B. R. De Oliveira

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⁠O humano para ser humano
precisa devorar o animal no humano
sem que seja animal.

⁠O ser humano nunca será humano,
porque o animal no humano sempre será animal.

A falta me toca bem mais que a posse.

⁠Como se a sorte não fosse a raiz de toda conquista

A verdade é escrava da linguagem

⁠A dor é a extrapolação do prazer.

⁠No fim do final do cansaço: só osso, só resta o pó.

A fruta apodrece; falece a montanha e vai-se ser garfo, cadeira ou suporte. E ninguém permanece

⁠Se agarre ao desespero, pois ele guiará você.

⁠Há mistérios e você indigno é, por tamanha pequenez.

De cá, tudo é nada sem você.

⁠A mendicância me oprime a ser mais tola.

⁠Eu sou o Rei do Reino do Nada.

⁠O âmago é a fundição secreta dos esboços d’alma

⁠Na unidade as discrepâncias cessam como a tempestade.

⁠Todo vazio é vazio de um outro vazio.

⁠O mundo não cabe em palavras.

⁠A galinha me encara tão séria.
De cabeça baixa: a frigideira.
O seu filho ela não o verá ciscar.

⁠A natureza é um eterno consumir-se
em renovações constantes:
Big Bang. Big Crunch.

⁠Ser feliz é escalar o Everest
e no pico, após tudo contemplar,
saber: é preciso voltar para casa.

⁠Sob os ossos das paixões sepultadas,
o amor enraizará certezas
e florescerá; há de se espalhar.

⁠De pressa em pressa,
das humanas pressas,
a morte enche o papo.

⁠No deserto qualquer brisa refresca.

⁠Prefiro ser chato. O irregular não serve pra mesa.

⁠De tudo que há em mim o que mais incomoda é a falta.