António Mourão
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Flor imaginária
Passeio este jardim,
Paraíso sem fim,
Cheio de formosas flores,
Painel de infinitas cores,
Perfumes inebriantes
Que me ofuscam o êxtase.
Honro todas as flores,
Uma a uma
Todas me encantam
Mas aquela ali,
Oh! Aquela entre tantas,
Porque me prende ela o olhar?
Porque me faz o coração pular?
Cor mágica,
Perfume embriagante,
Que devolve meu ser insanado
Ao mundo dos imperfeitos.
Quero tocar-lhe
Mas quando, ínscio, me aproximo,
Oh, inglória ilusão!
Se azula, escarnecente,
De meu jardim imaginado!