O humano para ser humano precisa devorar o animal no humano sem que seja animal.
O ser humano nunca será humano, porque o animal no humano sempre será animal.
A falta me toca bem mais que a posse.
Como se a sorte não fosse a raiz de toda conquista
A verdade é escrava da linguagem
A dor é a extrapolação do prazer.
No fim do final do cansaço: só osso, só resta o pó.
A fruta apodrece; falece a montanha e vai-se ser garfo, cadeira ou suporte. E ninguém permanece
Se agarre ao desespero, pois ele guiará você.
Há mistérios e você indigno é, por tamanha pequenez.
De cá, tudo é nada sem você.
A mendicância me oprime a ser mais tola.
Eu sou o Rei do Reino do Nada.
O âmago é a fundição secreta dos esboços d’alma
Na unidade as discrepâncias cessam como a tempestade.
Todo vazio é vazio de um outro vazio.
O mundo não cabe em palavras.
A galinha me encara tão séria. De cabeça baixa: a frigideira. O seu filho ela não o verá ciscar.
A natureza é um eterno consumir-se em renovações constantes: Big Bang. Big Crunch.
Ser feliz é escalar o Everest e no pico, após tudo contemplar, saber: é preciso voltar para casa.
Sob os ossos das paixões sepultadas, o amor enraizará certezas e florescerá; há de se espalhar.
De pressa em pressa, das humanas pressas, a morte enche o papo.
No deserto qualquer brisa refresca.
Prefiro ser chato. O irregular não serve pra mesa.
De tudo que há em mim o que mais incomoda é a falta.
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