Augusto Caio
Fatie-me em pedaços generosos.
Colha-me em cestos, desejos insignificantes.
Depois degusta-me,
Deguste em sonhos perdidos
Em vidas vazias
Em sorrisos sem esperança
Em amor sem liberdade.
Sem valor, ressurgirei,
pequeno, fraco.
E quando grande me ver,
Nada verá.
A noite me leva com ela
talvez amanhã esteja melhor
é porque passei a noite aqui
esperando por um sinal seu
passei a noite pensando
que em qualquer momento você iria chegar
e por fim quem chega é a luz do sol.
Não quero acreditar que mudou
é que eu não consigo demonstrar emoções
porque não seria as melhores.
Não consigo mais chorar.
Quero acreditar numa ida sem volta.
Tanta suavidade se torna presente
A verdade foi dita
Compreendida
E se torna irrelevante
Sua alma desalenta
Pois sua verdade
Esta de ouvidos tapados
Mergulhei no frio do ventre, ó mãe
desenhei figuras, montei castelos, embaralhei as cartas
perdoe toda incerteza que neguei
agora é partida, é perder o sentido
A cada respiração ela carrega a determinação de um dia ser o motivo da alegria no rosto das pessoas que ama. A cada dia esse sentimento ganha força, e não possibilita erros, a pune severamente a qualquer pensamento de fraqueza, que também se fortalece.
De pouco em pouco tempo, quando é dada a chance de renovar energias, a torna lutar novamente a mesma guerra incessante.
Quando penso em seu maior inimigo, vejo o uno fazendo o seu papel que consiste em tornar a vida equilibrada.
Sustentar mágoas lhe garanto, não é sentir-se vivo.
