de Assis Chateaubriand. Em 1930, época da revolução, com sua irreverência, se autoproclamou “Barão de Itararé”. No dia 2 de setembro de 1932 é preso após fazer criticas ao governo instalado pela revolução.
O Barão de Itararé participou ativamente da política, foi militante e um dos fundadores da Aliança Renovadora Nacional. Foi preso diversas vezes durante o Estado Novo. Em 1947 candidatou-se e foi eleito vereador do Rio de Janeiro, Pelo Partido Comunista Brasileiro, mas no fim do ano o partido foi cassado e o Barão perdeu seu mandato.
No final dos anos 50, deixou o humor e se dedicou ao estudo do esoterismo, da filosofia hermética, do Egito Antigo e de astrologia, criando o “horóscopo biônico”. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 27 de novembro de 1971. Em 1985 foi publicado o livro, “Máximas e Mínimas”, com uma seleção de seus textos de humor extraídos do jornal “A Manha”.