Anna Carolina Pinheiro
A vida acadêmica, mais que seu ofício, ensina como conviver com as pessoas. Resta saber se, ao fim desse período, terei aprendido a conviver comigo mesma, minhas frustrações e meu maior pesadelo: o fracasso
4 letras.
2 sílabas.
sentimentos análogos e complementares (ou seria suplementares?).
definições mil.
faces diversas.
Eros.
Storge.
Philos.
Ágape.
O que afinal é o amor?
Não há uma única alma que não tenha tentado reponder a essa pergunta, talvez uma das mais difícil que se tenha conhecimento. Aventurar-me-ei também!
Amor é intimidade, é saber poder falar o que vier a cabeça, por mais bobo que possa parecer – e, mais que isso, saber que a pessoa não lhe julgará se realmente o for. Amor é cumplicidade, é dividir histórias que só fazem sentido para os envolvidos. Amor é carinho, é aquele toque que até pode parecer despretencioso, mas se adequa perfeitamente ao momento. Amor é frio na barriga, é taquicardia, é sentir os olhos brilharem ao falar da pessoa para os amigos, é se magoar quando um gesto seu passa despercebido e sentir vontade de alardear quando ouve um elogio. Amor é acordar e dormir junto com a pessoa, ainda que nos seus sonhos. Amor é inventar desculpas para passar uns minutinhos a mais junto. Amor é confiança, é compartilhar sonhos e receios, suas lembranças da infância e características mais ocultas. Amor é buscar dentro de si a coragem de falar o que precisa ser dito, mesmo que não seja o que o outro gostaria de ouvir; é achar um modo de apoiar as decisões do outro por mais que estas sejam diferentes das que você sugeriria. Amor é sentir o coração apertado ao ver uma foto, esbarrar numa lembrança.
O amor nos acompanha da fecundação à despedida, do nascimento à morte, a vida toda.
Tempo, talvez, que levemos para defini-lo.