Anizia Valadares
Há quem diz que o passado é um lugar que nunca deve ser visitado.
Eu discordo!
O passado para mim é um baú onde guardo tudo de mais precioso que já vivi, minha alegrias, minhas tristezas, os tempos de bonança e de sofrimento, todas as marcas das batalhas perdidas e as vitórias alcançadas.
E vez ou outra vez eu gosto de voltar ali, abro o baú, sopro a poeira, dou uma olhada em algumas coisas que ficaram fora do lugar e me lembro que não dá mais pra mexer, então eu só aprecio.
Aprecio e reflito, quem eu era eu no dia que coloquei aquela lembrança ali e fechei a tampa do baú? Quem eu sou hoje?
Não tem nada a ver com remoer o passado, é sobre usar o passado para trilhar o melhor caminho para o futuro.
Tudo que sou hoje só sou pelo que já vivi, não tem porque desprezar as tristezas, sem elas eu não saberia me alegrar com as conquistas de hoje.
Então, eu fecho a tampa do baú, olho para frente, e me lembro que sempre dá pra ser melhor do que já fui um dia!
O destino é importante, afinal, sem ele é mais difícil definir o caminho.
É preciso ter clareza sobre onde quer chegar para definir como e por onde começar. No entanto, a ânsia por chegar não permite que se aproveite o melhor da caminhada.
É na caminhada que se descobre as virtudes, os defeitos, as fraquezas e até a vontade de mudar o caminho, ou ainda, de mudar o destino.
E por que não mudar o destino?
É preciso sabedoria e coragem para ir em busca de um novo destino, começar uma nova jornada. E isso serve pra tudo, profissões, amores, amigos, serve pra vida!