Balada para Sophie
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Nunca percebi muito bem por que raio se oferecem flores às pessoas. É um prazer muito sádico. As flores não duram nada. Qual o prazer de ver as coisas a murchar e a morrer? Parece que servem para nos lembrar do nosso próprio prazo de validade.
Podem ocupar o nosso país, mas nunca vão ocupar a nossa alma.
Quando os holofotes se apagavam, ficava apenas um enorme vazio.
Esta casa está cheia de memórias e de fantasmas.
É curioso, com o passar dos anos, os dias duram menos. Passa tudo a correr. Aprendemos a aproveitar melhor cada bocadinho.