Arthur Bulcão
Hoje não é um bom dia
Hoje não é um bom dia
Não é um bom dia pra trabalhar
Nem pra sair de casa
Hoje não é um bom dia
Não é um bom dia pra viajar
Nem pra se programar
Ando me perdendo em lembranças
Ando me esvaindo da vida
Buscando um lugar pra esconder
Toda essa dor da partida
Hoje não é um bom dia
Não é um bom dia pra esquecer
Nem pra lembrar
Jurei nunca morrer por amor
Jurei nunca amar
Mas meu coração se divide em dois
E minha vida também
Hoje não é um bom dia
Não é um bom dia pra chora
Nem pra tristeza
Hoje não é um bom dia
Não é um bom dia pra levantar da cama
Nem pra acordar
Arthur Bulcão – 15/12/1009
Fui feliz
Fui feliz em quanto a tive
E a tive até quando pude fazê-la feliz
Encontrei o fim ao sair pela porta
E desistir de mim
Aprendi que nossas escolhas não dependem de nós, mas dos outros
Compreendi que não se ama apenas uma vez, e que saudade pode ser uma coisa boa
E descobri que a vida é apenas um caso em um ciclo de acasos
Medidas desesperadas, são para desesperados
Sabedoria é pra poucos
E o mundo de todos
Fingi por muito tempo que estava com a cabeça erguida
Quando não passava de tristeza
Refis todos os meus planos sem você, foi difícil, mas acho que eu fiz um bom trabalho
Deixei de passar os dedos embaixo dos olhos
E não compro mais lenços
A musica que me lembrava você
Ainda hoje me toca, mas não me fere tanto assim
Fui feliz um dia
Fui feliz em quanto a tive
E a tive até quando pude fazê-la feliz
Despedida
Te dizer adeus, é renegar meus sonhos.
E morrer um pouco a cada dia.
É esconder dentro de min, o que te disse um dia.
É o pesadelo de te perder.
É Ter que guardar na lembrança.
O presente que me foi arrancado.
E pagar com lagrimas.
A dor de um julgo culpado.
É suportar o fato de Ter o meu amor, perdido em outros braços.
É rasgar o véu, e desatar os laços.
Mas a morte não me vem quando chamo por ela!
Apenas rir de min, por sofrer vivo.
Para ver a felicidade dos outros, em meu mundo perdido.
E te dar meu coração.
E com ele em suas mãos, vê-lo parar.
E me perder em teu olhar.
Por uma ultima vez em minha vida.
Antes de dizer adeus.
E sussurrar a despedida.
Erros
Errei quando disse é o fim.
Errei por pensar assim.
Errei por não Ter te abraçado.
Errei por te deixar partir.
Mas meus prantos não sufocam meus erros.
Nem acalma minha alma.
Lembro que não tenho mais você.
Isso me doe o ser, me faz morrer.
Mas errei por não saber que te amava.
Por não saber te amar.
Mas errar me fez crescer.
Me fez aprender.
Que se não te amar.
Eternamente vou sofrer.
As vezes
As vezes eu me vejo em você
As vezes faço tudo pra te ter
E as vezes nada
As vezes eu procuro uma saída
As vezes eu encontro em outras vidas
E as vezes nada
E eu não sei dizer
Se é amor, paixão
Só sei que sem você
Não sou mais que ilusão
As vezes conto as horas pra te ver
As vezes passo dias sem você
E as vezes nada
As vezes é sedo ou tarde tanto faz
As vezes um instante é muito mais
E as vezes nada
O ultimo Caos
Você desmoronou meus castelos
Desfez os nossos laços
Destruiu as minhas fronteiras e matou o meu povo
E Fez tudo em silencio
Como país derrotado
Enterrarei os meus mortos
Estenderei estandartes em luto
E quando não puder mais chorar
Verei o que restou do meu reino
Salvarei o que puder ser salvo
Do meu reino solitário agora
Descasarei em meu trono cansado e vazio
E morrerei como um moribundo
Com a esperança de não renascer.
Olhar
Você me olha como quem diz:
Me ame eternamente
Você me tem como um refém
Sentindo tudo que senti
E eu não posso me enganar
Fingir que nada aconteceu.
Você me olha como quem diz:
Vá em frente, espere um pouco
E eu me perco eu teu olhar
Me sinto todo bobo
E eu não posso me enganar
Fingir que nada aconteceu.
(você me faz relembrar
Coisas que só me trazem você
Lembrara é fácil, difícil é esquecer
Aurora
Tentei te esquecer, por meios legais e não legais.
Tentei morrer, mil vezes todos os dias.
Por não ter você.
E em cada momento de euforia e anestesia.
Sabia que meu desejo diminuía e se esvairia.
E a cada morte que surgia.
Sem saber o “Por que?”, sem saber a razão.
Sem tentar entender, as coisas do coração.
Sem saber que Deus, não me deixa morrer.
De tristeza ou de dor.
E agora escuto um canto, um sabiá.
E posso ver a luz do luar após o findar da aurora.
E esperar.
Por um amor que virá.
Meu adeus
Meu amor ainda vive !!!
Meu melhor amigo não
Faz tempo que não vejo o sol
Não saio nem do quarto
Queria saber com quantas lagrimas se finda uma dor
Para saber o quanto a minha vida ainda vai durar
Minha dor ainda arde !!!
A do meu melhor amigo não
Tomo dozes de ópio
Me visto de palhaço
Dizem que quando paramos de confiar um nos outros
É por que nos tornamos adultos
Prefiro ser uma criança
E ter um colo
Meu coração ainda bate
O do meu melhor amigo não
Subo no muro pra senti-lo mais perto ?
Ou me jogo num buraco ?
O tempo vai passar e um dia eu chegarei lá
E quando isso acontecer, poderei dizer
“Vim pra ficar, desculpe por te deixar partir, não tive coragem de agir, mas vivi cada dia por mim e por ti, na esperança de te ter o perdão por não te estender a mão no fim”
Meu amor ainda vive !!!
Meu melhor amigo não
Faz tempo que não vejo o sol
Não saio nem do quarto.
Quando
Quando o mundo me calar a voz.
E me sufocar os sonhos.
Lembrarei de você.
Quando eu respirar confissões.
E viver minhas próprias ilusões.
E mancha minha vida em falhas.
De minhas próprias lagrimas.
Lembrarei de você.
Quando viver os riscos, e sei que viverei.
Quando não mais poder esconder.
E sei que não esconderei.
Gritarei aos quatro ventos da terra.
E confessarei sem nenhum medo.
Que te amo, e te amarei.
E que em quanto a vida me Ter.
Acharei graça em te ver.
E lembrarei de você.