Antonio Ramos da Silva

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Apeguei-me tão a ti.Virei uma nota só. Teu!Só você me toca.

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O romantismo nunca acabará.O amor que ficou mais concreto e virou substrato.

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Um mundo sem palavras as fadas perdem as asas. A magia e a vida somem em sílabas áfonas nas abas da escuridão.

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Viver é uma arte tolerante; aceita erros e tentativas.

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Nascemos de mãos vazias; regressamos da mesma forma.

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Liberta-te! Siga o fluxo do coração.

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Quando o amor cresce a alma silencia.

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Quando me lês eu adormeço livre.

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O berço macio da vida é a nossa paz interior. Lago manso onde repousa a nossa realidade.

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A inversão da essência pela aparência. A razão do ser humano sucumbirá perante o espetáculo intenso que é viver sem alma.

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A estampa de um sorriso com a alma nunca se apaga; exala o que os olhos captam e o que o coração traduz; em ondas que extasia o existir.

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Nos braços frágeis de um abraço me nega e acalma os medos,
aconchego que adormeci a solidão.

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Teu beijo destila minha razão. Percorro curvas e labirintos de olhos cerrados, fatidicamente embriagados e totalmente extasiados; única ressaca que me deixa sóbrio.

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Dance e libere os movimentos como um cisne deslizando na lâmina da água. Saber tocar-te com as pontas dos dedos é possuir plumas que me dará asas.

Tu que és esse doce aroma errante, que se faça de ti poesias.
Só de ti são os meus dias; visita que me veste a solidão.

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A ilusão só pode ser vivência por um momento lapso e nunca preencher um vazio interior com coisas que estão fora do nosso alcance.

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A velhice é uma condição de quem não consegue esticar o tempo.

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Se descascarmos as fantasias o que fica é a energia de que somos realmente feitos, a essência.

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Até em silêncio você demonstra que existe. Estar sozinha é mera condição.

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A felicidade não é um ponto no espaço. É o destino.

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O melhor silêncio é uma bela declaração de olhos.

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Toda luz que nos olhos estampamos; é uma onda eletromagnética que captamos; que prove a alma. Magnetismo sutil e denso que move as nossas emoções secretas; ora harmonizadas, ora fútil e volátil; e por elas somos guiados. Nessa longa viagem oposta
entre a busca e o equilíbrio é que acendemos a vida.

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BIOGRAFIA

Antonio Ramos da Silva

Antônio Ramos da Silva

Nasceu em 19 de setembro de 1960 na cidade de Brusque (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). É Professor, Radialista, Escritor, Ativista Cultural, Historiador e Poeta. Graduou-se em Ciências Econômicas, pela Faculdade De Plácido e Silva – FADEPS – Curitiba (PR) (1984). Pós graduou-se em Gestão Financeira, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR - Curitiba (PR) (1987).

Em suas atividades em exercício é Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil para Santa Catarina Municipal de São Bento do Sul (SC) e membro da Associação Internacional de Poetas para São Bento do Sul.

Idealizou, planejou e executa o projeto “Diferente Sim, Indiferente Não”, e “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC).

Recebeu a Medalha do Mérito Cultural Dr. Arthur João de Maria Ribeiro - 2013, concedido pelo Instituto Montes Ribeiro e o Troféu Escritor Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes - 2013.

Publicou: 30 títulos, entre poesias, textos, diálogo e história.

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Sua voz

Ouvir-te Oh! Meu amor.
É como o meu ser,
se conectasse a velocidade da luz
em melodias e sons
e sentir meu interior emergir.
Voz que encanta e me seduz
num bailar de silabas soltas;
num entrelaçar
de uma paixão envolta.

Seus sons. Oh! Meu amor.
Aquele que sorrateiro
foge de teus lábios
como brisa leve,
e repousa em meus ouvidos
como labaredas de fogo.
Deixa meu corpo fervido
e me chicoteia suavemente.
Abriga-me em tua doce euforia.
Quero ser melodia;
num arranjo só me inebria.
Faça-me frequência
e única sintonia.

Seu som me capta
e de amor castiga.
Varre as malditas palavras
que não ouso escutar:

Infelicidade, dissabores, desarmonia.
Eu não canto decepção estagnada;
aquela que fazeis dele pranto
e no canto da alma se fez pó.

Não quero mais desamor
disso eu tenho dó.
Vida se canta numa nota só.
Amor!

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Banheira sem sais

Chovem lágrimas.
(finas gotas cristalizadas).
O tempo chora lento.

Arrebento; ouço
sentimentos invernais.

Um deserto nas mãos.
Aflição guardada no peito.
Água doce banheira sem sais.

Poesia banha no leito.
Em brasa a saudade arde.
Não há caminho e nem eito
numa busca covarde.

Avessos de mim revirados.
Passado de ti esquecido.
Trago-te no coração tragado.

Desilusão que me invade
sorvem água, impurezas...
dos meus olhos resguardados.

Solitários, derrama na face esquecida.
Frases de poemas amarrotados;
bebida amarga; engolida solidão.

Não há remédio que cure feridas
de uma perdida e picante ilusão.

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