Angelica Pinheiro
Fotografar é mais do que uma mera fotografia, é como se paralisássemos o tempo, e guardasse-o dentro de uma caixinha, mágica.
E nesse meio tempo aprendi que não importa quantas moedas você jogue na fonte, se você cruza todos o dedos inclusive o dos pés, de quantos dentes você deixou em baixo do travesseiro, e tudo aquilo que você fez no passado ou não, não importa, se não é pra ser não vai ser, sem mais.
Pessoas fortes não pedem pra morrer. Elas pedem força pra seguir em frente e conseguir corrigir o erro.
E de repente bate uma saudade, vontade de largar tudo e me entregar, mas o medo é maior, medo de se decepcionar.
E o mais engraçado de tudo é que tem horas que tenho em mim que te esqueci , que acabou, o vento levou, e isso dura até nossos olhares se encontrarem novamente.
Fecho os olhos e lembro dos teus beijos dos seus abraços, e por mais inusitado que pareça consigo sentir o calor do teu corpo no meu.
Quero sentir novamente o calor do teu corpo, os teus abraços calorosos, quero que nossos olhares se encontrem novamente, ao menos por alguns instantes
E por mais difícil que pareça ser, eu já aceitei, já me acostumei com a sua ausência, percebi que não consigo te tirar de vez da minha vida, mais percebi também que o único motivo dos meus sorrisos não é você, a outros cantos, outros encantos, outros sorrisos, que por mais que nunca irão substituir os teus, me acalmam, me confortam, e me dão força
Tentei escrever um verso sobre você, e só então percebi que nem um verso nem um conto descreveria o que eu sinto por você, não conseguiria escrever uma saga inteira, me faltam palavras quando o assunto é você, e nem um verso, já que não encontraria em poucas palavras algo que completasse o que eu sinto. Nem demais, nem de menos. Tinha me esquecido que era você. Me surpreendi como três minutos, em uma música definiram exatamente “nós” o eu, e você. A gente.
A cada pique de saudade de você, respiro fundo e tento memorizar, sentir o teu abraço. E em fração de segundos me sinto no teus braços, até o próximo choque de realidade.
Agora me diz por que penso tanto em você, segundo pesquisas só passamos quarenta e alguns por centos do tempo no mundo da lua. Esquece essas porcentagens, não preciso de gráficos pra saber valores, basta dizer que á cada vez que fecho os olhos, é você em quem eu penso. É involuntário. E quando chega a noite então, isso fala mais alto. Ainda mais. Traz insônia, agonia. Acho que é sintoma de saudade. Porque a única coisa que eu preciso pra me sentir bem é o teu abraço.
Ás vezes me dá vontade de largar tudo, quebrar o cofrinho herdado da minha vó. Comprar passagens, pegar um ônibus, ou ir á carona. Enfrentar esses 250km. Tudo o que fosse necessário. Te encontrar, e te abraçar. E eternizar o momento, fazer morada em você. Só isso. Só eu e você. E os nossos infinitos.
De todas as minhas escolhas erradas, você foi á mais certa. De todos os meus sonhos embaralhados, você foi o que se realizou. De todos os contos de fada, você foi o que valeu á pena se tornar realidade. Você é o errado que deu certo. Há quem diga que se te faz sorrir não é totalmente errado. Existem dois meios de alguém entrar na tua vida, do certo e do errado, pois bem. Você conseguiu os dois.
Dizem que amor não se explica. Amor e outras milhares de coisas por ai. Entre elas o teu abraço, ainda não encontrei um termo, ou sentimento que expresse equivalente o quanto ele me faz bem, e todas as reações que ele me provoca. Tenho pra mim, que nem os maiores cálculos de matemática, física ou geografia conseguiria expressar isso.
E essa é pra você, assim como todos os outros trezentos textos das minhas ultimas folhas do caderno, da agenda, ou do Word. Você esta em tudo. No amanhecer do dia, tocando a nossa música, no entardecer, no por do sol, no luar, nas estrelas. Teu perfume pelas esquinas, e teu sorriso, teu abraço aqui memorizado, guardado em mim. E que quando transborda me rende alguns textos, alguns versos. Algumas doses de melosidade.
Eu poderia juntar cada verso de música que me lembra você, e te escrever uma carta, um email, ou mandar pelo bate papo do facebook. Poderia te dizer o quanto sinto falta do teu abraço, e o quanto me sinto bem em teus braços. O quanto me sinto tua. E te sinto meu. O quanto teu sorrir me faz bem. E te falar de todas as vezes que eu memorizei teu abraço, o teu calor, o teu cheiro, pra não perder mais. Eu poderia recitar todos os versos que escrevi inspirada em você. É, poderia. Mas se a vida é um jogo, prefiro deixar você perceber a cada ato, ao demonstrar. Porque as palavras meu bem, o vento carrega, e pra bem longe se quer saber.
Não que eu seja mais uma garota de 12 anos, apaixonada e querendo pagar de garota desapegada, livre, leve e solta. Jamais. Mas, oh, tenho 16 anos, e só eu sei o quanto já quebrei a cara, por uns e outros ai. O quanto já passei noites em claro chorando, escrevendo, e ouvindo Paula Fernandes, Jorge e Matheus e derivados. Que tipo de pessoa escuta Paula Fernandes? Nem dela eu gostava, oras. Trancada no quarto, ou no banheiro. Sentada na sala ou na cozinha.
Dei um basta, cortei. Fui do tipo açougueiro ao cortar todos os excessos, e olha, foram muitos. Pés no chão. Cabeça firme. Lado fria, calculista e observadora. Romantismos á parte, foco nas coisas realmente importantes e desvios á parte. Eu posso muito bem colocar meu lado Serena em ação, mas eu preferi me calar, e deixar que as coisas fossem indo aos poucos. Porque como eu ouvi por ai, o que importa é a mudança, e não o ritmo. A pressa é inimiga da perfeição.
Sonhos á parte. O importante é ter os pés no chão, a mente feita e o mesmo olhar misterioso. Dura na queda, forte no ataque. Decepções e devaneios á parte, a guerra vai começar.
Sou fissurada nos olhares, nos sorrisos. No jeito das pessoas. Pessoas para serem atraentes não precisam aplicar alguns ml no braço, na perna, ou sei lá aonde for. Não precisam fazer dança, academia, natação, e ainda caminhar ao amanhecer. Se você conseguiu me fazer rir involuntariamente, já é uma grande arma. Indispensável comparada á todas as outras.