Anna Bianchini
Afoguei dentro de mim meu grande sonho simplesmente porque o aconchego da minha cama era melhor. Melhor até quando? E o afogar de um sonho acabou afogando outro e outro e o outro também e continuando assim não sei que tipo de pessoa vou acabar me tornando. Mas todos eles ainda continuam gritando com urgência, como fantasmas que quebram o meu silêncio interior me dizendo tudo o que eu seria, mas não sou. Não serei.
Gosto de olhar a linha do horizonte e ver o quanto ela gosta de me desafiar a cruzá-la; ela é linda, perfeita e regular, assim como a minha vontade de diminuir a nossa distância. O bacana é que sempre haverá uma linha do horizonte, o que me diz que sempre haverá um lugar para estar e assim uma esperança de começar de novo, com o novo.