Antonia Moreira
Esta é uma Declaração Pública de Amor
Torno Público e que se publique :
"Eu te Amo"
Uma história se escreve dias após dias, encontros e desencontros, conquistas e algumas perdas.
Mas a nossa história, como diria o poeta :
“Estava escrito nas estrelas.”
Como as profecias do profeta, a se concretizar.
E como ele previu, o primeiro encontro foi de encantamento, de descobertas, de conversas ao ouvido,
segredos que há mais ninguém podiam se revelar.
No mesmo instante eu senti que:
”Eu sei que vou te amar”.
Tanta ternura em nossas manhãs de sol, na praça que adotei como nossa praça, onde crianças dividiam brinquedos, corriam felizes, comiam pipoca,
algodão doce, e sorriam, sorria o seu melhor sorriso.
Mas também tinha os dias de chuva, mas brincávamos em uma casa, onde os muros eram feitos de papoulas e apenas com um passo estávamos no jardim do vizinho.
Quantas tardes fugíamos 'a sala do cinema e disfarçarmos na saída para que o lanterninha não descobrisse que estivemos o tempo todo ali.
Vezes têm que penso em te deixar... E vou.
Recolho algumas lembranças, e disfarço a tristeza na despedida.
Preciso de um tempo para sentir saudades, ou seria para ir a outros encontros, a outros lugares?
Quero um pouco de silêncio, até para te entender melhor no dia que resolver voltar, e sei que vou voltar.
De longe tenho notícias suas.
O cenário é o mesmo. Os personagens muitos são os que já conheço.
Aparece um ou outro artista, querendo se fazer notar por ti.
E lá vai você, com seu charme, seu jeito de menino moleque, ou um galanteador nato, a cantar em prosa e versos a beleza das belas damas.
Na sua volúpia, debulhas em gracejos, estende tapete vermelho para quem passa por ti. Até oferece flores, bombons... e um sorriso malandro.
E despertas paixões, encontros furtivos, mal disfarçados.
Eu quero voltar... Talvez precise voltar.
Não tenho as expectativas de outrora, agora eu já te conheço o suficiente para caminhar por tuas ruas sem o medo de me perder.
Chego nas asas de um passarinho, o coração tranqüilo... Aprendi a mantê-lo sereno.
Acolhe-me com a mesma gentileza, e até sinto que também sentiste saudades.
Volto ao meu jardim onde esquecida num canteiro se encontra uma flor, quase a perder suas pétalas de saudades de seu beija-flor.
Acalma teu coração singela flor.
Eu estou de volta e vou cuidar de ti, e logo estarás vestida com seu melhor vestido, e seu amigo beija-flor a te namorar.
Ah... Não tens um belo vestido? Entendo... Queres vestiste da melhor seda...
Mas deixa eu te contar um segredo:
Teu amigo beija-flor, te ver como a mais bela flor, neste vestido de chita.
Quero voltar a construção da ponte sobre o mar para ir ao outro lado da rua. Agora sem pressa que o tempo me atropele. As amarras agora vou tecendo com serenidade. Fortalecendo os laços, antes frouxos pela minha impaciência na ânsia de chegar do outro lado, sem perceber que ainda não estava totalmente segura, e que poderia me machucar, ao tentar atravessa-la.
Como entendo bem quando Oswaldo Montenegro diz:
"Sempre , não é todo dia"
Sempre é por toda vida!
Assim fica proibido a partir desta data, duvidares do meu Amor.
Agora , que é notório o meu Amor por Você, só resta te dizer:
“EU SEI QUE VOU TE AMAR. POR TODA MINHA VIDA VOU TE AMAR.”
Eu te Amo, Meu RECIFE!
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Não quero tirar o melhor de si.
Quero comungar contigo o melhor de nós.
Antonia
Recife, 23/ outubro/2007
Para ti.
Nossa mente é como uma sala de estar e os pensamentos são os nossos convidados.
Quando gostamos dos convidados tratamos com carinho e atenção para que eles se sintam confortáveis e para criar um convívio agradável.
Com este pensamento, hoje sentei-me no alto da colina...
Lá embaixo existe um mar verde que enche meus olhos. É tudo tão tranquilo... As ondas que vem e vão num movimento indecifrável para mim, faz-me pensar em quem aqui chegou ou partiu... Quem, por um dia, uma hora, esteve neste mesmo lugar onde me encontro agora e que pensamento teria ...
E pensei em Você...
Chegaste e sem nenhuma cerimônia adentraste no porto do meu coração. Deixei que aportasse nele, pois havia te reconhecido a centenas de milhas daqui.
E fomos nós dois depois, a viajar por nossos mares - só nosso - sem tormentas, sem tempestades.
Noites tinha , que voltavas cansado de um dia de trabalho e eu te fazia descançar em minha cama de girassóis.Te punha para dormir sob meu céu azul, entre nuvens que tomavam a forma de um amor, que por vezes parecia real.
As ondas parecem abraçar e cobrir de carícias a areia quente da praia. Minha sala de estar recebe-te como esta onda, quando vinhas e envolvia-me num abraço e depois seguia seu curso, mas deixava a certeza da volta.
Dias tem que te vejo passar tão longe do meu cais e, como aquele barco que vejo lá no meio do oceano, se afastou sem perceber que daqui te acenava.
É hora de pôr na minha paleta as cores da pureza do canto do beija-flor, da paz deste lugar, do amor que posso sentir, da felicidade que sinto por seres meu amigo mesmo que distante, da coragem que faz acreditar, do poder das lembranças e do afago mais aconchegante, da harmomia que faz unir este mar a esta terra, e desenhar um imenso arco-iris que vá além- mar e chegue até o seu porto e que de sua janela você possa segui-lo até aqui, onde te espero, com meu vestido de domingo bordados de sol.
Com todo meu carinho
Sempre
Antonia