Bàbá Fábio de Airá (20012020)

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A prática de evoluir enquanto religião, é necessária e Vital para a sobrevivência do culto em uma sociedade que galopa no aperfeiçoamento dos seus conceitos e interações sociais. Não podemos sobremaneira exigir os preceitos aplicados no século passado a um iniciado da atualidade.
Porém muito cuidado nessa adequação aos dias de hoje!! Devemos ter muita cautela para não alterar "àwos" que são fundamentais para garantir os laços com o Sagrado. Existem alguns detalhes que são fundamentais para a manutenção destes laços, alicerces e dogmas que são imutáveis para que o segredo não se perca, para que o culto continue digno dos nossos Deuses.
Como diz Bellah, a religião é uma maneira de ser. Nós também podemos encará-la como uma maneira de sentir, uma maneira de sentir juntos. E esse "juntos" se refere diretamente à sociedade atual, onde manter algumas regras e preceitos do passado, pode e vai nos afastar do "todo", do grupo ou comunidade a qual pertencemos. Ou seja, sem evoluir estaremos no caminho contrário ao princípio da propagação da palavra de qualquer culto ou religião que deseja se perpetuar.
Gostaria de citar também o jornalista Ambrosino que fala que importância da experiência religiosa compartilhada não pode ser desconsiderada já que, na história, a evolução da religião humana é inseparável da cada vez maior, evolução da sociabilidade hominídea.
Isso é fato, não são Delírios de um Babalorixá dos Tempos Modernos. São termos que devem ser considerados sim, diante a orientação e o zelo responsável de um Egbé.
O comando e a orientação no passado, digo 50 ou até 100 anos atrás, policiava e tratava preceitos e obrigações inerentes àquela época. Eles se comportavam normativamente no sentido de correção e obediência, ou até mesmo à tentativa de punição aos desvios de um estado ideal e moral pertinentes aos costumes de então. Costumes estes, muitas vezes branco e ainda entrelaçados aos costumes da Senzala.
A pergunta que se estabelece para uma ampla reflexão e debate, é : Qual é o estado ideal e socialmente moral dos tempos atuais?
Que Xangô nos traga caminhos de sabedoria.
Àṣẹ irẹ aos irmãos!