AUZEC
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Ligeiramente
Quando eu morrer, me enterre ligeiramente,
Não quero ser o sofrimento de ninguém.
Deixe que o vento leve o que sou,
Que a terra guarde o resto de quem fui.
O que eu queria era ser
O mundo de alguém,
Mas o tempo passou
E eu fiquei refém.
Procurei nos dias,
Nos cantos e mares,
Um olhar que dissesse:
“Fique, não vá embora jamais.”
E quando eu partir,
Sem alarde ou lamento,
Que reste só o silêncio,
E um suspiro ao relento.
Porque o que eu queria era ser
O mundo de alguém,
Infelizmente, não consegui
Encontrar ninguém.