Antonio Augusto Duarte Moraes

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Poema de Pandemia

Quem dera fosse pandemia de poema
pra que tudo fechasse de saudade
e reabrisse em alarde
pra comigo te receber

Quem dera o onibus parasse
na despedida, no beijo de saída
coração em furor

Quem dera fosse minha essa
Essa falpandemia
Contaminaria em beijos
transmitiria em abraços
todos os meus desejos viraria um virus pra te
matar
te enfebrar
de amor

Manha de Sabado

Escrevi um poema nunca
tinha escrito antes
escrevi-lo na areia para que o mar
apagasse num instante

Toda saudade de voce
Subi pedras, ralei joelhos
mas nao esqueci o apelo
que vi em seus olhos
nas ondes em espelho

Pisei conchas ásperas
a espera de esquecer
nao teve jeito
tive que parar e escrever

⁠Verte em Ver-te

Volta
em salto das lindas borboletas
com flores violetas para meus braços
te encontrar
volta,
nas manhãs mais cinzas
no pincel e tinta
preciso ver-te!

verte sem ventre
meu sangue em poesia
afasta o medo, mata a euforia
olhar não tocam, coracao alumia
com um despretensioso
bom dia!
verte em ver-te
um mundo de poesia
que jamais foi
escrita